Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

ESTUPRO LITERÁRIO

Do portal PAPÉIS AVULSOS do HEITOR DE PAOLA




Como parte das “comemorações” dos cem anos da morte de Machado, a Editora Nova Aguilar está editando as Obras Completas do autor. No informe do Segundo Caderno do Globo de 29 de setembro consta que, foi “atualizado e corrigido o Português de Machado de Assis. A grafia dos textos foi toda modernizada e erros de pontuação foram suprimidos. Estrangeirismos, hoje incorporados ao Português, também passaram a ter a grafia atual”.


Duas equipes foram citadas e não fica claro quais os participantes do crime literário: num lugar fala-se de John Gledson, Lúcia Granja, da UNICAMP (where else?) e Samuel Titan Jr. Noutro, de Heloísa Jahn, Ana Lima Cecílio, Aluízio Leite Neto e Rodrigo Lacerda.


Afirma o Editor Sebastião Lacerda (as ênfases são minhas) que “(n)osso princípio era ter o texto mais moderno e correto possível. Como outros autores brasileiros Machado sofre com edições mal feitas. Não havia razão para manter por exemplo, uma séria de vírgulas fora do lugar que provavelmente resultaram de descuidos” – quem disse? Perguntou ao falecido? – “Palavras estrangeiras que hoje têm grafia em Português foram atualizadas, mas no caso de um personagem pedante que usa vários termos em francês, por exemplo, mantivemos como estava” – por que, “seu” Sebastião? Porque resolveram que nestes casos estava melhor assim? E quem lhes perguntou? Quem autorizou a ousadia de mexer nos textos de um gênio que não mais se faz neste Brasil de pseudo-literatos rasteiros e ridículos?


Certamente a nova grafia dos textos se baseia na dos exímios luminares atuais, como Jô Soares, Paulo Coelho, Chico Buarque e José “marimbondos” Sir Ney todos capazes de darem aulas de linguagem moderna ao velho e atrasado Machado.


Já pensaram, se editores Ingleses resolverem “modernizar” aquele Inglês arcaico de Shakespeare? Ou a Academia Francesa mexer nos textos originais de Victor Hugo? Nem mesmo os grandes desinformadores soviéticos, que refizeram até a história, ousaram mexer da obra de Dostoievski ou Pushkin.


E tudo foi na maciota, ninguém divulgou nada a não ser aqueles três parágrafos embutidos em outras notícias de página inteira! Os nossos netos lerão Sebastião Lacerda e seus sequazes acreditando estarem lendo o Mestre da Literatura Brasileira e reconhecidamente um dos maiores escritores universais de todos os tempos. Os perpetradores deveriam ser denunciados perante a opinião pública, se isto existisse neste País de analfabetos.


Sempre fui contra abaixo-assinados e boicotes, esta foi a primeira vez que me deu ganas de fazê-lo.

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".