Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Chávez menor

MOVIMENTO ORDEM VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO

 Editorial - O Globo

Os eleitores venezuelanos deram ao governo e à oposição motivos para comemorar nas eleições estaduais e municipais. O chavismo tem números vistosos para mostrar: a vitória em 17 dos 22 estados do país. Mas eles são enganadores. Os opositores ganharam mais três estados importantes - o industrial Carabobo, o populoso Miranda e Táchira, na fronteira com a Colômbia -, além de conservarem o poder em Zulia, o estado mais populoso, e Nueva Esparta. Venceram também nas duas cidades mais importantes do país - a capital Caracas, e Maracaibo - e na municipalidade de Sucre, adjacente a Caracas, e onde se encontram grandes favelas, que costumavam votar em Chávez.

De modo geral, a oposição avançou nos grandes centros e nos estados mais populosos - controla agora áreas com mais de um terço da população. O chavismo se interiorizou e grande parte de suas vitórias se deu em estados rurais. Que Chávez e sua máquina continuam muito poderosos, não resta dúvida. Seus seguidores controlam a Suprema Corte, a Assembléia Nacional, a burocracia federal e todas as empresas estatais. Mas sua margem de manobra, depois de perder o referendo de dezembro de 2007 e após as eleições de domingo, se estreitou.

Antes do pleito, o presidente fizera ameaças destemperadas de, por exemplo, mandar tanques às ruas se perdesse em Carabobo. Ontem, ele proclamava que agora ninguém duvida que a Venezuela seja uma democracia. O problema é o que ele entende por democracia. A mais perfeita seria a que lhe atribuísse vitória em todos os estados, municípios e câmaras, pois de ninguém esconde o objetivo de propor emenda constitucional para se recandidatar em 2013.

Chávez conseguiu evitar o pior com o apertado triunfo do irmão no estado de Barinas, dominado por sua família. A oposição ganhou em grandes centros políticos e econômicos e num simbólico centro do poder chavista - as favelas de Petare, em Sucre.

Como a oposição é fragmentada, a expressiva votação que recebeu contém uma mensagem de cansaço e desilusão do eleitorado diante das promessas não cumpridas do chavismo após 10 anos no poder. A má notícia para Chávez é que, com o petróleo em queda livre, se esvai seu poder de reação para ampliar os programas assistenciais populistas. O que fica em evidência é a violência urbana, o desabastecimento e a inflação. Some, assim, boa parte do encanto do "socialismo bolivariano". As eleições testam o espírito democrático do caudilho.



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A percepção que Hugo Chávez tem da atual realidade é tão distorcida que ele afirmou, em cadeia nacional, que perdeu no município de Sucre, porque lá está cheio de ricos poderosos e racistas. Material completo 
aqui, no Notícias 24

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".