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segunda-feira, 24 de março de 2008

Quando devemos nos calar - jogando fora DE NOVO Oscar Niemeyer

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Gerson Faria em 18 de março de 2008

Resumo: Considerar Oscar Niemeyer como um "idiota útil" é ter muito boa vontade e falsear os fatos. Afinal, um idiota útil precisa ser pelo menos verossímil, e a retórica comunista do velho stalinista pode ser tudo, menos isso.

© 2008 MidiaSemMascara.org

Há um tipo de personagem patético no Brasil que, embora desconheça cabalmente o assunto de que trata, não se intimida e fala assim mesmo, confiando em uma cumplicidade na ignorância. Na maioria dos casos, adquiriu fama em outra área e sente-se autorizado a opinar, com a autoridade emprestada àquela. É um tal de engenheiro posando de sociólogo, arquiteto posando de sociólogo, cineasta posando de sociólogo, músico, ativista gay, apresentador de TV, que é difícil saber o que diferencia o sociólogo dessas outras atividades profissionais. Parece que basta emprestar a fama de outra área e está tudo bem. Pelo menos é nisso que esses personagens e seus apoiadores acreditam.

O caso do secular Niemeyer é exemplar. Sempre que pode e o dever chama, empunha sua caneta qual fuzil contra o “Império”, repetindo suas algaravias stalinistas sobre os rumos da humanidade e sua liberdade em risco iminente. Ora, precisa honrar o Prêmio Internacional Stalin para o fortalecimento da Paz entre os Povos, recebido em 1963.

Mas será que alguém ouve Niemeyer? Creio que se ouve Niemeyer por uma certa condescendência para com os senis, aquele tipo de respeito tocante para com alguém que já está visivelmente em outro mundo, diga o que disser.

O fato é que Niemeyer não se trata nem de um idiota útil. O mínimo que se espera de um tipo assim, o idiota útil, é que ao menos seja verossímil. E a verossimilhança requer um pouco de conhecimento da realidade, para poder falseá-la. Seu linguajar stalinesco dos anos 1930 creio não colaborar tanto à causa. O fato de Kruschev ter em 1956 denunciado o massacre stalinista parece ainda não ter credibilidade suficiente ao arquiteto emérito, depositando a culpa dos milhões de cadáveres da URSS ao “Império”, como gosta de se referir aos EUA. Ele não entendeu a política do PCUS da época. Não pode ser considerado um idiota útil. E por isso é devidamente idolatrado nos meios mais esclarecidos da nação, a saber, as escolas do MST e o Palácio do Governo.

Na Folha de S. Paulo de domingo, 16 de março, Niemeyer sai em defesa das Farc, afirmando em certa parte de seu artigo “Quando não devemos calar”:

“O tempo correu e, sem possuir a força para eliminar o movimento político já instalado no país, o governo reacionário de Bogotá passou a acusar a direção das Farc de ser conivente com o narcotráfico em crescente expansão na Colômbia”.

Talvez em 2030, 2050, o arquiteto se dê conta de que um seu conterrâneo, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, fora detido décadas atrás e, em uma gravação telefônica efetuada pela polícia, abrira o jogo sobre o papel das Farc no tráfico internacional de drogas. O mundo inteiro foi informado. Não me recordo de ter sido a transcrição publicada pela imprensa brasileira. Na colombiana foi e, por incrível que pareça, no jornal eletrônico Cambio, de Gabriel Garcia Marques, íntimo de Fidel Castro, como o arquiteto. O título da matéria era:

La Confesíon de Fernandinho: CAMBIO revela la declaración grabada del narcotraficante brasilero socio de las Farc, que sirvió a EU para procesar a varios comandantes guerrilleros por negocios de cocaína”.

Isso foi em 14 de fevereiro de 2003. Acho que é por isso que Deus dá longevidade a Niemeyer. A esperança divina, sabemos, é infinita.
Comentário do Cavaleiro do Templo: responde esta adorador de assassinos!!!

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".