Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O fiasco de Copenhague: a realidade se impõe

Fonte: MÍDIA A MAIS
por Wall Street Journal em 18 de novembro de 2009


Barack Obama: retórica de campanha novamente não resiste aos fatos

A


pretendida reprise do Protocolo de Kyoto já é um fracasso antes mesmo de ser lançada, mas ainda não podemos respirar aliviados.

"Agora é a hora de enfrentar este desafio de uma vez por todas”, proclamava o recém-eleito presidente Barack Obama em novembro de 2008. “O adiamento não é mais uma opção”. Mas o adiamento se mostra uma opção — na verdade, a única opção com apoio mundial.

Durante o fim de semana, o Presidente Obama curvou-se à realidade [*] ao admitir que pouca coisa substancial resultará da cúpula sobre mudanças climáticas em Copenhague no mês que vem [07-18 Dezembro]. Durante um ano o presidente americano vinha prometendo um tratado internacional compulsório sobre as emissões de carbono [mais propriamente, do não poluente dióxido de carbono] à la Protocolo de Kyoto, mas em vez disso, os negociadores de 192 países agora esperam chegar a um acordo preliminar quanto a um compromisso de assinar tal tratado na Cidade do México em 2010. Sem dúvida.

O lobby ambientalista está culpando o Senado americano pelo colapso antecipado da cúpula de Copenhague, pois esse não aprovou o projeto de lei Cap & Trade, aprovado por estreita margem na Câmara dos Deputados dos EUA em junho de 2009. Os ambientalistas argumentam que “o mundo” não firmará compromissos até que os Estados Unidos também o façam.

Mas sempre haverá uma desculpa ou outra, considerando que países em desenvolvimento, tais como a China e a Índia jamais serão suficientemente masoquistas a ponto de sujeitar suas economias às neuroses climáticas do Ocidente [
Nos tristes trópicos, o Governador José Serra e o Presidente Lula, através da Ministra Dilma, foram “altruístas” e “vanguardistas”, revelando grande desprendimento: o primeiro já assinou lei estadual de restrição de emissões e o segundo diz que o Brasil vai a Copenhague com proposta de redução “para valer”. Mais uma vez, “o mundo” curva-se diante do Brasil; talvez de tanto rir]. Enquanto isso, a Europa provou, com o Protocolo de Kyoto, que as únicas cotas de emissões que aceitará são aquelas que na realidade não precisam ser atingidas.

O Presidente George W. Bush, a despeito de todos os insultos e constrangimentos que sofreu por não ratificar Kyoto, tentou desviar o debate sobre mudanças climáticas para uma direção que levasse a políticas realistas e alcançáveis, particularmente ao insistir que os benefícios deveriam, obrigatoriamente, justificar qualquer freio ao crescimento econômico. Esta estratégia, porém, resultou em enorme desperdício do dinheiro dos contribuintes, incluindo muitos subsídios clientelistas, tão queridos e ampliados pelo Sr. Obama. Todavia, essa estratégia também evitou que o Sr. Bush fizesse promessas grandiosas, mas fúteis, sem nenhuma relação com a realidade política.

É claro que a inutilidade da cúpula de Copenhague se transformará em parte do argumento do Sr. Obama de que o Senado deve infligir o Cap & Trade sobre os Estados Unidos, tanto quanto servirá de justificava para as súbitas e não democráticas ações punitivas da EPA [Agência de Proteção Ambiental],via regulamentos do Clean Air Act.

Porém, se ele e nós tivermos sorte, o Senado americano também não conseguirá agir, a EPA ficará atada nos tribunais, e a economia se recuperará mais rapidamente sem o pairar do espectro de mais impostos sobre a energia. [
O contribuinte de São Paulo tem todo o direito de perguntar: E agora, Sr. Governador?]

Título original: Copenhagen's Collapse. Tradução integral da coluna de opinião publicada ontem, 17/11/2009, pelo Wall Street Journal, com acréscimo de comentários.

[*] NR: Muito antes de qualquer veículo da mídia brasileira, o Mídia@Mais, através de sua equipe de redação e de seus colunistas, já antecipava essa realidade. Leia aqui e aqui.

Um comentário:

Pois disse...

Amen!
Grande Blog!

Uma coisa que os idiotas Verdes por fora, Vermelhos por dentro, nunca explicam:

O que se faz contra um Asteróide contra a Terra;

Abraça-se um Panda?

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".