Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

sábado, 9 de janeiro de 2010

O BRASIL, AS FARC E A POLÍTICA BRASILEIRA

Fonte: HEITOR DE PAOLA



Hostilizarmos, ainda que com bons modos, um país com o poderio humano, científico-tecnológico, econômico e militar dos EUA, é de um primarismo apenas encontrável em cabeças ideologicamente envenenadas.



O BRASIL, AS FARC E A POLÍTICA BRASILEIRA



Osmar José de Barros Ribeiro


8 de janeiro de 2010



Não é de hoje que o governo brasileiro vem mantendo uma atitude pelo menos dúbia em relação às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e, em conseqüência, para com o governo colombiano. A concessão de asilo ao ex-padre Olivério Medina responsável, em sua terra natal, pela execução de crimes de sangue o não aprofundamento das relações entre traficantes brasileiros e aquela organização narcoterrorista a acusação de haver o PT recebido alguns milhões de dólares daquela organização, tudo tem uma explicação para lá de simples: as FARC fazem parte do Foro de São Paulo.


Daí, concluirmos que a política do governo federal está subordinada mais a valores político-ideológicos que aos superiores interesses da Nação Brasileira. Exemplos recentes e atuais mostram-nos a reboque de soluções propostas e/ou adotadas por outros países, todas de profundas motivações ideológicas, bem distantes daquelas que, até um passado recente, deram o norte da nossa política externa. Que outra explicação aceitar no caso da Bolívia (expropriação das refinarias da Petrobrás e expulsão de agricultores brasileiros moradores da área de fronteira, para dar lugar aos sem-terra locais), do Equador (ameaça de suspensão do pagamento de dívida com o BNDES) e do Paraguai (promessa presidencial de alterar o Tratado de Itaipu de forma a dar força, internamente, ao vacilante prestígio do presidente paraguaio)?


Porém, é no quadro da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) que a situação se mostra mais caracterizada, com a evidente liderança do virtual ditador venezuelano, o boquirroto Hugo Chávez. Exemplo: em setembro de 2009, na reunião havida em Quito/Peru, deixaram de ser discutidos assuntos tais como a multimilionária compra de equipamentos militares pela Venezuela na Rússia o evidente e indiscutível apoio que o governo venezuelano presta às FARC a ameaçadora postura de Chávez em relação à Colômbia e a ridícula (e ainda sem solução) “guerra das ‘papeleras” entre o Uruguai e a Argentina para, em seu lugar, ser debatida a cessão de bases militares colombianas aos EUA. Que moral têm os países sul-americanos para opor-se a um acordo que diz respeito a uma nação soberana, há mais de 40 anos assolada por guerrilheiros que se tornaram narcotraficantes e à qual, em momento algum, dispuseram-se a prestar qualquer apoio, ainda que moral?


Alguns conceituados analistas políticos afirmam que o Brasil vem procurando tomar o lugar dos EUA na América Latina o que, caso venha a realizar-se, demandará ainda muitos anos, além de uma inteligente (e urgente) aplicação de esforços, notadamente em educação. Hostilizarmos, ainda que com bons modos, um país com o poderio humano, científico-tecnológico, econômico e militar dos EUA, é de um primarismo apenas encontrável em cabeças ideologicamente envenenadas.


O não reconhecimento pelo Brasil do resultado das eleições hondurenhas, com o comparecimento de um número de eleitores acima do normal, fato comprovado por observadores internacionais, inclusive de parlamentares brasileiros, também não é justificável. Tal posição não é adotada em relação a Cuba, há 50 anos submetida a uma anacrônica dominação comunista e, tão pouco, em relação ao “bolivariano” Chávez que vem, a pouco e pouco eliminando a oposição aos seus desmandos.


Assim, perto do fim do seu governo, Lula põe as manguinhas de fora. Além do anteriormente afirmado, impõe ao Senado a aceitação da Venezuela no Mercosul na contramão dos países civilizados apóia o Irã, muito embora saiba que ele desenvolve pesquisas para o emprego ofensivo da energia nuclear e, por fim, aprova o envio ao Congresso de um calhamaço (Decreto 7037, de 21 Dez 2009) que, se eventualmente aceito significará, em última análise, a derrocada do atual regime político brasileiro e a nossa transformação numa “república bolivariana”, sonho maior de Tarso Genro, Paulo Vannuchi, Dilma Roussef e Franklin Martins, entre outros.


Conforme bem assinalou Reinaldo Azevedo em seu “blog”, em 7 de janeiro do corrente ano: Vazado numa linguagem militante, que manda o saber jurídico às favas em benefício do mais escancarado, chulo e asqueroso proselitismo, o texto busca cantar as glórias do “novo regime” - o lulo-petismo -, tenta institucionalizar a patrulha ideológica no país como matéria de formação da cidadania, extingue o direito de propriedade e, POR QUE NÃO?, NO MELHOR MODELO CHAVISTA, CRIA UM OUTRO PODER ACIMA DA JUSTIÇA. Os direitos humanos, assim, são apenas a aparência civilizada de um claro, óbvio e insofismável esbulho constitucional.


É possível que o presidente, que assinou o Decreto sem lê-lo, conforme o seu (máu) costume, o retire para torná-lo mais palatável. Se não o fizer, a esperança é de que o Congresso tome vergonha e o rejeite em bloco. Caso contrário, o conflito será inevitável.


E-mail: ojbr@wnet.com.br

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".