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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Quem derrubou Kadafi

MÍDIA SEM MÁSCARA
ESCRITO POR NIVALDO CORDEIRO | 24 OUTUBRO 2011 
ARTIGOS - GLOBALISMO




Não é possível ser condescendente com essas ações, pois tornam a diplomacia inútil e a lei do mais forte o fator de decisão entes as nações, como foi a regra na primeira metade do século XX, de triste memória.
Em resposta aos meus vídeos sobre os acontecimentos na Líbia, gravados no calor da hora, recebi várias manifestações de incompreensões do meu ponto de vista, como se a mensagem não estivesse contida no próprio meio em que foi soprada. Dois tipos de pessoas me criticaram. De um lado, os jacobinos de alma, aqueles que estão sempre prontos para a subversão se o governante não passou pelos ritos da democracia de massa, como se só o voto universal legitimasse o exercício do poder. Essa tese é de uma cegueira atroz e não tem respaldo na ciência política séria. Fosse assim a China não seria um Estado legítimo, ditadura comunista de partido único fechada que é, um exemplar acabado do marxismo-leninismo. Não obstante meu nojo pelo comunismo, digo e repito que a China tem um sistema governante legítimo, pois é internamente aceito, assim como externamente. Nenhum governante se mantém contra a vontade de seu povo.
Esses jacobinos tomam aquilo que se consolidou no Ocidente para servir de diktat de comportamento a toda gente. Obviamente que isso é loucura. Nesse grupo encontram-se proeminentes liberais, mas também a esquerda festiva de toda ordem, provando o parentesco próximo dessas duas correntes iluministas.
Outro grupo de pessoas que me criticou foram os que simplesmente abominam o poder autocrático e tem náuseas de sua violência. Tem bons sentimentos, mas carece de acuidade analítica. Bom mocismo não torna ninguém bom analista da política, que precisa ser vista como ela é. Se Kadafi fazia o mal, também fazia o bem e o principal deles foi ter dado à Líbia uma longeva estabilidade, ímpar naquela região. Sob seu governo a Líbia enriqueceu e prosperou e todos os indicadores apontam para o contínuo aumento do bem estar social.
Aproveito a informada coluna de Giles Lapouge, no Estadão (Sarkozy senhor da guerra), na qual descreve com crueza cínica como a França tornou-se autora do golpe que derrubou Kadafi, num gesto imperialista sem paralelo nos tempos atuais. Bom que se diga que com a bênção de Barack Obama, de olho na contenção da expansão chinesa no continente africano. Viu-se aqui como vidas de inocentes foram sacrificadas aos milhares para satisfação da vaidade e da sede de poder de tiranetes supostamente “democráticos”, como esse vil Sarkozy.
Se a moda pega, nem mesmo a América do Sul estará livre de excursões predatórias imperialistas dessa natureza. Não é possível ser condescendente com essas ações, pois tornam a diplomacia inútil e a lei do mais forte o fator de decisão entes as nações, como foi a regra na primeira metade do século XX, de triste memória. Eu sou mais intolerante com atos imperialistas do que com tiranos eventuais, pois estes podem estar contribuindo com seu próprio povo e com a estabilidade política. Ações imperialistas são sempre nefastas e contrárias ao direito natural.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".