Embora tenha havido nos últimos anos intenso bombardeio através da mídia secular para minar os valores morais e tornar a sociedade simpática à prática homossexual, atribuindo-lhe característica de normalidade comum à diversidade humana, não é de fato bem isso que vêm logrando aqueles que fazem desta a sua batalha de vida ou morte.
Nem mesmo as novelas, com as suas cenas ousadas de convivência afetiva e em alguns casos até de “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, conseguiram esse intento. (Ainda que o façam, diga-se de passagem, mesmo na ficção, de forma criminosa, ao arrepio da constituição brasileira, cuja letra afirma que o casamento se dá entre homem e mulher.)
A verdade é que, segundo pesquisa produzida pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com a Fundação Rosa Luxemburg, à qual se reportou o jornal O Globo de 8 fevereiro, 99% dos brasileiros (gráfico acima), em maior ou menor grau, não assimilaram a idéia de considerar normal o homossexualismo.
(Cavaleiro do Templo: e esta míRdia tenta nos fazer crer que a situação dos gays e outros grupos que já não sei mais quais (a própria pesquisa agora usa a silga LGBT) é ruim, que existe ÓDIO ao grupo em todo o Brasil. Algumas matérias sugerem que TODOS que morreram foram assassinados por causa do ódio dos assassinos às suas preferências sexuais quando o que vemos "nêsti paíz" é uma quantidade enorme destas pessoas trabalhando em todos os lugares, de posto de gasolina a salão de beleza, de gerência de banco e agente da limpeza pública, de jogador de futebol a técnicos de geladeira, além, é CLARO, de uma passeata que reúne 1 MILHÃO DE REPRESENTATES E/OU SIMPATIZANTES sem nenhum incidente que chegue perto de um morticínio. A míRdia até tenta mas não consegue registrar NADA DE ÓDIO ao seu redor, muito pelo contrário. Na passeata de São Paulo a ocorrência mais grave foi uma ambulância que entrou na contramão em uma rua. Vai me dizer que o motorista os detestava? Pensemos bem: se alguém odeia um grupo, que lugar melhor para cometer atentados do que em uma reunião com UM MILHÃO deles espalhados pelos quatro cantos da cidade, muitos até fantasiados? Olha, mesmo a população em sua quase totalidade não aceitando bem a opção sexual deste grupo, estas pessoas não estão sendo atacadas "em massa" de jeito nenhum, o que prova a imensa TOLERÂNCIA e RESPEITO que o brasileiro tem pelas opções dos outros, MESMO NÃO ACEITANDO-AS como normais, o que é nada mais nada menos que um DIREITO!!!)
É claro que o jornal e os promotores da pesquisa não admitem essa interpretação. Para eles, embora em matizes variados, os dados revelam o preconceito ainda existente contra os homossexuais, que precisa ser combatido através de políticas públicas contra a discriminação para eliminá-lo. Não se podia esperar outra coisa dessa gente. Essa é a pecha que nos querem impor não só como forma de hostilização, mas de nos colocar na defensiva, com temor do rótulo, diante da ditadura do “politicamente correto”, que, hoje, toma conta do mundo dito “civilizado”.
Mas vejamos as informações da pesquisa. Ela empregou a metodologia da abordagem domiciliar para ouvir 2014 pessoas acima de 15 anos distribuídas por 150 municípios, em 25 unidades da federação, nas cinco macrorregiões do país. Foi ampla o suficiente para produzir com fidelidade os resultados anunciados e mostrar que a realidade não é bem aquilo que pretendem os apologistas do homossexualismo, embora seja lida de forma distorcida e vá servir de instrumento para nos hostilizar ainda mais.
O que mais chama a atenção são os números que ligam a não aceitação da prática homossexual aos princípios da fé cristã. Vejam só: 92% dos brasileiros, por exemplo, acreditam que “Deus fez o homem e a mulher com sexos diferentes para que cumpram o seu papel e tenham filhos”. Os responsáveis pela pesquisa atribuem autoria anônima à frase (uma forma velada de tirar-lhe o mérito), como se fosse mero refrão da tradição popular. Mas ela revela, em essência, um fato bíblico para o qual torcem o nariz: a perpetuação da espécie como uma das finalidades pelas quais Deus criou macho e fêmea o gênero humano. E, como afirmam, 11 em cada 12 brasileiros acreditam nela.
Outro dado relevante da pesquisa é que 66% creem que a “homossexualidade é um pecado contra Deus”. Ora, não é isso resultado da influência direta daquilo que a igreja, baseada na Bíblia, ensina ao povo? Aliás, essa é a interpretação, mesmo que tortuosa, dada por Gustavo Venturi, doutor em Ciência Política e mestre em Sociologia, em seu ensaio sobre a pesquisa publicado no portal da Fundação Perseu Abramo. Para ele, isso é fruto do “peso legitimador dos discursos religiosos (especialmente cristãos, tratando-se de Brasil, e ainda particularmente católico, em que pese o crescimento recente acentuado das igrejas evangélicas) no reforço de concepções preconceituosas da homossexualidade”.
A única diferença é que Gustavo, preconceituosamente, identifica esse peso da fé cristã como o fator gerador dessas “concepções preconceituosas”, enquanto nós, os cristãos, sem nenhum preconceito, admitimos que essas concepções nada têm de preconceituosas e apenas refletem o padrão moral de comportamento que Deus estabeleceu para o gênero humano.
Em outras palavras, apesar da orquestração que se estende desde o mundo acadêmico, passando pela mídia, até as políticas de governo para impor o modus vivendi homossexual como prática moralmente aceitável, ainda assim a força da fé cristã, enfrentando todos os percalços, prevalece no coração dos brasileiros e nos serve de estímulo para não esmorecermos em nossa luta em defesa do evangelho.
No entanto, a leitura que deixou de ser feita pelo ensaísta é que, se 99% dos brasileiros discordam, de alguma forma, da prática homossexual, onde estaria então o propalado quantitativo do grupo, que se instrumentaliza de ferramentas públicas para impor a ditadura do seu comportamento sobre a sociedade? Sem nenhuma dúvida, por dedução, na faixa do um por cento, que apoia a “causa” do movimento.
Com esse dado claríssimo, percebe-se que o minoritário movimento homossexual está sendo também instrumentalizado pelo viés ideológico das ditas forças progressistas para criar um fato político e impor restrições à liberdade de expressão mediante a ditadura do pensamento único. É o que pretendem com a aprovação do PL 122 que consagra de forma autoritária, contra todos os princípios em que se sustenta o regime democrático, o “delito” de opinião, como já observou o filósofo Olavo de Carvalho.
Aliás, Gustavo Venturi deixa isso claro, quando afirma: “Enquanto o PL 122 (ou lei semelhante), hoje parado no Senado, não for promulgado, e enquanto não ocorrerem eventuais condenações exemplares por crimes de ofensa ou discriminação de pessoas por sua orientação sexual ou identidade de gênero, é pequena a chance que se reverta de forma expressiva ou que se acelere a reversão (provavelmente já em curso) no processo de reprodução de preconceitos de natureza homofóbica”. Ou seja, eles continuam em ação para transformar em lei essa aberração jurídica. E mais dia menos dia conseguirão a façanha, se nos omitirmos como força social organizada em nosso país.
Duas conclusões, entre outras, precisam ser extraídas da pesquisa:
1) Não obstante a nossa atuação como força social organizada estar muito aquém do que ainda pode ser feito (somos, por exemplo, relapsos em nos apresentar nos fóruns adequados para discutir temas desta natureza), não podemos desconsiderar a força da mensagem cristã na formação do pensamento brasileiro. Assim, continuemos a pregar a tempo e fora de tempo todo o conselho de Deus. Sem medo de restrição alguma.
2) Não nos enganemos, achando que as coisas melhorarão em nosso favor. Isso não acontecerá. O cerco será apertado cada vez mais, inclusive com a influência internacional de órgãos da própria ONU. Lembremo-nos que esse foi o propósito da pesquisa: fornecer ferramentas ao governo para assegurar a ditadura da diversidade sexual. Em outras palavras, precisamos estar preparados para os novos tempos e agir para que a nossa voz seja ouvida nos fóruns que ditam as leis do país.
Pelo menos não seremos omissos. Omissão também é pecado.
PS. Este artigo foi originalmente publicado na edição do Mensageiro da Paz do mês de março de 2009.
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