Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O PANAMÁ E O OCASO DO FORO DE SÃO PAULO

PAPÉIS AVULSOS do HEITOR DE PAOLA



*Alejandro Peña Esclusa


 


A derrota da candidata chavista Balbina Herrera, frente ao empresário Ricardo Martinelli, nas recentes eleições presidenciais do Panamá, marca o princípio do fim do Foro de São Paulo (FSP) na América Latina.


 


Há uma década os candidatos do FSP representavam uma esperança para suas nações, sobretudo devido ao fracasso dos partidos tradicionais. Prometiam uma mudança benéfica, ofereciam justiça social, acabar com a corrupção e resolver os problemas de fome e desemprego.


 


Porém, depois de anos governando, os resultados de suas gestões foram francamente desastrosos. Não resolveram nenhum dos problemas cruciais da região e, pelo contrário, os agravaram sensivelmente. Em alguns casos, cercearam as liberdades, destruíram a democracia e violentaram flagrantemente os direitos humanos.


 


A derrota do Foro de São Paulo no Panamá é a primeira de muitas outras que se avizinham. Dificilmente a Frente Ampla poderá repetir um triunfo no Uruguai, sobretudo com um candidato tão mau como o ex-Tupamaro José “Pepe” Mujica. Sebastián Piñera tem amplas possibilidades de ganhar as próximas eleições presidenciais no Chile. A pré-candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Rousseff, não levanta a cabeça. Os Kirchner se viram obrigados a adiantar as eleições regionais na Argentina, para tratar de evitar o descalabro.


 


Os radicais do FSP – entre eles Chávez, Morales e Ortega – estão em sérios problemas, devido à sua incapacidade para lidar com os efeitos da crise econômica mundial. Tentam manter-se na Presidência radicalizando-se, cometendo fraude eleitoral, perseguindo ferozmente a oposição e aprovando leis que lhes dão um poder omnímodo. Porém, já não contam com o respaldo popular suficiente para manter a governabilidade. E quanto às FARC, membros fundadores do Foro de São Paulo, é evidente que têm os dias contados.


 


Outros do FSP que também ganharam eleições – Funes em El Salvador e Correa no Equador – estão seriamente limitados para governar, pela combinação de polarização política e crise econômica. Se chegarem ao final de seus respectivos períodos, podem se considerar afortunados.


 


Sem dúvida, sopram ventos de mudanças na América Latina. Porém, não podemos cantar vitória. Os radicais do Foro de São Paulo farão qualquer coisa – inclusive recorrer ao apoio do fundamentalismo islâmico e do terrorismo internacional – para aferrar-se irracionalmente a seus cargos.


 


Urge criar uma nova corrente política em nosso continente capaz de preencher o vazio que o FSP está deixando, e de elaborar programas de governo que resolvam o problema de fundo da região, como a pobreza e o subdesenvolvimento.


 


*Presidente de Fuerza Solidaria e UnoAmérica


 


Tradução: Graça Salgueiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".