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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

“CNI-IBOPE – Serra volta a subir e aumenta vantagem sobre Dilma”

Fonte: BLOG REINALDO AZEVEDO
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009 | 16:24

Há dias, foi divulgada uma pesquisa CNT-Sensus que apontava uma queda de intenções de voto para a Presidência no tucano José Serra. O jornalismo online fez um escarcéu. Até Clésio Andrade, misto de moralista contumaz e presidente da Confederação Nacional de Transportes, deu entrevista como analista político. Pois é… Falou-se em mudança de patamar de intenções de voto. Ciro Gomes saiu prevendo a desistência de Serra — e lhe deram um amplo espaço para falar o que lhe viesse à veneta, como de hábito. Como sabemos, este rapaz adora falar antes e, se houver tempo, pensar depois. Quase nunca há.


Foi divulgada hoje uma nova pesquisa CNI/Ibope. No cenário mais provável, os números são estes:

Serra - 38%
Dilma - 17%
Ciro Gomes - 13%
Marina Silva - 6%


O que aconteceu em relação ao cenário de 22 de setembro, data da pesquisa anterior do CNI-Ibope? Serra foi o único que, tecnicamente, ganhou voto: a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, e ele acresceu três pontos. Ciro caiu. Dilma cresceu a margem de erro, e Marina caiu na margem. Na pesquisa anterior, neste mesmo cenário, os números eram estes:

Serra - 35%
Dilma - 15%
Ciro - 17%
Marina - 8%


AGORA PRESTEM ATENÇÃO


Sabem qual é a manchete da Folha Online? Esta: “Dilma abre vantagem sobre Ciro; Serra lidera corrida”. E se lê na reportagem: “Apesar da vantagem do tucano, que recebeu 38% das intenções de voto em novembro, a pesquisa mostra o crescimento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, se consolidando em segundo lugar na disputa.”


Sabem qual é a manchete do Estadão Online? “Ministério divulga novo gabarito oficial do Enem”. Na seção de política, há ao menos um título, embora não manchete: “CNI/Ibope: intenção de voto em Serra sobe para 38%”.


Voltem aos números. Em setembro, a diferença entre Serra e Dilma era de 20 pontos percentuais. Em dezembro, ela é de 21 pontos. Por que o texto da Folha Online, por exemplo, afirma: “Apesar da vantagem do tucano (…), a pesquisa mostra o crescimento de Dilma…”? A rigor, não mostra: ela variou dentro da margem de erro. E se pode dizer não mais do que “PROVAVELMENTE está à frente de Ciro, o que não é certo: com margem de erro de dois pontos para mais ou mais menos, ambos podem estar com 15%… É o menos provável, mas podem.


Ademais, convenha-se: dado o massacre noticioso, às vezes “noticioso” e publicitário do lulo-petismo, tal resultado não deixa de ser surpreendente.


Esta pesquisa resolveu não dar truque no eleitor e não trouxe indagações especiosas sobre como ele veria, por exemplo, a união entre Aécio Neves e Ciro… O Ibope também testou o comportamento do eleitor caso Aécio estivesse no lugar de Serra. Eis o resultado:

Ciro Gomes - 26% (28% em setembro)
Dilma Rousseff - 20% (18% em setembro)
Aécio Neves - 14% (13% em setembro)
Marina Silva - 9% (11% em setembro)


Falo mais sobre pesquisas e cenários nos próximos posts.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".