por Alejandro Peña Esclusa em 26 de março de 2008
Resumo: Se Hugo Chávez, Rafael Correa, Evo Morales e Daniel Ortega chegaram ao poder com o apoio do Foro de São Paulo, como esperar que se alegrem quando o governo colombiano golpeia duramente a um de seus sócios?
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Em 1º de março passado, as Forças Militares e Policiais da Colômbia levaram a cabo a “Operação Fenix” que deu baixa a Raúl Reyes, o segundo no comando das FARC, grupo narco-terrorista que delinqüe em vários países da região.
Porém – para surpresa da comunidade internacional –, em vez de se decretar um dia de júbilo continental, pela neutralização de um dos homens mais perigosos da história do crime organizado, três países romperam relações com a Colômbia em protesto pela operação. Como explicar semelhante contradição?
A resposta encontra-se não somente nos computadores das FARC, apreendidos durante a “Operação Fenix”, mas em uma reunião realizada dezoito anos atrás – em julho de 1990 – na cidade de São Paulo, quando os partidos de esquerda e os movimentos subversivos da região se encontraram para redefinir seus objetivos, depois da queda do Muro de Berlim e da desintegração da União Soviética.
Essa astuta jogada – convocada por Fidel Castro e Lula da Silva – serviu para que o comunismo continuasse vivo na Ibero-América e para firmar um pacto de apoio mútuo entre os assistentes a essa reunião, que desde então se repetiu, ano após ano, sob a denomiação de “Foro de São Paulo”.
A comunidade internacional reage com estupor ante as revelações obtidas nos computadores de Reyes, sobre os vínculos das FARC com Hugo Chávez e Rafael Correa; porém, para os que seguiram acompanhando o Foro de São Paulo, trata-se de uma mera confirmação policial do que politicamente era um fato evidente e notório.
Iludidos com o provável desaparecimento do comunismo em 1989, os partidos políticos, os organismos de inteligência e os meios de comunicação, fizeram caso omisso das denúncias bem fundamentadas de indivíduos como o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho e este humilde servidor.
Segundo a informação obtida dos computadores de Reyes, as FARC doaram 50 mil dólares à campanha de Hugo Chávez e, - já na Presidência – Chávez lhes deu 300 milhões de dólares. Entretanto, há dez anos – em 1998 – a Comissão Nacional Anti-drogas da Venezuela menosprezou publicamente minhas denúncias sobre o financiamento da narco-guerrilha colombiana ao então candidato Chávez. E, há oito anos – em junho de 2000 – o diretor da Disip, Jesús Urdaneta Hernández, renunciou a seu cargo, negando-se a cumprir a ordem de Chávez de entregar 300 mil dólares à guerrilha.
Quanto a Rafael Correa, em 6 de outubro de 2006 – há quase dois anos – escrevi uma Carta aberta ao povo equatoriano onde assegurava, textualmente, que “Correa não representa o interesse dos equatorianos, mas o de uma organização criada por Fidel Castro, denominada Foro de São Paulo, e à qual pertencem Hugo Chávez, Evo Morales e as FARC colombianas”.
A crise de março de 2008 não acabou. Se Hugo Chávez, Rafael Correa, Evo Morales e Daniel Ortega chegaram ao poder com o apoio do Foro de São Paulo, como esperar que se alegrem quando o governo colombiano golpeia duramente a um de seus sócios? Ao contrário, farão todo o possível para destituir Álvaro Uribe e para reconstruir as capacidades operacionais das FARC.
Fonte: http://noticierodigital.com/forum/viewtopic.php?t=358668
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