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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Somos capazes de conversar?

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Thomas Sowell em 20 de dezembro de 2007

Resumo: Jovens educados nas mais prestigiosas faculdades e universidades americanas estão aprendendo a lição de que a tática de “invasão de palco” pode silenciar aqueles que não estão em moda no campus, e expressões honestas de opinião podem lhes render uma suspensão.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Há muito poucos santos dentre os povos de qualquer raça, religião, origem nacional ou orientação sexual. Ninguém deveria estar acima das críticas.

Cada vez mais, contudo, as restrições sobre o que se pode dizer a respeito de grupos de indivíduos se tornam mais rígidas. O radialista Pete Wilson, de São Francisco, descobriu isso recentemente, quando criticou uma autoridade municipal e sua amiga – não amante – com quem ele teve um filho.

O homem é gay e a mulher é lésbica, não sendo eles amantes comprometidos.

Criar um filho não é fácil, mesmo quando os pais são casados e comprometidos em permanecerem unidos. Criar um filho onde não há um relacionamento estável pode ser uma coisa de vanguarda, mas o que Pete Wilson disse foi que um filho não é um experimento.

O mesmo pode ser dito de heterossexuais, como uma mulher que, recentemente, teve um filho já na faixa dos sessenta anos. Isso é bom para aparecer na mídia, mas o que vai acontecer quando o bebê se tornar adolescente e o nível de energia da mãe tiver declinado com a idade, se ela ainda estiver por perto?

A questão real, no entanto, não é sobre heterossexuais e homossexuais, e se estende mesmo além da importante questão do interesse da criança.

A questão mais ampla para a sociedade americana é como Joan Rivers disse: “Somos capazes de conversar?”.

Os políticos “importantes” de São Francisco dizem “Não”. Eles estão exigindo que Pete Wilson se demita. Em São Francisco, ninguém pode criticar nada feito por homossexuais.

Ademais, essa atitude não está confinada a São Francisco e aos gays. Do outro lado do país, estudantes de Universidade de Columbia invadiram o palco de onde um dos Minuteman, crítico de nossas frouxas leis de imigração, tentava fazer uma palestra.

Em muitas outras faculdades ou universidades, ele não teria sido sequer convidado a falar. Muitos campi têm códigos de discurso que denominam “criar um ambiente hostil” se você diz coisas que desagradam a grupos raciais, sexuais ou outros grupos protegidos.

Jovens educados em nossas mais prestigiosas faculdades e universidades estão aprendendo a lição de que a tática de “invasão de palco” pode silenciar aqueles que não estão em moda no campus, e expressões honestas de opinião, sobre assuntos que envolvem qualquer coisa, de ação afirmativa a mulheres no exército, podem lhes render uma suspensão se eles se recusarem a humilhação e a hipocrisia de serem “reeducados”.

Enquanto isso, esquerdistas no Congresso vêm, há muito tempo, advogando uma volta à chamada doutrina da “justiça”, que exige um “equilíbrio” em programas de rádio. Programas de rádio são majoritariamente conservadores simplesmente porque os programas esquerdistas fracassaram repetidamente em atrair a audiência.

Publicado por Townhall
Tradução Antônio Emílio Angueth de Araújo




Thomas Sowell é doutor em Economia pela Universidade de Chicago e autor de mais de uma dezena de livros e inúmeros artigos, abordando tópicos como teoria econômica clássica e ativismo judicial. Atualmente é colaborador do Hoover Institute.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".