11/08/2010 - 07h05 | do UOL Notícias
Cavaleiro: olhem que beleza. E todo mundo fica indignado com os EEUU que vai lá matar as pessoas, né? Vai lá roubar os tesouros dos outros países. Percebam, 1/3 destas mortes abaixo foram causadas por bombardeios. Então, a estes que reclamam muito dos americanos, ingleses, franceses, judeus, alemães, etc., digo: falem mal ANTES de nós mesmos. Aqui não tem bombardeio. Não tem tanque de guerra. Não tem homem-bomba. Mesmo assim, matamos mais. O trânsito mata mais. E ninguém fica abismado.
Talita Boros*
Do UOL Notícias
Em São Paulo
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Em São Paulo
O número de assassinatos no Rio de Janeiro no primeiro semestre deste ano é mais do que o dobro das mortes civis no conflito do Afeganistão durante o mesmo período, segundo dados do ISP (Instituto de Segurança Pública, do Rio).
O conflito no Afeganistão deixou 1.271 mortos nos primeiros seis meses do ano, enquanto o RJ registrou 2.556 assassinatos. Se comparado com São Paulo, os números também assustam: os homicídios no Estado paulista somam 2.412, índice 89% maior que no conflito na Ásia central.
As estatísticas da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo apontam também que o trânsito matou 2.249 pessoas no primeiro semestre deste ano, o que corresponde a 76% a mais em relação aos mortos civis no Afeganistão. No Rio de Janeiro, acidentes de trânsito mataram 1.154 pessoas no mesmo período, segundo o ISP.
Os dados do Afeganistão foram divulgados nesta terça-feira (10) pela missão da ONU (Organização das Nações Unidas) no país. De acordo com o documento, o Taleban e outros insurgentes, qualificados como "elementos antigovernamentais", foram responsáveis por 75% das mortes e feridos no país.
Do total de civis mortos neste primeiro semestre, 1.013 eram afegãos e 258 estrangeiros. Segundo o documento, houve um aumento de 31% em relação ao primeiro semestre de 2009.
Perdas
A guerra contra os talebans afegãos, que já supera em duração à do Vietnã, atingiu o pico de baixas de soldados estrangeiros em junho desse ano, quando 102 morreram (no total, as forças internacionais perderam 1.979 homens). Para os EUA, o mês mais sangrento foi julho, com 66 mortes de militares.
A guerra contra os talebans afegãos, que já supera em duração à do Vietnã, atingiu o pico de baixas de soldados estrangeiros em junho desse ano, quando 102 morreram (no total, as forças internacionais perderam 1.979 homens). Para os EUA, o mês mais sangrento foi julho, com 66 mortes de militares.
A Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) emite cada vez mais comunicados sobre mortes de soldados e menos a respeito de avanços no terreno, embora o objetivo dos Estados Unidos seja iniciar a retirada das tropas em julho de 2011.
Os ataques aéreos da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), durante muito tempo questionados pela ONU e pelo governo afegão, foram responsáveis por um terço das mortes de civis ocasionadas pelas forças internacionais. Desde que o general McChrystal --então chefe das forças americanas e internacionais-- ordenou a diminuição desses ataques em 2009, os rebeldes se converteram nos principais responsáveis pelas mortes de civis.
O general David Petraeus, novo comandante das forças internacionais, ditou em 1º de agosto novas diretrizes para proteger os civis e manteve a decisão de seu antecessor de limitar os ataques aéreos.
A ONU divulgou relatórios anuais entre 2007 e 2009, que apontavam um número de 6.053 civis mortos nesses três anos, 2.053 deles em ações das tropas internacionais e afegãs. Nenhum cálculo recolhe o número de soldados afegãos mortos nesta fase da guerra.
*Com agências internacionais
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