por Wall Street Journal em 18 de novembro de 2009
A
pretendida reprise do Protocolo de Kyoto já é um fracasso antes mesmo de ser lançada, mas ainda não podemos respirar aliviados.
Mas sempre haverá uma desculpa ou outra, considerando que países em desenvolvimento, tais como a China e a Índia jamais serão suficientemente masoquistas a ponto de sujeitar suas economias às neuroses climáticas do Ocidente [Nos tristes trópicos, o Governador José Serra e o Presidente Lula, através da Ministra Dilma, foram “altruístas” e “vanguardistas”, revelando grande desprendimento: o primeiro já assinou lei estadual de restrição de emissões e o segundo diz que o Brasil vai a Copenhague com proposta de redução “para valer”. Mais uma vez, “o mundo” curva-se diante do Brasil; talvez de tanto rir]. Enquanto isso, a Europa provou, com o Protocolo de Kyoto, que as únicas cotas de emissões que aceitará são aquelas que na realidade não precisam ser atingidas.
É claro que a inutilidade da cúpula de Copenhague se transformará em parte do argumento do Sr. Obama de que o Senado deve infligir o Cap & Trade sobre os Estados Unidos, tanto quanto servirá de justificava para as súbitas e não democráticas ações punitivas da EPA [Agência de Proteção Ambiental],via regulamentos do Clean Air Act.
Porém, se ele e nós tivermos sorte, o Senado americano também não conseguirá agir, a EPA ficará atada nos tribunais, e a economia se recuperará mais rapidamente sem o pairar do espectro de mais impostos sobre a energia. [O contribuinte de São Paulo tem todo o direito de perguntar: E agora, Sr. Governador?]
pretendida reprise do Protocolo de Kyoto já é um fracasso antes mesmo de ser lançada, mas ainda não podemos respirar aliviados.
"Agora é a hora de enfrentar este desafio de uma vez por todas”, proclamava o recém-eleito presidente Barack Obama em novembro de 2008. “O adiamento não é mais uma opção”. Mas o adiamento se mostra uma opção — na verdade, a única opção com apoio mundial.
Durante o fim de semana, o Presidente Obama curvou-se à realidade [*] ao admitir que pouca coisa substancial resultará da cúpula sobre mudanças climáticas em Copenhague no mês que vem [07-18 Dezembro]. Durante um ano o presidente americano vinha prometendo um tratado internacional compulsório sobre as emissões de carbono [mais propriamente, do não poluente dióxido de carbono] à la Protocolo de Kyoto, mas em vez disso, os negociadores de 192 países agora esperam chegar a um acordo preliminar quanto a um compromisso de assinar tal tratado na Cidade do México em 2010. Sem dúvida.
O lobby ambientalista está culpando o Senado americano pelo colapso antecipado da cúpula de Copenhague, pois esse não aprovou o projeto de lei Cap & Trade, aprovado por estreita margem na Câmara dos Deputados dos EUA em junho de 2009. Os ambientalistas argumentam que “o mundo” não firmará compromissos até que os Estados Unidos também o façam.
Mas sempre haverá uma desculpa ou outra, considerando que países em desenvolvimento, tais como a China e a Índia jamais serão suficientemente masoquistas a ponto de sujeitar suas economias às neuroses climáticas do Ocidente [Nos tristes trópicos, o Governador José Serra e o Presidente Lula, através da Ministra Dilma, foram “altruístas” e “vanguardistas”, revelando grande desprendimento: o primeiro já assinou lei estadual de restrição de emissões e o segundo diz que o Brasil vai a Copenhague com proposta de redução “para valer”. Mais uma vez, “o mundo” curva-se diante do Brasil; talvez de tanto rir]. Enquanto isso, a Europa provou, com o Protocolo de Kyoto, que as únicas cotas de emissões que aceitará são aquelas que na realidade não precisam ser atingidas.
O Presidente George W. Bush, a despeito de todos os insultos e constrangimentos que sofreu por não ratificar Kyoto, tentou desviar o debate sobre mudanças climáticas para uma direção que levasse a políticas realistas e alcançáveis, particularmente ao insistir que os benefícios deveriam, obrigatoriamente, justificar qualquer freio ao crescimento econômico. Esta estratégia, porém, resultou em enorme desperdício do dinheiro dos contribuintes, incluindo muitos subsídios clientelistas, tão queridos e ampliados pelo Sr. Obama. Todavia, essa estratégia também evitou que o Sr. Bush fizesse promessas grandiosas, mas fúteis, sem nenhuma relação com a realidade política.
É claro que a inutilidade da cúpula de Copenhague se transformará em parte do argumento do Sr. Obama de que o Senado deve infligir o Cap & Trade sobre os Estados Unidos, tanto quanto servirá de justificava para as súbitas e não democráticas ações punitivas da EPA [Agência de Proteção Ambiental],via regulamentos do Clean Air Act.
Porém, se ele e nós tivermos sorte, o Senado americano também não conseguirá agir, a EPA ficará atada nos tribunais, e a economia se recuperará mais rapidamente sem o pairar do espectro de mais impostos sobre a energia. [O contribuinte de São Paulo tem todo o direito de perguntar: E agora, Sr. Governador?]
Título original: Copenhagen's Collapse. Tradução integral da coluna de opinião publicada ontem, 17/11/2009, pelo Wall Street Journal, com acréscimo de comentários.
Um comentário:
Amen!
Grande Blog!
Uma coisa que os idiotas Verdes por fora, Vermelhos por dentro, nunca explicam:
O que se faz contra um Asteróide contra a Terra;
Abraça-se um Panda?
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