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domingo, 8 de junho de 2008

Estudo aponta sugestões para combater corrupção no Brasil

Do site da AGÊNCIA BRASIL
Por Bruno Bocchini, repórter da Agência Brasil

São Paulo - Estudo realizado pelo Movimento Voto Consciente em parceria com a Transparency Internacional, a pedido da Organização dos Estados Americanos (OEA), indica o desvirtuamento nos licenciamentos e nas contratações de funcionários públicos e os frágeis mecanismos de denúncia contra atos de corrupção e de proteção a testemunhas como os principais empecilhos ao combate à corrupção no país.

De acordo com a coordenadora geral do estudo, Rita de Cássia Biason, o documento, divulgado hoje (7) em São Paulo, não tem a intenção de trazer denúncias sobre o quadro de corrupção do país, mas de sugerir caminhos para a superação das dificuldades apontadas. “Nosso cuidado foi de indicar algumas recomendações, estabelecer recomendações para melhorar o quadro”, diz.

Para atacar os desvirtuamentos nas contratações de funcionários públicos, o estudo sugere, por exemplo, a normatização das contratações dos servidores da União em regime jurídico único, ou seja, propõe eliminar as figuras da contratação temporária e terceirizada. A elaboração de uma lei complementar que discipline um percentual limite de contratações em cargos em comissionados também é sugerida.

Os pesquisadores recomendaram sete ações para combater o desvirtuamento nas licitações. Entre elas, introduzir uma lógica parecida com a do pregão eletrônico; evitar as emendas orçamentárias aditivas que destinam mais recursos para uma obra já em andamento; e a elaboração de um catálogo de material com especificação de produtos, para evitar desvios na etapa de compras.

A ampliação do recurso de delação premiada para todos os réus e testemunhas e a aprovação de uma lei federal tornando obrigatório o programa de proteção às vítimas e testemunhas a todos os estados brasileiros foram algumas das medidas sugeridas para tornar mais robustos os frágeis mecanismos de denúncia contra atos de corrupção e de proteção a testemunhas no país.

O documento também propõe o fim do foro privilegiado para funcionários e políticos do primeiro e do segundo escalão da administração pública federal, permitindo a aplicação da Lei de Improbidade Administrativa a todos os ocupantes de cargos públicos.

Para Sergio Praça, um dos cientistas políticos responsáveis pelo estudo, só há uma maneira de colocar em prática as sugestões apresentas: “É convencer os políticos. E ponto”.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".