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sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Discordando de Mainardi

Do blog NIVALDO CORDEIRO
23/09/2007

Recebi por e-mail o link de uma gravação do programa Opinião Livre, tendo como entrevistado o jornalista Diogo Mainardi (http://br.youtube.com/watch?v=21JRgIcNVFM&mode=related&search=).

Na entrevista o jornalista de Veja externa opiniões sobre Lula com as quais estou em franco desacordo. Ele aqui adota a linha de que Lula não passa de uma reencarnação de um coronel nordestino, que tem uma estratégia de manutenção do poder apenas para roubar, que Lula não defende qualquer ideologia que não aquela útil para manter-se no poder. Em suma, Lula é um político medíocre que em nada difere dos seus pares ao longo da história política brasileira. Segundo ele, Lula é como um político qualquer do PMDB.

Essa visão minimalista sobre Lula é já uma vitória da comunicação política do PT e dos estrategistas revolucionários que estão encastelados naquele partido. Conseguiram enganar até o brilhante jornalista. Se um gigante como Diogo Mainardi cai nessa esparrela, o que dizer do grosso da opinião pública relevante? Diogo erra por não ver que Lula – certamente um homem medíocre e sem escrúpulos, cuja moralidade está no nível inferior ao de um esgoto de latrina – se encaixa em um planejamento político muito mais amplo que vai além da política interna brasileira, deitando ramos em todo o Continente Sul-americano. É próprio desses partidos revolucionários a camuflagem com o objetivo de enganar a toda gente enquanto não detiverem o poder total. Um exemplo clássico foi o de Fidel Castro, que chegou ao poder se dizendo não comunista e vimos o que aconteceu depois.

Lula fez-se dirigente dessa organização política, cuja face mais conhecida é o famigerado Foro de São Paulo, por ter a habilidade única de ter votos, algo raro em políticos revolucionários. E esses votos permitiram o acesso a recursos financeiros, organizacionais, do aparelho de Estado brasileiro, de diplomacia, enfim de legalização de sua ação clandestina como a esquerda jamais tinha conseguido em nossa história. O comunismo está se instalando por aqui por inércia e sem oposição. Claro que esses votos são produto de uma bem sucedida estratégia de comunicação e de ação política montada desde os anos setenta, assentada na mentira política, envolvendo a conquista da mídia (que o Diogo Mainardi sublinha corretamente), da Igreja Católica, dos órgãos do aparelho de Estado, do material didático, do corpo discente de todo o País, de sorte que a coisa veio num crescente como em uma avalanche, redundando na sua eleição e subseqüente reeleição para a Presidência da República. A coisa deveria ficar camuflada, mas é tão óbvia e tão idiota que chega a me espantar que Mainardi tenha deixado essa substantiva realidade de lado, reduzindo Lula e o PT à condição de político e partido “normais”. Eles não são iguais aos outros partidos, eles estão fazendo a revolução, eles não entregarão o poder de forma democrática e se não houver a re-reeleição que eles querem eu não tenho um prognóstico favorável para o futuro imediato do Brasil. Eles só sairão do poder pela força.

Falta a Mairnardi esse senso de perigo que deveria ser despertado pela iminência dos acontecimentos trágicos que ameaçam o futuro imediato. O mesmo senso de perigo que vejo ausente na maioria dos brasileiros, sobretudo naquelas pessoas a quem caberia ter, como as elites econômicas e políticas. Estamos a caminhar à beira o abismo sem nos darmos conta.

A entrevista de Mainardi é um emblema da alienação política que tomou conta do Brasil. Que Deus se apiede de todos nós.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".