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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Alerta geral

Fonte: DIÁRIO DO COMÉRCIO
14/1/2010 - 18h21


Evandro Mesquita


O chamado Programa Nacional de Direitos Humanos, contido em Decreto Federal de 21/12/09, no seu radicalismo, é revelador dos extremos de audácia a que chegaram seus formuladores.

A alegação de que o texto foi debatido pela sociedade é descabida, pois nessa discussão pontificaram grupos e ONGs absolutamente minoritários e constituídos de beneficiários interessados no recebimento de maior volume de verbas e benesses do poder público, financiadas por todo o povo brasileiro.

Dizer, por exemplo, que pequenos grupos de mulheres militantes de esquerda Representam as mulheres do Brasil constitui uma absoluta deformação da verdade. Depois da distribuição, a alegados perseguidos políticos, de generosas indenizações que já superam a casa dos R$ 3 bilhões, onerando a folha de encargos do INSS, pretendem agora os ideólogos da Secretaria Especial de Direitos Humanos, conquanto saciados financeiramente, mas ainda assim inspirados em inesgotável ressentimento, a revanche final com a humilhação de um dos lados, quando a Lei da Anistia for instituída para evitá-la para ambos os lados.

O programa não distingue o sentido da autoridade, que não se confunde com autoritarismo, nem a preservação dos costumes, incompatível com licenciosidade, sem os quais nenhuma sociedade resiste à própria desintegração. Mas a ética subjacente ao texto conduz, em última instância, ao desmanche do País, promovendo a cizânia interna, agredindo a coesão nacional pelo fracionamento do todo em segmentos minoritários, interminavelmente reivindicantes, barulhentos, prostrando a Nação à mercê de interesses antagônicos que rondam o Mundo.

No cenário politico, o quadro também não é alvissareiro. A indicação preferida pelo Planalto de Henrique Meirelles para a vice-presidência de Dilma Rousseff, contrapondo o passado guerrilheiro da candidata oficial , pode significar a blindagem do grande capital financeiro – mas o Brasil não é só isso.

Na oposição, o candidato majoritário se mantém inteiramente mudo e, com isso, convalida distorções como as que agora se explicitam, gestadas lá trás, no seio do governo de Fernando Henrique Cardoso. De qualquer forma, o texto de 75 páginas esclarece a que patamar pretendem chegar seus promotores, sem prejuízo de novos "avanços sociais" futuros. O Brasil, por sua espinha dorsal, deve reagir. As forças produtivas – empregados e patrões – da agricultura, indústria, comércio e serviços, classes médias, cristãos e democratas, todos os que acreditam no capitalismo liberal, devem estar concientizados de que a ameaça preexistente foi agora inteiramente exposta, à luz do dia, e deve ser enfrentada, a começar por uma articulação consistente que as congreguem em rumo determinado, com metas e objetivos.

Considerando que neste ano ocorrerá a renovação do Congresso Nacional, uma primeira iniciativa poderia ser exigir, dos atuais mandatários e dos novos candidatos, manifestações expressas sobre esses temas.


Evandro Mesquita é diretor da Fundação Ulysses Guimarães de São Paulo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".