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segunda-feira, 24 de março de 2008

O esquerdismo clinicamente morto

Do blog do DIOGO MAINARDI

"Li que Dilma Rousseff perdeu
12 quilos para se eleger à Presidência. Pelo que entendi, trata-se do principal ponto de sua plataforma eleitoral. Estou torcendo para que Dilma Rousseff seja a candidata do PT em 2010. Estou torcendo muito. Sem a Dilma, o PT chega em terceiro lugar. Com a Dilma, ele chega em quinto"

"Como deixei de ser um esquerdista clinicamente morto." É mais ou menos esse o título de um artigo de David Mamet no Village Voice. Para quem está boiando, David Mamet é um dos maiores dramaturgos dos Estados Unidos. Village Voice é um jornal de Nova York. E "esquerdista clinicamente morto" é todo mundo menos a patota de VEJA, considerando-se o que se diz por aí a nosso respeito.

David Mamet foi um esquerdista clinicamente morto até o dia em que se pegou imprecando contra a rádio pública americana. Ele se deu conta de que suas antigas idéias políticas já não refletiam a realidade: do preconceito contra as grandes empresas – cujos produtos ele consumia – ao ódio pelos militares – que arriscavam a vida para protegê-lo de um mundo hostil. Ele passou a questionar o papel do governo, rejeitando o intervencionismo estatal, um dos mitos inabdicáveis dos esquerdistas clinicamente mortos: "Mas, se o governo não intervém, como é que nós, meros seres humanos, vamos fazer? Eu li e refleti, e me ocorreu que eu conhecia a resposta, que é a seguinte: parece que nós simplesmente sabemos". Para demonstrar isso, David Mamet fez um paralelo com o teatro: "Tire o diretor de uma peça teatral e o que acontece? Em geral, menos conflitos, um período mais curto de ensaios e um resultado melhor".

O teorema de David Mamet pode ser aplicado a todas as esferas da política. Dilma Rousseff está tentando cacifar sua candidatura presidencial graças ao PAC. Tire Dilma Rousseff do PAC e o que acontece? Menos conflitos, um período mais curto de obras e um resultado melhor.

Estou torcendo para que Dilma Rousseff seja a candidata do PT em 2010. Estou torcendo muito. Sem a Dilma, o PT chega em terceiro lugar. Com a Dilma, ele chega em quinto. Quinto é bem melhor do que terceiro. Com a Dilma é bem melhor do que sem a Dilma. Os esquerdistas clinicamente mortos parecem entusiasmados com Dilma Rousseff. Eu também. No que se refere à sua candidatura, pode-se dizer que sou esquerdista clinicamente morto.

Li que Dilma Rousseff perdeu 12 quilos para se eleger à Presidência. Pelo que entendi, trata-se do principal ponto de sua plataforma eleitoral. Quem também emagreceu um bocado no último período foi Caio Blinder. O suficiente para se eleger vereador. Caio Blinder é a Dilma Rousseff do Manhattan Connection. Passei a semana com ele, para a festa dos quinze anos do programa. Falamos sobre o passado e sobre o futuro. O passado remete a 1993, quando o Manhattan Connection foi ao ar pela primeira vez. Em 1993, eu era um romancista sem leitores. É bom ser um romancista sem leitores. A gente só pensa na posteridade. Agora minha vida piorou tremendamente. Eu só penso no futuro, e o futuro é muito mais aborrecido do que a posteridade. Meu futuro é tentar sobreviver aos esquerdistas clinicamente mortos.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".