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quarta-feira, 18 de junho de 2008

As 10 melhores soluções para os maiores problemas do mundo

Do portal ORDEMLIVRE.ORGpor Ronald Bailey

Em que lugar do mundo nós poderíamos fazer melhor o bem? O fornecimento de micronutrientes, como a vitamina A e o zinco, para 80% das 140 milhões de crianças que precisam deles nos países subdesenvolvidos foi considerada a prioridade mais alta por um grupo de especialistas na Conferência do Consenso de Copenhagen 2008. O custo disso é de US$ 60 milhões anuais, rendendo benefícios em saúde e desenvolvimento cognitivo de mais de US$ 1 bilhão (C.T. - é uma quantia ridícula perto do bem proporcionado e aí não estou falando em dinheiro. Seu LULA, porque não faz isto no Brasil????????).

Oito economistas de renome, incluindo cinco ganhadores do Prêmio Nobel, foram convidados a elaborar 30 soluções diferentes para os dez maiores problemas do mundo. As soluções foram desenvolvidas por mais de 50 especialistas nos últimos dois anos e foram apresentadas como relatórios ao grupo durante a última semana. Já que vivemos em um mundo de recursos escassos, nem todos os bons projetos podem ser financiados. Assim, os especialistas tinham suas escolhas limitadas pela distribuição de um orçamento de US$ 75 bilhões “extras” entre as soluções propostas para os próximos quatro anos.

A prioridade número 2 na lista do Consenso de Copenhagen 2008 é a expansão do livre mercado através da Rodada de Doha. Os benefícios decorrentes do comércio são enormes. O sucesso das negociações comerciais de Doha poderia aumentar a renda global em US$ 3 trilhões ao ano, dos quais US$ 2.5 trilhões iriam para os países em desenvolvimento. Na coletiva de imprensa realizada no Copenhagen Consensus Center, Nancy Stokey, economista da Universidade de Chicago, explicou que “a reforma comercial não vale apenas para o longo prazo, ela faria com que as pessoas nos países em desenvolvimento melhorassem suas condições de vida nesse momento. Existem grandes benefícios em curto prazo e os benefícios em longo prazo são ainda maiores.(C.T. - é mais do que evidente que o ESQUERDOPATA não deseja isto pois para ele a riqueza é um benefício que só pode existir para seu grupelho de canalhas, enquanto o restante da população fica na total miséria. O CAPITALISMO é o único sistema que possibilita ao ser humano sair da miséria. O SOCIALISMO PETISTA quer extinguir o CAPITALISMO. As palavras são do PT, ouçam aqui. Mas o LULA, seu filho e os "CUMPANHÊRO" estão todos NADANDO EM DINHEIRO, tudo graças a CAPITALISTAS. Que coisa, não é mesmo???)

Finn Kydland, da Universidade da Califórnia, Santa Barbara, e vencedor do Prêmio Nobel, afirmou que a não ser que as economias dos países em desenvolvimento cresçam, eles permanecerão atolados nos mesmos problemas de pobreza daqui a dez anos. “Ao reduzirmos as barreiras alfandegárias, a renda per capita crescerá, possibilitando que mais pessoas nos países em desenvolvimento possam cuidar sozinhas de alguns desses problemas.”

As questões restantes entre as dez prioridades foram dedicadas a problemas como a desnutrição, o controle de doenças e a educação das mulheres. Por exemplo, a prioridade número três do Consenso de Copenhagen é fortificar alimentos com ferro e sal iodado. Dois bilhões de pessoas não têm ferro suficiente em suas dietas, o que resulta em anemia e em déficits cognitivos entre crianças e adultos. A falta de iodo atrasa o crescimento físico e intelectual. Mais de 30% dos domicílios nos países em desenvolvimento não consomem sal iodado. A correção desses déficits de micronutrientes custa US$ 286 milhões por ano. As outras sete entre as dez prioridades incluem a extensão da vacinação de crianças, a biofortificação, a eliminação de vermes, a diminuição do preço do ensino, o aumento do ensino de meninas, a promoção da nutrição de comunidades e apoio ao papel das mulheres enquanto reprodutoras.

Vejamos a solução número sete, a diminuição do preço do ensino. Vernon Smith, economista da Universidade Chapman e vencedor do Prêmio Nobel, enfatizou que essa solução não trata da diminuição dos custos da educação, mas sim da redução dos preços enfrentados por pais pobres, que têm de escolher entre mandar seus filhos para a escola ou mandá-los trabalhar para melhorar a renda familiar. As formas de se reduzir esse preço são o fornecimento de “cheques-educação” ou a canalização de mais fundos públicos para as escolas. Quando Uganda reduziu o preço das escolas para 16 dólares por ano (diminuição de 60%), as matrículas quase dobraram, com a maior parte desse aumento acontecendo na matrícula de meninas. Smith afirmou que, segundo algumas pesquisas, a educação de meninas aumenta mais a produtividade média do que a educação de meninos. O custo para essa solução seria de US$ 5.4 bilhões por ano.

Então, quais são as soluções que ficaram no fim da lista? A de número 30, a última prioridade, é amenizar o aquecimento global promovido pelo homem, a partir do corte das emissões de gases do efeito estufa. Essa classificação causou consternação entre os jornalistas europeus presentes na coletiva de imprensa. Tomas Schelling, economista da Universidade de Maryland e vencedor do Prêmio Nobel, explicou que a razão para a baixa classificação dessa proposta está, em parte, nos investimentos de US$ 75 bilhões na diminuição desses gases, que não geraram quase nenhum retorno. Na verdade, a análise das mudanças climáticas apresentadas ao grupo revelou que o gasto de US$ 800 bilhões até 2100 resultaria em apenas US$ 685 bilhões em benefícios advindos das mudanças climáticas.

Schelling, que vem demonstrado preocupações a respeito das mudanças climáticas nos últimos 30 anos, argumentou que alterar o curso dessas mudanças dependerá de respostas vindas de políticas públicas, como impostos sobre as emissões de carbono. Schelling completou, “a melhor proteção contra a mudança climática nos países desenvolvidos será o seu próprio desenvolvimento.” Ele explicou que destinar fundos para a educação, buscando a criação de uma força de trabalho qualificada, aumenta a produtividade de um país, o que proporciona o crescimento econômico. Esse crescimento produz riquezas que ajudam as pessoas a combater e se adaptar aos problemas causados pelas mudanças climáticas. Bjorn Lomborg, líder do Copenhagen Consensus Center, apontou que o financiamento de pesquisas e o desenvolvimento de tecnologias energéticas de baixas emissões de carbono estão no respeitável 14º lugar na classificação de soluções consideradas.

Também foi mal classificada na lista de prioridades a redução da poluição do ar de cidades em países em desenvolvimento, por meio da adoção de tecnologias que visam um corte nas emissões de gás de veículos movidos a diesel. Outras soluções não atingiram posições altas, como o imposto sobre o tabaco, a melhora dos aquecedores para a redução da poluição do ar dentro das casas e a extensão da microfinança. Essas propostas não são ruins, mas os especialistas acreditam que outras propostas poderão gerar mais retorno para os US$ 75 bilhões disponíveis atualmente.

Esses especialistas escolheram não se importar com nenhuma das soluções propostas para combater o terrorismo internacional. E isso não nos surpreende. Mesmo o pesquisador (financiado com doações do Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos [DHS]) que fez a análise de custo-benefício para o projeto do Consenso de Copenhagen descobriu que, de cada dólar usado no combate ao terrorismo, temos apenas 9 centavos de retorno. Curiosamente, a prioridade identificada pelos especialistas como sendo a número 1 no consenso de Copenhagen de 2004 foi o combate ao HIV/AIDS, que caiu para a 14ª posição no ranking de 2008.

E como o ranking de soluções feito pelos participantes do Fórum da Juventude pode ser comparado com o ranking dos especialistas? Os participantes do Fórum da Juventude também colocaram o fornecimento de vitamina A e zinco para crianças pobres de países subdesenvolvidos como sua prioridade número 1. De modo geral, o Fórum pôs forte ênfase nas soluções que buscam evitar doenças e a desnutrição. Esta é a lista das dez prioridades do Fórum da Juventude, colocadas em ordem e seguidas por um número entre colchetes que indicam a posição dessas propostas no ranking dos especialistas: fornecimento de vitamina A e zinco [1]; prevenção da malária [12]; perfuração de poços [16]; imunização [4]; programas de saúde e nutrição [não classificados separadamente pelos especialistas]; promoção da nutrição nas comunidades [9]; fortificação com ferro e iodo [3]; tratamento da tuberculose [13]; campanha pelo saneamento total [20]; estratégias combinadas para a prevenção do HIV [19].

A maior diferença entre os dois rankings é que o Fórum da Juventude classificou a Rodada de Doha como de baixa prioridade. Minhas conversas com vários participantes revelaram que o comércio acabou no fundo da lista porque os jovens estavam concentrados em como alocar o orçamento de US$ 75 bilhões. O comércio foi considerado por muitos uma questão de “vontade política”, que não se encaixava em nenhuma categoria orçamentária. Curiosamente, os especialistas, fundamentalmente, concordam com essa percepção, já que não deduzem custos do orçamento de US$ 75 bilhões quando alocam gastos entre suas principais prioridades.

Certamente, o processo do Consenso de Copenhagen não é perfeito. Entretanto, seu uso da análise de custos e benefícios ajuda a concentrarmos a atenção de políticos, de fundações de caridade e membros da população na urgência relativa e nos custos dos maiores problemas do mundo. Como diz Finn Kydland, citado no comunicado final à imprensa, “é difícil imaginarmos como alguém poderia ter encontrado uma melhor forma para a formulação de uma lista tão bem fundamentada sobre por onde começarmos, tendo por objetivo a melhora das horríveis condições encontradas em grande parte do mundo.”

O ranking completo das 30 soluções propostas para os dez dos maiores desafios do mundo pela Conferência do Consenso de Copenhagen 2008 está disponível aqui.

Original em inglês.

Ronald Bailey é escritor e colunista da revista Reason.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".