| 08 NOVEMBRO 2011
MEDIA WATCH - OUTROS
MEDIA WATCH - OUTROS
Como tenho dito: “du-vi-de-o-dó” que haja mais crianças negras adotadas por negros do que crianças negras adotadas por brancos.
Não há absolutamente nada neste país que hoje não esteja submetido ao crivo ideológico. A doutrinação marxista alcança até mesmo – pasmem! - a Matemática!
Hoje trago do jornal Diário do Pará mais uma daquelas notícias que recorrentemente trazem a manipulação consigo, quase sempre invisível ao leitor desavisado, por embrulhada em palavras melífluas que convocam os bons sentimentos das pessoas para causas pretensamente nobres, justas, éticas e humanas.
Trata a matéria do batido discurso de que há candidatos suficientes para adotar todas as crianças disponíveis nas instituições de acolhimento de menores, mas que tal benfazejo efeito não se concretiza porque esbarra no preconceito étnico, já que as crianças brancas são preferidas.
Hoje trago do jornal Diário do Pará mais uma daquelas notícias que recorrentemente trazem a manipulação consigo, quase sempre invisível ao leitor desavisado, por embrulhada em palavras melífluas que convocam os bons sentimentos das pessoas para causas pretensamente nobres, justas, éticas e humanas.
Trata a matéria do batido discurso de que há candidatos suficientes para adotar todas as crianças disponíveis nas instituições de acolhimento de menores, mas que tal benfazejo efeito não se concretiza porque esbarra no preconceito étnico, já que as crianças brancas são preferidas.
Esta espécie de reportagem aparece e reaparece de tempos em tempos, como que automaticamente avisado por uma agenda eletrônica. Ela pretende afirmar que os casais brancos são racistas.
Porém, o que sempre se oculta é que há um número mais que suficiente de casais negros ou pardos que têm condições perfeitas para adotar crianças não brancas. Então a pergunta que tem de ser feita é: porque os negros ou pardos não estão adotando crianças negras ou pardas?
Pensemos bem sobre o quanto tem sido exigido de casais brancos, no limite do constrangimento (vejam as novelas televisivas), para que adotem preferencialmente crianças negras, enquanto não vigora nenhum apelo, por mínimo que seja, para que adultos negros e pardos adotem nem crianças de sua cor, quiçá muito menos crianças brancas.
Como tenho dito: “du-vi-de-o-dó” que haja mais crianças negras adotadas por negros do que crianças negras adotadas por brancos (salve, e olhe lá, o caso de adoções intra-familiares, ou seja, quando são os tios ou avós que assumem as crianças)! E muito mais: que haja mais crianças brancas adotadas por negros do que – atenção! - crianças BRANCAS adotadas por negros!
Convido agora os leitores a acompanharem-me na análise lógica que farei de um trecho da notícia de que falei nos primeiros parágrafos acima:
Apesar do aumento pela procura por adoção, o CNJ revela que ainda existem alguns fatores que acabam dificultando a adoção de crianças e adolescentes. O primeiro deles é o perfil exigido pelos pretendentes. A maioria dos interessados cadastrados pelo CNA, 9.842 (36,54% do total), prefere crianças ou adolescentes brancos, sendo que quase metade das crianças disponíveis para adoção - 2.272 no total - é parda. Crianças brancas somam 1.657, o que representa 33,82% do total.
Em primeiro lugar: como assim, ó Diário do Pará? Desde quando um percentual de 36,58 % compõe uma maioria? Como é que os jornalistas que obtiveram os dados e que editaram a matéria não perceberam tal enormidade? Afff....
Ademais, se 9.842 são as pessoas interessadas em crianças ou adolescentes brancos e que correspondem a 36,52 % do total, então 63,48% são as pessoas que não se encaixam neste perfil, ou o meu raciocínio lógico está começando a falhar? Logo, quase o dobro de pessoas não se importa em adotar uma criança negra ou parda.
Percebam, digníssimos leitores, como já se dão a pouquíssimo trabalho os mistificadores, a ponto de permitirem-se publicar qualquer besteira sem o menor medo de serem felizes. Na verdade, confiam no tom da redação empregada, na técnica do discurso carregado de indignação, confiantes de que as pessoas não vão conferir os números nem questionar os argumentos. Mais das vezes, para tal mister, basta um título bem eloquente.
Em outro artigo que já escrevi a respeito deste mesmíssimo tema, tive a felicidade de encontrar quem teve o mesmo lampejo de lucidez que exponho aqui e como as suas posições foram tratadas por representantes de entidades sedizentemente relacionadas à defesa dos direitos dos povos afro-descendentes (Uol/Folha de São Paulo, de 13 de outubro de 2001):
Paulo Sérgio dos Santos, 41, presidente do Angaad (Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção), acredita que a marginalização não deveria ser considerada pelos negros como um obstáculo à adoção.
"Se a comunidade negra buscasse fortalecer a proposta e a levasse adiante, muitos problemas poderiam ser minimizados", diz ele, que é filho adotivo.
Roberto da Silva, 42, pedagogo e autor do livro "Filhos do Governo", sobre internos da Febem, concorda e afirma que o principal na adoção das crianças é a disponibilidade de afeto e não de dinheiro. Segundo ele, os movimentos negros deveriam se unir em torno da questão da adoção.
"Se os negros querem espaço na universidade e no mercado de trabalho, por que não tratar questões como adoção e abandono infantil na perspectiva de uma questão étnica?", pergunta Silva.
Representantes de movimentos negros discordam. Para Sueli Carneiro, 51, presidente da ONG Geledés - Instituto da Mulher Negra, os negros têm a adoção incorporada em sua estrutura familiar de uma maneira informal.
Ela cita as famílias negras às quais se agregam frequentemente crianças de outras famílias. "A família burguesa nuclear ainda é um modelo distante da maioria da nossa população", diz Sueli.
Ivanir dos Santos, 47, que se considera "afrodescendente" e é presidente do Ceap (Centro de Articulação de Populações Marginalizadas), concorda com Sueli. Para ele, as adoções informais são muito comuns não só entre as comunidades negras, mas também em outras camadas mais pobres da sociedade brasileira.
Ivanir acredita que, nos casos de adoção formal, existe preferência por crianças brancas e que isso serve para desmistificar a democracia racial do Brasil.
"Se o dado de raça e cor não fosse importante, as pessoas adotariam crianças negras, pois são as que mais precisam de ajuda", afirma o presidente do Ceap.
Em outro artigo que já escrevi a respeito deste mesmíssimo tema, tive a felicidade de encontrar quem teve o mesmo lampejo de lucidez que exponho aqui e como as suas posições foram tratadas por representantes de entidades sedizentemente relacionadas à defesa dos direitos dos povos afro-descendentes (Uol/Folha de São Paulo, de 13 de outubro de 2001):
Paulo Sérgio dos Santos, 41, presidente do Angaad (Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção), acredita que a marginalização não deveria ser considerada pelos negros como um obstáculo à adoção.
"Se a comunidade negra buscasse fortalecer a proposta e a levasse adiante, muitos problemas poderiam ser minimizados", diz ele, que é filho adotivo.
Roberto da Silva, 42, pedagogo e autor do livro "Filhos do Governo", sobre internos da Febem, concorda e afirma que o principal na adoção das crianças é a disponibilidade de afeto e não de dinheiro. Segundo ele, os movimentos negros deveriam se unir em torno da questão da adoção.
"Se os negros querem espaço na universidade e no mercado de trabalho, por que não tratar questões como adoção e abandono infantil na perspectiva de uma questão étnica?", pergunta Silva.
Representantes de movimentos negros discordam. Para Sueli Carneiro, 51, presidente da ONG Geledés - Instituto da Mulher Negra, os negros têm a adoção incorporada em sua estrutura familiar de uma maneira informal.
Ela cita as famílias negras às quais se agregam frequentemente crianças de outras famílias. "A família burguesa nuclear ainda é um modelo distante da maioria da nossa população", diz Sueli.
Ivanir dos Santos, 47, que se considera "afrodescendente" e é presidente do Ceap (Centro de Articulação de Populações Marginalizadas), concorda com Sueli. Para ele, as adoções informais são muito comuns não só entre as comunidades negras, mas também em outras camadas mais pobres da sociedade brasileira.
Ivanir acredita que, nos casos de adoção formal, existe preferência por crianças brancas e que isso serve para desmistificar a democracia racial do Brasil.
"Se o dado de raça e cor não fosse importante, as pessoas adotariam crianças negras, pois são as que mais precisam de ajuda", afirma o presidente do Ceap.
O fato de que supostamente haja uma estrutura social entre os negros diferente da “família burguesa nuclear”, segundo a qual há uma adoção informal de crianças, entretanto, não responde ao fato de que crianças negras (e brancas!) continuam à espera por um lar nos orfanatos.
Percebam os leitores como ambos os presidentes de ONG's acima não se mostraram efetivamente interessados na melhoria de vida dos negros – especialmente das crianças negras. Preferiram recorrer a uma desculpa esfarrapada do que encarar o problema de frente. E mais uma vez, jogaram o problema no colo dos brancos: “"Se o dado de raça e cor não fosse importante, as pessoas adotariam crianças negras, pois são as que mais precisam de ajuda", afirma o presidente do Ceap.” (Ivanir dos Santos)
Isto se dá porque não é este o objetivo que almejam, senão o de se promoverem às custas dos demais negros por meio do movimento negrista ou quilombola, de inspiração coletivista-marxista. Chamar o seu eleitorado à responsabilidade não é algo que lhes inspire simpatia ou boa vontade.
Seus alvos atualmente são sobretudo a conquista das cotas raciais para os cargos públicos eletivos e empregos públicos e privados, bem como a desapropriação (perdão: expropriação) das terras de seus proprietários originais.
Aqui termino, não sem antes vacinar este próprio texto contra as tentações dos sonsos de plantão: Se você tem uma criança adotada, não importa quais sejam as tonalidades das respectivas peles - a sua e a de seu filho do coração - defiro o meu mais elevado respeito e consideração à sua família, e rogo – sinceramente – que Deus sempre a proteja. Este artigo não é uma apologia à segregação racial, mas sim à liberdade escolha individual, para protegê-la o discurso ideológico-demagógico.
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