Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

CHARLES LONDON ENTREVISTA

VIVERDENOVO
QUARTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2010


(www.charleslondon.blogspot.com)

Charles London entrevista o prof. BlackHill, proprietário do Instituto de Pesquisas Galope, sobre as eleições no Brasil e outras aferições da mente humana.

Charles London (CL): Prof. BlackHill, há quanto tempo vocês estão no mercado de opinião pública?

BlackHill (BH): Nós começamos junto com o Freud, na década de 30 do século XX. Foi Freud o primeiro cientista a dar importância à propaganda. Muita gente não sabe disso, mas sem o impulso original do Freud e seu sobrinho, Edward Bernays, nós não teríamos ganhado aquela eleição para o Hitler em 1932...

CL: Espera um pouco aí, Prof. O Sr. está dizendo que trabalhou na campanha do Hitler em 1932? O Freud e sua psicanálise estavam metidos naquilo?

BH: Eu disse isso?

CL: O Sr. falou em Freud.

BH: O GALOPE não teve nada a ver com a vitória do amado führer em 1932, e sua ascensão ao poder em 30 de janeiro do ano seguinte. O que houve é que nós nos afinamos muito com quem tem o dom da palavra; aquele que vende bem o nosso produto...

CL: O Sr. está dizendo que uma pesquisa de opinião de favorito em uma eleição é uma necessidade do mercado?

BH: A opinião pública é a mesma em todas as partes e o eleitor se comporta como se estivesse no mercado, consumindo. Sr. Charles London, o Sr. nunca leu a Teoria Econômica da Democracia, de Anthony Downs? O Sr. nunca leu Lewin? As pessoas gostam de expressar a sua opinião quando convenientemente perguntadas. E agem sempre racionalmente, isto é, procurando sempre os candidatos que melhor resolvam seus problemas imediatos. A propaganda faz o produto conhecido. Nós fazemos isso. Depois, gostamos de ouvir a opinião das pessoas. É claro que aquele candidato que está perdendo na nossa eleiç..., digo, na nossa pesquisa, ele não gosta; ele reclama, diz que foi injustiçado. Quem manda ter pouco voto!

CL: É compreensível. Mas, diga-me mais, Prof. BlackHill, a pesquisa não influencia um pouco o resultado final? Não é verdade que as pessoas não gostam de votar em que está perdendo na sua elei... (agora fui eu!) nas pesquisas?

BH: E eu tenho culpa disso? Veja, nós somos facilitadores do processo democrático. Se o resultado elege gente totalitária isso não é culpa das pesquisas. Deve ser culpa da democracia. O totalitarismo já estava dentro do cidadão – ele é que não sabia!

CL: Então vocês não deveriam alertar a população para isso?

BH: E quem vai pagar nosso instituto? Quem vai encomendar a pesquisa? Os políticos?

CL: Então é por isso que a imprensa é tão interessada na difusão das opiniões e é cliente assídua do seu instituto?

BH: Sim. Quem trabalha com comunicação...veja o exemplo do Franklin Martins, ministro do Lula: ele é a própria imprensa dos nossos dias, é a informação viva, sempre consoante com a vontade do povo e a do presidente. O trabalho dele é fazer com que as duas vontades coincidam. Não é muito diferente do nosso trabalho.

CL: Por falar nisso, o Sr. nunca foi convidado a participar do governo?

BH: A gente não deve confundir as coisas. O povo não precisa saber o que são institutos de pesquisa. É para o bem dele. Nós somos facilitadores, como disse, do processo democrático. O processo de pesquisa deve ficar do lado de fora do governo; é a sua continuação.

CL: Sim, estou começando a entender. E a concorrência? Está muito acirrada?

BH: Nós superamos isso de concorrência há muito tempo. Hoje em dia, com tudo dominado, digo, com muita gente informada, internet, twitter, messenger...

CH: Peraí, Prof., na mídia eletrônica a candidata de vocês perde feio...

BH: Não concordo. Nós ajudamos na inclusão digital...nós estamos fazendo a nossa inclusão digital direitinho...

CH: Isso de inclusão digital não é campanha contra o câncer de próstata? De inclusão digital o povo brasileiro está cheio Prof....!

(risos)

BH: Eu lhe disse, Sr. London, que nós somos facilitadores. Nós vendemos peixe para quem gosta de peixe. Para quem tem cheiro de banca de peixe. O Sr. entendeu?

CL: Acho que entendi. O povo é que não entendeu a campanha da inclusão. Por outro lado, o Sr. acredita que os resultados podem mudar?

BH: O GALOPE está se esforçando para que o povo receba o que merece; o que lhe vai na alma, e na barriga, especialmente. Se o resultado mudar será a vontade do povo. Voz do povo...

CL: Peraí de novo, Prof: o Sr. está falando do concorrente Vo...

BH: Não, Sr. Charles. Qual a diferença entre um e outro instituto? O produto que temos é o melhor do mercado. Estamos engajados na sua venda. Todos estão. Isso é democracia econômica.

CL: Me explique uma coisa: como emplacar alguém sem carisma? Carisma se ensina? Carisma pega? Carisma é virtude?

BH: Bom, isso é coisa para o Partido. Um partido hegemônico, com ampla tradição, com grande trabalho de aparelhamento da sociedade emplaca qualquer coisa. Tudo fica virtuoso. Quem impediria? A questão é quem aparelha mais. Carisma a gente fabrica, se for preciso. Veja o presidente Lula. O aparelhamento destrói qualquer rejeição. Nem o mensalão...qualquer um quer ficar do lado dele, não contra ele. Por isso não houve tentativa de impeachment em 2005.

CL: Vocês nunca fizeram uma pesquisa sobre impeachment em 2005. Então, se é assim, para quê eleição, não é mesmo?

BH: Ninguém encomendou essa pesquisa. E, nós temos que ganhar nosso dinheirinho...

CL: Por falar em dinheirinho (que a coisa tá preta aqui na redação), como vocês poderiam melhorar a nossa imagem, a imagem do meu GROG?

BH: O seu o quê?

CL: Sim, GROG, o Grog do Charles London, que estreou neste mês.

BH: Bom, depende do seu perfil. Você está engajado em lutas sociais? Você publica temas pró-ambientalistas? Você contribui com o Bandido-Esperança da nossa parceira de todas as horas? Você tem ficha limpa? Ou você só viaja e bebe, como faz o presidente?

CL: Como assim, ficha limpa? Por acaso uma ficha suja muda alguma coisa no GALOPE? Agora o Sr. tocou no meu calo! Desde quando um perfil politicamente correto é essencial para vender algum produto? Eu não tenho amigos terroristas!

BH: Então o Sr. está fora do mercado. E se o Sr. quiser saber mesmo sobre as fichas sujas leia os manuais do nosso part... do nosso instituto. Só pesquisamos gente com perfil, com trajetória, história de dignidade, de luta democrática... gente que está ganhando indenizações milionárias.

CL: Então, com essa, vamos encerrando a nossa entrevista com o Prof. BlackHill. Prof., muito obrigado pela sua atenção e seus esclarecimentos. Acredito que o povo bras...isto é, os meus leitores, tenham ficado satisfeitos e com menos dúvidas acerca do processo eleitoral, também chamado no Brasil pesquisa de opinião.

Há muita fofoca no mercado; há muita gente irresponsável dizendo que nunca foi entrevistada pelo GALOPE nesses últimos 50 anos; que isso é tudo frio, que os números são manipulados, que a Dilma não poderia crescer tanto assim, etc, etc.

A propósito, aqueles que inventaram as RELAÇÕES PÚBLICAS, a PROPAGANDA, e as PESQUISAS DE OPINIÃO eram todos da Escola de Frankfurt, um braço do coletivismo comunista de Stalin. A interpretação dos sonhos e dos símbolos, o funcionamento da mente e seus processos inconscientes, tudo isso foi descoberto pela necessidade dos governos saberem como as pessoas pensam, sentem, e se comportam. Os beneficiários jamais foram as pessoas individualmente consideradas. Quem souber como elas funcionam, as governarão.

Por isso nunca duvide de institutos que medem o grau de sua escravidão. Se você for pesquisado, fique calado. E na hora da eleição, faça como eu e o presidente Lula: viaje e beba.

NOTA DESTE BLOG:
Do site www.notalatina.blogspot.com extraímos um trecho do artigo de Graça Salgueiro, expondo o caso de um militar colombiano perseguido pelas Farc e seus defensores, atuantes nas cortes de justiça daquele país. É um pedido, em mobilização internacional, pela soltura do Coronel Plazas Vegas, nas palavras de Graça, que conhece bem o assunto e a família do militar preso, “um homem virtuoso, católico fervoroso, um soldado valente que arriscou sua vida para salvar a de 260 pessoas (esses números são pura coincidência!) de um atentado cometido pelos terroristas do M-19 a mando de Pablo Escobar e ele é quem está sendo tratado como marginal, criminoso, terrorista. Para um homem que já passa dos 60, 30 anos de prisão, por crimes que NÃO cometeu JAMAIS, é o mesmo que uma sentença de morte."

Para assinar a petição, ir ao http://www.freeplazasvega.org/ (rolando para baixo há o link para o texto em português e outros idiomas).

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".