Alejandro Peña Esclusa e seu grande trabalho pela democracia hemisférica
Gustavo Coronel
Atualmente na prisão por ordens do déspota venezuelano, Hugo Chávez, Alejandro Peña Esclusa tem sido desde vários anos um dos mais efetivos campeões da democracia latino-americana. Embora se oponha firmemente a Hugo Chávez, sua estratégia não se limitou a opor-se a ele na Venezuela senão que estendeu-se a toda a região latino-americana, que é o verdadeiro campo de batalha entre a democracia e o despotismo.
Na região, Peña Esclusa dedicou-se a combater as grosseiras tentativas intervencionistas de Hugo Chávez e suas pródigas doações de dinheiro a líderes corruptos. Para combater Chávez, Peña Esclusa foi tecendo alianças com grupos democráticos em cada país, até o ponto de ter uma rede de organizações filiadas a seu movimento que já ultrapassa cento e cinqüenta. Essas organizações estão em todos os países da América: na Bolívia, Colômbia, Argentina, Honduras, Brasil, em todos os lugares onde a batalha entre o despotismo chavista e a democracia é particularmente intensa.
A estratégia regional de Peña Esclusa o converteu no líder da oposição venezuelana melhor conhecido em toda a região. Seus livros sobre o Foro de São Paulo desmascararam os pseudo-líderes democráticos do hemisfério, expondo sua hipocrisia, em especial a Lula da Silva.
Certamente, era questão de tempo para que o regime chavista pusesse em marcha sua ação repressiva contra Peña Esclusa. Já estava lhe causando muito dano com suas prédicas sistemáticas e muito bem pensadas. Nos diversos países do hemisfério, Peña Esclusa já era recebido como um legítimo campeão da democracia e apreciado pela opinião pública. Tal foi o caso de Honduras, onde foi recebido pelo presidente Micheletti, na meia-lua da Bolívia onde é visto como um grande aliado, na Argentina, onde as forças anti-Kirchner o receberam com agrado, em El Salvador, onde se opôs na imprensa e TV à intromissão chavista, e influiu nos resultados finais do processo eleitoral, o qual representou uma amarga derrota para os extremistas financiados por Chávez.
Um bom dia, há algumas semanas, a residência de Peña Esclusa e de sua família, esposa e filhas pequenas, foi invadida pelos malandros da polícia chavista. Entraram à força, plantaram explosivos nos locais onde, presumivelmente, as meninas os utilizariam para fazer bombas e levaram Peña Esclusa preso. Desde então está detido, com restrição severa de sua capacidade para se defender. Na Venezuela do déspota os direitos humanos da oposição não existem.
A detenção de Peña Esclusa é muito mais daninha para Chávez do que para Peña Esclusa. Embora uma detenção seja sempre traumática, sua figura se viu agigantada por seu encarceramento, enquanto que a figura do palhaço repressivo viu-se ainda mais apequenada e desprezada pelos democratas latino-americanos.
Pedimos a liberdade imediata de Alejandro Peña Esclusa. Fora o déspota venezuelano do poder!
Tradução: Graça Salgueiro
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