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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mapeando e estudando as provocações de parquinho dos esquerdistas

 

LUCIANO AYAN

Imagine que em um dado momento do debate o seu oponente desista completamente do debate e parta para a provocação como ocorria nos tempos do jardim da infância. O que fazer? Igualá-lo (nesse caso, partindo para a baixaria), dar uma resposta assertiva, concientizar a platéia ou deixar para lá?

Como já disse várias vezes neste blog, o “deixar para lá” é o jogo dos fracos na guerra política.

O que é a provocação de parquinho? Em termos de debate, defino a provocação de parquinho como um ato em que um dos debatedores (seja escrevendo um texto, um post no Orkut, ou lançando um vídeo na Internet, enfim, qualquer dessas opções, além de outras) parte para a provocação com o único intuito de irritar e ofender a outra parte. O ganho com isso é duplo: os adeptos do lado ofensor se sentem revigorados (como em provocações típicas dos torcedores de futebol), e o outro lado se irrita, podendo perder a cabeça em sua ação política.

Um exemplo disso pôde ser visto em um vídeo do Yuri Grecco, no qual ele respondia ao seu crítico Bluesão. Yuri concluiu: “Quem é Bluesão?”.

Mas não é só nos vlogs que encontramos esse tipo de ação. Richard Dawkins, quando desafiado por William Lane Craig para um debate, disse: “isto ficaria muito bem no seu currículo, mas não tão bem assim no meu”.

Esses são exemplos claros do que podemos chamar de provocação de parquinho e, embora praticada por adultos, possui ênfase no psicológico e muitas vezes irrita o oponente que não está preparado. Conforme mostrarei aqui, a possível irritação pode surgir se você não entender o debate político como um jogo, no qual um golpe é mais efetivo quando você não percebe que está jogando. Ou seja, alguns truques psicológicos são eficientes quando o outro lado não percebe que está diante de alguém que está praticando truques intencionalmente.

A pior coisa, no entanto, é partir para a baixaria. No máximo, sempre tente responder com sarcasmo, ou invertidas. Lembremos que

Em relação ao exemplo de Dawkins, pode-se criar uma provocação estilosa em retorno dizendo “Se Dawkins diz que não ficaria bem no currículo dele debater com Craig, ele está certo, pois o currículo de fraudadores não fica bem quando eles encontram um auditor pela frente”.  Ou seja, sempre a resposta deve ser à altura.

Se você encarar a coisa como um jogo, não ficará irritado, e entenderá provocações da outra parte como OPORTUNIDADE de revides cada vez mais estilosos.

O que importa, claro, é evitar que a outra parte capitalize politicamente. Qualquer provocação de parquinho sem resposta resulta em pontuação para o oponente. Portanto, se você quiser adentrar ao debate político, pense em desenvolver a habilidade de responder provocações à altura.

Entretanto, a resposta à altura não é a única ação a ser feita. Se alguém é provocado primeiro, e consegue revidar com classe, está em vantagem. Isso por que o PRIMEIRO a partir para a agressão pode ser exposto para o público como aquele que perdeu a classe.

Portanto, quando você se encontrar nessa situação (em que seu oponente tiver provocado primeiro), há uma nova oportunidade, a de você conscientizar os SEUS LEITORES do que é uma provocação de parquinho. Explique ao público que o oponente precisou partir para a baixaria, e aproveite para expor os argumentos ruins da outra parte. Muito provavelmente, provocações do tipo podem surgir a partir da ausência de argumento. Logo, você pode abordar da seguinte maneira: “Pelo fato dele não ter argumentos, restou a provocação de parquinho, ao afirmar X, Y, Z…”. (Como já disse na perspectiva do triângulo para debates, neste momento você não deve satisfações ao seu oponente, mas à platéia).

Enfim, encare as provocações de seu oponente como se estive em uma espécie de jogo de esgrima, e seus debates se tornarão no mínimo mais divertidos.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".