Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 24 de março de 2009

Amartya Sen defende o “velho capitalismo”

MARCOS GUTERMAN
11.03.09

Diante da enormidade da crise econômica mundial, já houve quem dissesse que o capitalismo acabou, ou então que era preciso reinventá-lo. O indiano Amartya Sen, Prêmio Nobel de Economia que se notabilizou por suas idéias na luta contra a pobreza, sugere, no entanto, que a saída está num retorno ao velho capitalismo.

Por “velho capitalismo” Sen entende as concepções de Adam Smith, o pai do pensamento econômico moderno, que, curiosamente, nunca usou a palavra capitalismo. Smith não defendia a predominância absoluta do capital e do mercado, diz Sen, em artigo no Financial Times. Para ele, o mais importante eram os valores, como “humanidade, justiça, generosidade e espírito público”.

Smith dizia que aquilo que entendemos por capitalismo é impulsionado pelo interesse pessoal, que motiva o empreendedor a entrar no mercado. Mas é preciso que haja confiança mútua para que o mecanismo funcione. A questão, diz Sen, é que a confiança não é algo natural no mercado – muito parecido com a civilização em si, que, como diz Norbert Elias, deve ser defendida todos os dias da tentação da barbárie. A confiança é algo que se constrói, e é frágil num mercado agora tão entranhado de subdivisões, com seus derivativos e outros gêneros de investimentos complexos, objetos do desejo da busca desenfreada do lucro sem regulação estatal.

Sen afirma que reconstruir o mercado não passa necessariamente pela invenção do “novo capitalismo”, como querem alguns. Passa simplesmente, referindo-se a Adam Smith, pela “compreensão das velhas idéias acerca dos limites da economia de mercado”, e um bom começo é perceber que só a conjunção entre mercado e Estado poderá liquidar a crise e criar um “mundo econômico mais decente”.

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".