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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Os jovens delinquentes do Brasil e a destruição da família

COMUNIDADE CATÓLICA PANTOKRATOR
Postado em 18 agosto 2011

Na Rússia da época de Stalin, centenas, senão milhares de crianças e adolescentes perambulavam pelas ruas das cidades cometendo pequenos delitos. Era um dos tristes resultados da repressão comunista feita em nome do povo: os pais desses jovens haviam sido executados ou mandados para campos de concentração por crimes – ou suspeita de crimes – contra o regime.

No Brasil não há, nem nunca houve comunismo estabelecido, mas crianças nas ruas brasileiras são tão reais quanto àquelas da época da chamada “ditadura do proletariado” na Rússia. Para onde foram os pais das crianças daqui? Eles desapareceram por causa de um sistema repressor mais potente do que a polícia comunista: a destruição da família.

Um pequeno artigo publicado sob o título: “Falhas e omissões mantêm ‘meninas do arrastão’ na ativa”, na Folha de S. Paulo, no último dia 10 de agosto, nos dá apenas anúncios dessa situação no Brasil, que tem suas semelhanças com aquela da Rússia comunista.

O artigo nos mostra como há um verdadeiro impasse para resolver o problema das meninas delinqüentes: “Elas vagam pelas ruas da Vila Mariana e cometem pequenos furtos. A polícia chega e as deixa na delegacia. Lá, o delegado aciona os conselheiros tutelares. Mas no final de tudo, geralmente elas voltam para as ruas”.

O problema é que não há qualquer sistema para impedir a reincidência das pequenas infratoras: “Nos abrigos, o entendimento geral é que essas crianças, que dizem não ter família nem documentos, não podem ser mantidas à força.”, continua o artigo. É preciso ressaltar o fato de que essas meninas dizem “não ter família”.

Na mesma notícia, o coordenador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Martim Sampaio, afirma: “Um caso social como esse vira policial e não há estrutura de ressocialização”.

Tais afirmações parecem indicar que não há solução para o caso. De fato, com a decadência moral e religiosa atual, uma saída para essa situação é impossível. Os pais dessas crianças não foram executados ou levados para prisões. Eles simplesmente estão ausentes, porque a estrutura familiar está em frangalhos.
Divórcio, amor livre, concubinato, libertinagem e imoralidade de toda ordem destruíram a noção de família conforme os ensinamentos católicos.

Quanto ao regime stalinista, este não poderia admitir uma volta para a moral religiosa e os bons costumes. Era um regime ateu. Então, naquela época, propuseram a seguinte saída tenebrosa: recompensa para quem “eliminasse” as crianças das ruas de Moscou. Rapidamente os jovens delinqüentes não foram mais vistos…

Será que no Brasil chegaremos a tal abismo? Ou voltaremos à instituição familiar baseada nos perenes princípios da moral católica?

Paulo Henrique Américo
IPCO

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".