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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Tobias Warchavski: um militante comunista homossexual assassinado pelo Partido Comunista?

Fonte: GAYS DE DIREITA
QUARTA-FEIRA, 9 DE DEZEMBRO DE 2009



Este post não é sobre homossexuais que morreram na Sibéria ou em campos de concentração cubanos. Não vou tratar aqui da atual perseguição contra a Fundação Cubana LGBT Reinaldo Arenas. Quero falar sobre homossexuais brasileiros que foram iludidos pela propaganda falaciosa comunista e que, no final, acabaram sendo assassinados pelos próprios comunistas.

Como se sabe, o Brasil passou por quatro tentativas de tomada do poder pelas esquerdas revolucionárias:

1922 a 1954 – Primeira tentativa - Intentona Comunista: tomada do poder democrático através da violência.

1955 a 1964 – Segunda tentativa - Infiltração de comunistas no Estado, colaborando com os movimentos sociais e João Goulart na tentativa de transformar o país em uma “República Socialista”;

1964 a 1973 – Terceira tentativa - Estratégia baseada na criação de focos de resistência armada (teoria foquista) em diversas áreas do país;

1974 até hoje – Quarta tentativa - A mais perigosa estratégia, baseada na conquista da opinião pública (teoria gramsciana) através da infiltração de agentes comunistas na mídia, faculdades e governo, moldando aos poucos a opinião do cidadão e a sua maneira de observar o mundo, promovendo assim uma revolução cultural antes da revolução comunista.

Feitas estas considerações, chamamos a atenção para o caso
Tobias Warchavski, um carioca de 17 anos militante da “Juventude Comunista” que foi assassinado em 1934 (durante a primeira tentativa). Este é um caso particularmente misterioso, pois não há evidências cabais sobre a homossexualidade do rapaz, sendo esta uma pressuposição nossa e, admitimos, totalmente baseada em evidências circunstanciais. Porém, há detalhes estranhos inclusos no "Projeto Orvil" que, ao menos, sugerem tal possibilidade e, por esta razão, colocamos aqui em discussão para aqueles interessados em também investigar o caso.

Tobias era estudante na Escola Nacional de Belas Artes, tendo abandonado a sua residência e assumido o nome de "Carlos Ferreira". Passou a residir com Walter Fernandes da Silva, que usava a identidade falsa de “Euclides Santos”. Ambos eram militantes da “Juventude Comunista”, além de companheiros de quarto e amigos. No livro “Projeto Orvil” consta que Tobias é citado como um jovem “alegre e comunicativo” (coisa estranha a ser citado num relatório militar), além de “bonachão e afoito”, sobretudo na propaganda de sua ideologia. De qualquer forma, o mesmo foi considerado pela esquerda suspeito de colaborar com a polícia e denunciar “uma série de integrantes do movimento comunista” (o que não é verdade), especialmente o “companheiro” Adelino Deycola dos Santos, preso no dia 14 de outubro de 1934. Tobias foi rapidamente julgado e condenado como “culpado” por um tribunal clandestino formado pelos comunistas Honório de Freitas Guimarães, Pascácio Rio de Souza, Vicente Santos e Guilherme Macário Yolles (agente enviado do exterior para trabalhar junto ao Partido).

Reunidos no dia 17 de outubro de 1934, partiu de Yolles a idéia de “eliminar” Tobias, de maneira que sua morte servisse de “exemplo” aos demais militantes do Partido que tentassem trair o movimento. A proposta do assassinato foi aprovada por todos os demais presentes neste “tribunal”, que definiu também os executores do crime: Vicente Santos, Adolfo Bastos e Walter Fernandes (o colega de quarto), sendo este último encarregado de atrair Tobias para a emboscada, sob o pretexto de que iriam participar de uma reunião secreta do Partido no meio do mato. Ou seja, Tobias foi morto pelos próprios colegas.

No local da emboscada, a sentença foi lida por Adolfo Barbosa; ao perceber que seria morto, Tobias entrou em pânico e, falando com dificuldade, nervoso, sem conseguir articular direito as palavras, tentou protestar contra a sentença. Ajoelhou-se e implorou pela própria vida. Seu companheiro de quarto, assistindo à cena, não resistiu e começou a chorar. Constrangido, interveio para tentar salvar o amigo e implorou para que nenhum mal lhe fosse feito (ao que parece, seu companheiro, que suspeitamos aqui ser seu namorado, apesar de ter sido convocado e designado pelo “tribunal” como um dos assassinos, nada sabia sobre a execução até aquele momento). De nada adiantou tais apelos, pois Tobias foi executado a tiros pelo comunista Adolfo Barbosa Bastos. Em seguida, foram feitos os preparativos para dificultar a identificação do corpo. Apesar de constrangido, Walter não comunicou à família Warchavski o desaparecimento de Tobias. Preocupados com a manifestação de Walter durante a execução, e percebendo que este se tornara um “ponto fraco na trama assassina”, o Partido deu-lhe um período de “férias”, afastando-o do movimento e enviando-o para o Recife, onde, dias mais tarde, foi encontrado seu corpo na praia do Pina.

Algumas semanas depois, em outubro de 1934, o corpo de Warchavski foi localizado no Morro dos Macacos, na Floresta da Gávea, no Rio de Janeiro, já em avançado estado de decomposição, sem documentos e com a cabeça decepada. Na época, o Partido Comunista tinha reportado aos seus militantes e à população em geral o desaparecimento de Tobias, acusando a polícia de tê-lo descoberto e matado cruelmente. Através de panfletos e de jornais que o Partido Comunista controlava, uma propaganda bem elaborada e calculada foi produzida a fim de fomentar agitação pública, inclusive acionando órgãos internacionais. O outrora “traidor” era agora aclamado como “mártir”. Houve indignação generalizada no Rio de Janeiro, inclusive entre os políticos.

Porém, a afirmação de que Tobias estava morto era muito suspeita, já que, até que o corpo fosse achado, a polícia não tinha nenhuma confirmação de que Tobias estava realmente morto. Descoberto em “local ermo” o corpo desprovido de documentos ou de quaisquer outros pertences que permitissem identificá-lo, a polícia concluiu que “tudo indicava a ocorrência de um crime calculado e tecnicamente executado”.

Em 1º novembro daquele ano o corpo de Tobias foi reconhecido por sua mãe, Joana Warchavski, seus irmãos e também pelo dentista da família. Em 1935, em uma série de prisões, alguns comunistas confessaram o crime, e o caso foi finalmente resolvido. Não se sabe, afinal, se Adolfo Barbosa chegou a pagar por este crime.

Esta pesquisa se baseia em fontes de informações que não fornecem dados suficientes para responder se de fato Tobias e Walter eram namorados ou se, pelo menos, Tobias era homossexual. Se a pesquisa não chega a respostas conclusivas para estas perguntas, consegue ao menos levantá-las, e deixa claro que uma investigação minuciosa do caso, assim como de outros semelhantes, ainda está para ser feita. Não obstante, tal caso ilustra bem os mecanismos da chamada “justiça revolucionária”.

É bem possível que o tribunal clandestino já soubesse que Tobias era inocente e tenha encarado seus apelos de clemência diante da morte iminente com a mais absoluta frieza, resolvendo “descartá-lo” ainda assim, com objetivo de criar uma agitação política – no que de fato tiveram êxito. Este, afinal, era o objetivo, não a execução de um “traidor”. A vítima não foi apenas Tobias, mas também seu possível namorado, Walter. O assassinato deste não tinha como propósito causar comoção da população recifense ou carioca, mas sim, eliminar a testemunha de um crime.

A despeito da propaganda das esquerdas com relação à homossexualidade, ao tratar Tobias como “elemento descartável” do movimento comunista confirma-se, como sempre, o desprezo histórico dos comunistas pelos homossexuais e a utilização daquilo que Stálin chamava de “inocentes-úteis”. A lógica desse pensamento é simples: que diferença faz matar um homossexual depois ou antes da revolução?

Recomenda-se a leitura deste documento militar, o qual lista os crimes da esquerda:
http://www.4shared.com/file/134206468/8e75ee1c/Projeto_Orvil_completo.html


Referências


AS TENTATIVAS de tomada do poder (Projeto Orvil). Brasília: Centro de Informações do Exército, Ministério do Exército, 1988. 953 p. Não publicado.

FLORINDO, Marcos Tarcísio. O serviço reservado da Delegacia de Ordem Política e Social de São Paulo na Era Vargas. Ed. Unesp, 1a. Ed. São Paulo, 2006.

PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO. Ministério Público Federal. Relatório – Livro Negro do Terrorismo no Brasil. FAVERO, Eugênia Augusta Gonzaga ; TINOCO, Lívia Nascimento Tinoco ; FERREIRA, Marcelo José Ferreira ; WEICHERT, Marlon Alberto. Brasília, 2007. Documento PDF.

USTRA, Carlos Alberto Brilhante. A verdade sufocada: a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça. 5 ed. Brasília: editora Ser, 2007. 607 p.

WAACK, William. Camaradas. Ed. Companhia das Letras. São Paulo, 2004.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".