Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

FALSAS VÍTIMAS, AGRESSORES

Fonte: NIVALDO CORDEIRO
03 de janeiro de 2010



Não foram vítimas, os militantes agressores das organizações de esquerda. Foram agressores, de armas na mão. Colocaram-se contra a ordem estabelecida. Viraram inimigos do Estado e do povo. Digam o que disserem, mintam como quiserem, estes são os fatos.



O notável artigo do Demétrio Magnoli, publicado no Estadão de hoje (Os vitoriosos de hoje), me levou a meditar sobre a mentira de vitimização que as esquerdas repetem sem cessar e que está de novo na boca de Frei Betto:
"As vítimas de ontem são os vitoriosos de hoje. Elas não se envergonham de mostrar a cara e manter viva a memória nacional, ao contrário dos torturadores, que trafegam pelas sombras e insistem em negar o que fizeram." Dizer que aqueles que jogaram bombas, mataram friamente prisioneiros, sequestraram, roubaram e – o maior dos crimes – tentaram instaurar uma ditadura comunista com apoio de Cuba e da ex-URSS foram vítimas é falsificar a história, distorcer palavras e fatos.


As Forças Armadas deram combate aos guerrilheiros por dever constitucional, por imposição das circunstâncias. Tão logo venceram instauraram o regime democrático. Em gesto magninâmico permitiram que seus inimigos de sempre se integrassem na vida nacional. O gesto, todavia, servia meramente de apoio para a vingança muitas vezes repetida, que se manifesta no achincalhe das instituições militares, na provocações, nas indecentes indenizações pelos crimes perpetrados.


Não foram vítimas, os militantes agressores das organizações de esquerda. Foram agressores, de armas na mão. Colocaram-se contra a ordem estabelecida. Viraram inimigos do Estado e do povo. Digam o que disserem, mintam como quiserem, estes são os fatos. Jamais tiveram uma vitória militar que fosse. Tiveram vitórias eleitorais por usarem os métodos de propaganda os mais espúrios, a manipulação retórica mais mentirosa.


Ao contrário do Demétrio Magnoli não creio que as Forças Armadas façam parte desse condomínio de poder. Os quartéis são ainda a cidadela a ser conquistada pela malta esquerdista. Eles não escondem isso. Sim, a última cidadela, mas elas têm o que as esquerdas não têm; armas de guerra e organização. Daí o ressentimento estampado na retórica beligerante de Frei Betto.


Na verdade, as esquerdas não podem conquistar as Forças Armadas porque elas representam um outro mundo, muito diferente daquele por elas almejado. As Forças Armadas são constituídas por uma forma genuinamente aristocrática e meritocrática de recrutamento dos seus quadros. São adminsitradas de forma aristocrática também. Talvez sejam o último reduto aristocrático nesse mundo enganoso e insidioso de democratismo deletério. Água e vinho. As esquerdas intuitivamente demostram que precisam vencer no campo militar seu sempiterno inimigo militar. Não sabem, todavia, nem como fazê-lo e nem o tempo de fazê-lo. Ainda não podem vencer as Forças Armadas no seu campo.


O recente enfrentamento criado pela tentativa de rasgar a Lei da Anistia é só mais um round nesse processo, que se agrava e se afunila. As esquerda estão convidando os generais para o confronto. Penso que poderão ter o que querem. Um dia a onça cutucada dará o bote.


Veja, caro leitor, que o movimento no Brasil está em sincronia com o mesmo movimento levado a efeito nos demais países sob a bandeira do Foro de São Paulo. Nada é por acaso. As esquerdas não mais escondem da opinião pública que querem o poder total. Para tanto, terão que dobrar os indobráveis militares. O confronto será inevitável. Neste ano de sucessão eleitoral muita água poderá rolar nesse front.


Frei Betto tem razão ao dizer que as esquerdas não se envergonham de nada, pois são desavergonhadas. Deveriam ter vergonha de sua ação política, de antes como de agora. Mas elas são impermeáveis à moralidade. São amorais. Movem-se unicamente na busca do poder total. Os fins justificam os meios, na sua ótica torta e alucinada. É a lógica satânica que tem sido o combustível revolucionário em toda parte onde os alucinados percebem a chance de chegar ao poder total.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".