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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Dica do professor Olavo de Carvalho - Geraldo Mello Mourão




marlonrn | 29 de setembro de 2008
Programa Memória política de Gerardo Mello Mourão, produzido pela TV Câmara. Gerardo foi um poeta, romancista, ensaísta, jornalista e político brasileiro. Católico praticante, foi padre por alguns anos. Pertenceu ao movimento integralista de Plínio Salgado, tendo sido preso dezoito vezes durante as ditaduras de Getúlio Vargas e a militar de 1964-1985. Numa delas, ficou no cárcere durante cinco anos e dez meses (1942-1948). Foi deputado federal, tendo o mandato cassado pela ditadura militar. Morou por muito tempo fora do Brasil, no Chile e na China, de onde foi correspondente da Folha de São Paulo. Amigo de Guignard, Michel Deguy, Pablo Neruda e Albert Camus, foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura em 1979. No Brasil, em 1999, recebeu o Prêmio Jabuti de melhor livro de poesia pelo épico A Invenção do Mar.

Nascido na cidade de Ipueiras, no Ceará, morreu no Rio de Janeiro em março de 2007, dois meses após ter completado 90 anos de idade.

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Neste programa, Gerardo fala, entre outros assuntos, sobre sua infância e família no Ceará, sua formação cristã, o movimento integralista, Tristão de Athayde, Plínio Salgado, Augusto Frederico Schmidt, Getúlio Vargas, suas prisões durante o Estado Novo e a segunda guerra mundial, a ditadura militar, a divisão esquerda-direita etc.

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Edição, texto e pesquisa: Ana Maria Lopes

Entrevista: Tarcísio Holanda, Ana Maria Lopes e Ivan Santos

Edição de Imagens: Joelson Maia

Produção: André Laquintinie

TV Câmara Maio 2003

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".