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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Esta vai para o "cabo" Anselmo II: Piauí

DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO
18th setembro 2010 written by Paulo Nogueira



Desconexa
DISSE OUTRO dia que a Piauí é a revista mais superestimada da imprensa brasileira.
Na hipótese altamente improvável de que seu diretor, Mario Sergio Conti, me chamasse para dar a ele consultoria, diria o seguinte.
A revista não faz sentido. As pautas não têm, entre si, um elo que dê ao todo nexo e razão de ser. Quando vale tudo, nada vale.
Comprei a última edição. Começa no comediante islandês que se tornou prefeito de Reiquijavique. Não está dito o essencial ali. Que ele, ao contrário de Tiririca e derivados, é um homem politizado e refinado intelectualmente.
Mas o problema não está exatamente no conteúdo das matérias, embora neste tópico eu teria uma conversa profunda com Conti, caso ele me consultasse. Está na origem delas. Qual a lógica? Fico imaginando uma reunião de pauta. Alguma idéia é barrada, quando você pode escrever desde uma banda de Birigui até um perfil do presidente da Natura?
Dizem que é inspirada na New Yorker. Se é verdade, é uma das mais canhestras reproduções que vi em minha vida. A New Yorker tem nexo, tem fio condutor. Antes e acima de tudo, representa a intelectualidade novaiorquina, com seus interesses e idiossincrasias.
Conti foi editor da Veja. Uma revista semanal de informações é mais simples de dirigir, paradoxalmente, do que uma mensal de assuntos diversos. A semana dita uns 70% do conteúdo de uma semanal. Na mensal, você tem que ser mais inventivo.
Não admiro Conti como jornalista. Acho-o maldoso e ao mesmo tempo alpinista, a pior combinação. Mas, como leitor,  gostaria que ele fizesse da Piauí uma revista interessante. Escreveria que, mesmo não indo com a cara do editor, não perco sua publicação um único mês.
Mas infelizmente não dá.
A única coisa em comum que vejo entre a New Yorker e a Piauí é a pretensão. Mas numa isso até se justifica. Na outra é apenas ridículo. É mais fácil se destacar no Hemisfério Sul do que no Hemisfério Norte. A Piauí é uma pequena lembrança dessa verdade amarga.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".