Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Conceito Fundamental d'"A Rebelião das Massas"

NADANDO CONTRA A MARÉ VERMELHA
QUINTA-FEIRA, AGOSTO 19, 2010


O filósofo espanhol Ortega y Gasset produziu, ainda na primeira metade do século XX (e antes ainda da Segunda Guerra Mundial!) um estudo fundamental para conhecer o que chamamos de "modernidade" ou, num descrição pessoal -minha- "a decadência intelectual como contraponto ao progresso material e científico".

O nome de Obra é "A Rebelião das Massas".

A edição que tenho em mãos (portuguesa), na página 80 apresenta um resumo fundamental do pensamento do genial espanhol:

"Tudo o que se segue (nota: no livro) é consequência ou corolário dessa estrutura radical que se poderia resumir assim: o mundo organizado pelo século XIX, ao produzir automaticamente um homem novo, introduziu nele apetites formidáveis, meios poderosos de toda a espécie para os satisfazer: económicos, corporais (higiene, saúde média superior à de todos os tempos), civis e técnicos (entendo por estes a imensidade de conhecimentos parciais e de eficiência prática que hoje o homem médio tem e de que sempre careceu no passado). Depois de ter introduzido nele todas estas potências, o século XIX abandonou-o a si mesmo e, então, seguindo o homem médio a sua índole natural, encerrou-se em si mesmo. Deste modo, encontramo-nos com uma massa mais forte que a de que qualquer outra época, mas, ao contrário da tradicional, encerrada hermeticamente em si mesma, incapaz de atender a nada e a ninguém, julgando que se basta a si mesma - em suma: indócil. A continuarem as coisas como até aqui, cada dia se notará mais em toda a Europa - e, como reflexo, em todo o mundo - que as massas são incapazes de se deixarem dirigir em qualquer sentido.

Nas horas difícies que se aproximam para o nosso continente, é possível que, subitamente angustiadas, tenham por um momento a boa vontade de aceitar, em certas matérias especialmente prementes, a direcção de minorias superiores.

Mas até esta boa vontade fracassará. Porque a textura radical de sua alma está feita de hermetismo e indocilidade, por que lhes falta de nascença a função de atender ao que está além delas, sejam factos, sejam pessoas. Quererão seguir alguém, e não poderão. Quererão ouvir, e descobrirão que são surdas".

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".