Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

A Alegria do Chupim

Do portal FAROL DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
Por Percival Puggina

Lula, na tevê, estava faceiro como guri de bodoque novo. PIB crescendo, emprego em alta, real firme, risco país em queda, balança comercial bem comportada, elevadíssimo índice de aprovação ao governo e a si mesmo.

Há muitos anos o país não vislumbrava um horizonte econômico tão positivo. Mesmo com a desaprovação da CPMF, e anunciando conseqüências negativas para a saúde pública, o presidente exibia uma alegria que me fez recordar do Bill Gates. Lembram? Certa feita ele também perdeu, num dia, 40 bilhões. E continuou feliz da vida. Como se explica o que está acontecendo? Como pode dar tudo tão certo para alguém cuja credibilidade esbarra nos critérios mais rudimentares? São três as razões.

A primeira diz respeito ao conjunto de providências que foram adotadas pelos seus antecessores: abertura ao comércio internacional, estímulo às exportações, apoio ao agronegócio, Plano Real, privatizações, manutenção de um consistente superávit primário, respeito aos contratos, pagamento da dívida externa e bom gerenciamento da moeda. Estas medidas foram proporcionando condições para a colheita de resultados que se expressa no sorriso do presidente. A segunda diz respeito à metamorfose de que Lula se jacta. Todas essas providências – todas, sem exceção – foram tomadas por seus antecessores, sob feroz oposição dele e de seu partido. Era tudo coisa da famigerada “lógica do mercado”, do amaldiçoado “receituário neoliberal e globalizante”, do FMI, do Consenso de Washington e do raio que o parta.

A terceira se refere ao cenário internacional. A economia mundial vem crescendo a uma taxa firme, da ordem de 5%, há varios anos. Numa situação assim seria impossível ao país apresentar números negativos. Nem a África Subsahariana tem números negativos. É preciso, pois, analisar os dados com atenção para não incorrermos em injustiça, negando méritos a quem fez por merecê-los e para não atribuir méritos a quem deveria estar pedindo desculpas pelas besteiras que disse e pelo muito que atrapalhou.

Fiz uma rápida consulta ao Google com as palavras-chave “Brasil cai no ranking” e, em instantes, fiquei sabendo que caímos para a 72ª posição no ranking da competitividade; perdemos seis posições no da tecnologia (52º lugar); perdemos pontos e posições no da corrupção (62º lugar); caímos no da liberdade de imprensa (84º), no da desigualdade entre homens e mulheres (74º), no dos negócios pela internet (43º), no dos exportadores (24º), no do preparo digital (38º), e perdemos uma posição no do IDH (70º). Estamos entre os piores na lista da educação! Dos 34 analisados somos o que menos gasta com ela e, por isso, ocupamos um dos últimos postos no ranking mundial de talentos. E por aí vai.

Entrando no sexto ano do governo Lula percebe-se que melhoramos. Menos do que poderíamos, porque o mundo avançou bem mais, e porque o governo gasta mal. Somos como o paciente que estava em coma e agora pisca o olho uma vez para sim e duas para não. Melhorou, é claro, mas os pacientes do quarto ao lado, que estavam na mesma situação, já voltaram para o escritório.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".