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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Caro sen. Dodd: Educação não é uma resposta para todos os problemas

BLOG DO ANGUETH
Dennis Prager | Sábado, Novembro 17, 2007

No debate entre os candidatos presidenciais democratas na última semana, eles foram instados a comentar questões sobre educação. Este foi o comentário do senador de Connecticut, Chris Dodd:

“Sempre me fazem esta pergunta. ‘Qual é a questão mais importante de todas’. Eu sempre respondo que é a educação, porque ela é a resposta para qualquer outro problema com o qual nos confrontamos hoje.”

Nem é preciso dizer que nenhum outro candidato contra-argumentou, e é provável que a maioria dos senadores, todos os democratas e muitos republicanos, concordaria com esse sentimento.

Mas o sentimento não está somente errado, ele é destrutivo.

Há, claro, ligações entre educação e sucesso profissional, entre educação e a habilidade de ler e escrever. E obviamente precisamos de pessoas bem educadas para sermos capazes de competir com outros países. Mas, pelo menos há algumas poucas gerações no Ocidente, não há nenhuma ligação entre educação superior e decência humana.

Ponto final.

Esse é um dos muitos mitos em que crêem as pessoas instruídas da sociedade ocidental (que as pessoas nascem boas é outro mito). Mas não há uma única sombra de evidência para apoiar tal afirmação.

De fato, os registros dos últimos cem anos – a respeito da ligação entre a educação superior e a bondade – mostram uma conexão inversa. Em termos simples, os portadores de diploma universitário na sociedade ocidental têm maior probabilidade de possuir horríveis valores morais e de apoiar crueldades em massa do que os menos educados.

Os dois grandes males do século XX – o fascismo e o comunismo – foram freqüentemente liderados por indivíduos instruídos. E o comunismo foi apoiado, no Ocidente, quase exclusivamente por intelectuais. Você quase tinha de ser intelectual para apoiar os assassinos em massa Lênin, Stalin e Mao.

Peça a qualquer pessoa instruída para identificar o nível educacional dos assassinos nazistas que conceberam os einsatzgruppen, as unidades assassinas móveis que massacravam judeus e dissidentes antinazistas antes da invenção das câmaras de gás. Uma aposta segura é a de que grande parte responderia que a maioria dos membros dos einsatzgruppen era de baixo nível educacional. De fato, contudo, dos quatro einsatzgruppen enviados à Rússia, por exemplo, “Três dos quatro comandantes tinham um doutorado, e o quarto tinha um duplo Ph.D.” (HolocaustResearchProject.org). Dentre esses assassinos em massa “se incluíam muitos oficiais de alta patente, intelectuais e advogados. Otto Ohlendorf, que comandou o Einsatzgruppe D, tinha graus acadêmicos de três universidades e um doutorado em jurisprudência” ("The Einsatzgruppen Reports," Holocaust Library, 1989).

Segundo o Prof. Michael Mann – cujo livro, “Facistas”, publicado pela Cambridge University Press em 2004, foi declarado pela American Historical Reviewde longe o melhor estudo comparativo dos fascismos entre-guerras” – “todos os movimentos fascistas no período entre-guerras atraíram desproporcionalmente os instruídos, ‘os estudantes secundaristas e universitários e o estrato mais altamente educado da classe média’.”

Se muitos graduam nas universidades ocidentais com bons valores morais, isso é a despeito, raramente por causa, da educação universitária.

Mesmo assim, apesar da evidência do fracasso moral da educação superior, muitos esquerdistas negam a ligação entre valores imorais e educação superior e continuam a perpetuar o mito da educação como a solução dos problemas sociais.

Eles assim o fazem por várias razões.

Primeiramente, a universidade é para o esquerdista secular o que a igreja é para o cristão ou a yeshiva (academia Talmúdica) é para o religioso judeu – um lugar sagrado e o epicentro de seus valores.

Em segundo lugar, é por meio do controle da educação superior (e da mídia) que os valores esquerdistas são mais efetivamente comunicados à próxima geração. Mesmo a mídia tem uma maior diversidade ideológica do que as universidades ocidentais, que transmitem quase exclusivamente a visão de mundo esquerdista.

Em terceiro lugar, a educação secular esquerdista é o melhor antídoto ao sistema de valores judaico-cristão, coisa que a esquerda mais teme.

E há uma quarta razão que faria um senador democrata, em particular, dizer que a educação é a “resposta para todos os problemas”. Os sindicatos de professores e a Associação Nacional de Educação doam grandes somas ao Partido Democrata.

Há, claro, uma forma de educação que pode, realmente, resolver a maioria dos problemas sociais: educação moral. Ela consistiria no ensino aos jovens do que é bom e do que é mal, de como desenvolver a integridade pessoal e de como foram as vidas dos melhores indivíduos da História.

Mas pouco ou nada disso é feito, hoje, nas escolas. “Bom” e “mal” são termos raramente usados, e são usualmente desprezados como “maniqueístas”. Integridade pessoal é essencialmente definida como assumir posições esquerdistas em questões sociais tais como aquecimento global, casamento entre pessoas de mesmo sexo e redistribuição de renda. E os melhores americanos – aqueles que construíram as fundações de nossa liberdade – têm sido difamados como vilões, proprietários de escravos e racistas.

Então, senador Dodd, a educação como a que presentemente existe, não é uma resposta para todos os problemas da sociedade. De fato, ela é, tanto ou mais, a fonte de muitos deles.

Publicado por Townhall.com


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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".