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domingo, 18 de novembro de 2007

Como Superar o Governo do Crime Organizado no Brasil

Do blog ALERTA TOTAL
Domingo, Fevereiro 04, 2007
Por Jorge Serrão

"Comparo o meu Brasil a uma criança perdulária; que não tem um vintém, mas tem a mãe que é milionária".

(Do imortal poeta Noel Rosa, nos versos de uma canção pouco conhecida, cujo refrão é: "Viver alegre hoje é preciso/ Conserva sempre o teu sorriso/ Mesmo que a vida esteja feia/ E que vivas na pinimba/ Passando a pirão de areia")

O Brasil é uma rica colônia de exploração moderna controlada e mantida artificialmente na miséria por um Poder Real externo, cujos interesses e sistemas manipulam uma ociosa oligarquia política interna que pratica o crime organizado nos três poderes do Estado contra os cidadãos. O Governo do Crime Organizado se legitima quando ocorre a perversa associação, para fins delitivos, entre a classe política, os membros dos três poderes da República, e os criminosos de toda espécie. O Governo do Crime precisa ser superado com urgência. A missão é possível.

A ação sistemática do crime rompeu com nossas instituições republicanas, que precisam ser restabelecidas, junto com o sistema democrático de Direito. Democracia é a Segurança do Direito. No império da insegurança generalizada, inexiste o “governo do povo para o povo”. A Segurança do Direito serve para assegurar o principal patrimônio da sociedade, que é a manutenção da ordem pública. Só ela é capaz de garantir a segurança e a vida. Por isso, é um fundamento essencial da organização social.

Para que exista democracia, de verdade, são necessários mecanismos objetivos de controle social sobre os poderes públicos. O Brasil carece de um Conselho de Segurança Nacional, capaz de comandar um sistema de “controladorias” – formadas por cidadãos eleitores esclarecidos. Assim, formaremos um núcleo monolítico de poder, com cidadania e democracia. O Brasil, soberano, autodeterminado e independente, seria governado igual ao modelo existente nas nações realmente desenvolvidas.

Um Estado descontrolado - e não controlável socialmente - é facilmente governado pelas organizações criminosas. As quadrilhas influenciam as expressões do poder político, econômico, jurídico, cultural e psicosocial. Nem o poder militar fica imune. A corrupção, institucional e institucionalizada, é uma conseqüência da ação do crime – e não uma causa em si mesma, conforme o sistema dominante a faz parecer. A principal agente do crime é a classe política. Os delinqüentes políticos usurpam o poder estatal. Violentam as instituições. Agem, claramente, em causa própria, locupletando-se. Mas, no oculto submundo, trabalham obedecendo aos ditames de seus controladores maiores, aqui de dentro ou de fora do País.

A questão desse crime politicamente organizado não é moral. Muito menos é politicamente moralista. Até porque o falso moralismo é a contravenção da moral. O problema não é de honestidade ou de ética do político. Tais virtudes, se existem ou não, dizem respeito aos seres humanos, presumivelmente cidadãos e, potencialmente, políticos. Do ponto de vista ideal, a política deveria ser a “Ciência de Governar para o Bem Comum”. Devemos condenar a política como fonte de poder egoísta, de prestígio pessoal ou de locupletação, apenas para satisfazer os complexos de inferioridade de egos vaidosos, conflituosos e problemáticos dos criminosos políticos.

A ação criminosa dos políticos, com a qual a maioria da sociedade brasileira é conivente, se legitima no esquema eleitoreiro. O voto obrigatório é a negação da própria democracia. Aliás, ao contrário do que se apregoa, a eleição não é um sinônimo de democracia. Resume-se a um mero mecanismo de escolha. Em nosso sistema de escolha compulsória para representação, os cidadãos delegam a prática de sua soberania. O problema essencial é que a delegação não tem controle. A eleição funciona apenas como um “concurso público”. O candidato aprovado não tem obrigação, objetivamente, de prestar contas ao eleitorado que o escolheu como representante.

Outros defeitos condenam nosso processo de eleição (nada democrático). O Brasil tem um “modernoso” mecanismo informatizado de escolha eleitoral que peca por não ter seus resultados auditáveis, através de um meio não-eletrônico de votação (como um voto impresso para recontagem). Outra falha gravíssima é a inexistência de um sistema de votação distrital (no formato tradicional ou misto). Sem isso, a representatividade é absolutamente questionável. "De nada valem votantes que votam, mas não escolhem" - como bem define Eduardo Galeano, em suas reflexões sobre o sistema de poder. Sem uma cobrança do eleitor local, próximo do político escolhido, o descontrole é completo. Objetivamente, o político não deve obrigação e lealdade a ninguém – a não ser a si mesmo e aos seus reais controladores. Qualquer crime organizado torna-se perfeito neste cenário.

A classe política se desqualificou para o trato da coisa pública ao usurpar o poder do Estado para a prática sistemática de delitos. Esta “bandidagem política” se constitui em uma “classe ociosa” que vive de explorar o resultado do trabalho social alheio. A poderosa classe ociosa brasileira, segundo conceito de Ives Gandra da Silva Martins, é composta por políticos e burocratas que vivem à custa dos cidadãos-eleitores-contribuintes. Identificar os verdadeiros bandidos é tarefa fácil. O difícil é tirá-los do poder, onde se encastelam. Precisamos de mecanismos para puni-los de verdade. Leis não faltam para isto. O que falta é um mecanismo social objetivo de controle e punição.

No Brasil, a Polícia e o Judiciário fingem que combatem e punem meia-dúzia de “delinqüentes” escolhidos para “bodes expiatórios”. No entanto, por aqui, não ocorre um sistemático combate ao crime. Os verdadeiros inimigos da democracia, agentes de diferentes organizações criminosas, permanecem impunes. Livres e soltos, tomam de assalto a vida pública. Os cidadãos viram reféns de seus crimes. Castigo? Só para o povo. Os bandidos reinam como querem. Formam a “elite” do crime.

O fato objetivo é que o Estado brasileiro está “todo dominado” pelo crime – como bem diriam os famosos traficantes das favelas, que dariam belos cientistas políticos, caso estudassem... O fato grave é que nossa classe política é formada por “bonecos do ventríloco”. Nossos políticos profissionais são marionetes do Poder Mundial. Servem, como agentes conscientes ou inconscientes, àqueles que exercem o Governo Real, pois acumularam poder e riquezas ao longo dos séculos.

Tal controle tem raiz histórica. Os traços autoritários, a ausência de democracia e a ação do crime organizado são resultados históricos de um Estado que tem vício de origem. Nosso Estado não se originou da vontade da sociedade. A nossa sociedade é que foi “concebida” por um Estado. O Brasil é fruto um Estado que foi “inventado” por outro Estado (o império ibérico que nos concebeu e que se sucedeu a outros impérios anglo-americanos que hoje nos controlam).

Fábio Konder Comparato, professor de Filosofia do Direito da Universidade de São Paulo, chuta na canela: “Somos uma nação fundada pelo Estado. Quando Tomé de Souza desceu em Salvador, em 1549, ele trazia um regimento geral de governo onde previa-se tudo. Tinha consigo um Ouvidor Geral, um Provedor Geral. Tinha tudo, menos o povo, fisicamente ausente, porque os índios não eram vistos como gente e os brancos mal tinham chegado. O que falta para a política brasileira funcionar normalmente é a organização do povo”. Por isso, defendemos que o modelo de Estado brasileiro precisa ser redesenhado ou "reinventado".

“O crime organizado está hoje nos Palácios – já não está mais nem nos porões dos palácios como antes – e o que está aí nas ruas é o crime desorganizado comandando a sociedade organizada”. Com esta constatação objetiva, o criminalista Cezar Roberto Bitencourt, em uma recente edição da revista Veja, fez uma autópsia do cadáver politicamente insepulto da Nação Brasil. A sociedade percebe, facilmente, os bandidos mais visíveis, que assaltam, matam, traficam ou exploram (drogas, armas, mulheres) e realizam as mais violentas badernas ou ações de terror. O que poucos enxergam é que tais “marginais” são meros instrumentos de “bandidos maiores”, com poder político e, sobretudo, econômico.

O papel criminoso da nossa “oligarquia marginal” é subjugar a sociedade brasileira, para continuar explorando-a, histórica, cultural e economicamente. Esta é a missão delegada aos nossos “marginais políticos” pelo sistema de poder mundial que controla, realmente, o Brasil. Tal sistema existe, objetivamente. Não é fruto de “teorias da conspiração”. O sistema é a própria conspiração em prática. Explora nossa rica nação, e nos mantém artificialmente na miséria. Tudo porque nós deixamos. É claro!

A oligarquia política brasileira (tenha o verniz ideológico de direita, centro, democrata-cristão, social-democrata ou de esquerda) obedece a um mesmo controlador externo e ocupa o governo no Brasil representando os interesses globais e anti-nacionais. Por isso, “nossos” governantes mantêm o Brasil criminosamente na miséria e sempre pronto a ter seus recursos explorados. O papel de entreguista (ou de anti-nacional) é uma característica histórica dos nossos dirigentes políticos. Suas ideologias (oferecidas ao cidadão-eleitor-contribuinte como mercadoria político-eleitoral) são meros instrumentos de dominação daqueles que nos governam e controlam, de fato, mesmo sem direito.

Na eleição presidencial de 2006, os interesses dos controladores ficaram bem amarrados nos apoios de grandes grupos de poder internacionais aos principais candidatos. O Centro Tricontinental (sediado na Bélgica) jogou suas fichas em Lula e no time do Foro de São Paulo. Saiu vencedor. A Comissão Trilateral (também européia) apostou em Heloísa Helena. E o norte-americano CFR (Council on Foreign Relations), que opera o Diálogo Interamericano, fechou com Geraldo Alckmin - que agora virou professor nos EUA. Coincidência? Coincidência não existe. Coincidências são anomalias científicas. Têm explicação lógica. São baseadas na razão e na verdade objetiva. Basta que se observe e lembre. Dois verbos fundamentais para nossa sobrevivência cidadã.

Voltando à coincidência, que tem base científica, é fundamental destacar que, em comum, os membros desses grupos de poder (a Tricontinental, a Trilateral e o CFR) têm um mesmo controlador de seus investimentos: os banqueiros Rothschild. Os ingleses coordenam a oligarquia financeira e petrolífera que comanda o mundo. A nobreza econômica mundial (majoritariamente européia, mas com interfaces norte-americanas) se consolida em clubes de poder. O Clube Bilderberg é um deles. Quem duvidar disso deve dar uma lida no livro de Daniel Estulin, contando a verdadeira história deste grupo. A obra foi publicado pela Editora Planeta (que foi “do Casseta” pela coragem editorial).

Para quem não conhece direito - ou reluta em acreditar -, Bilderberg é uma organização internacional que tenta agir secretamente. Integram o clube líderes políticos, financeiros e corporações transnacionais. O seleto grupo é formado pelos personagens mais ricos, poderosos e influentes do Ocidente. Em seus encontros anuais, em locais não divulgados, planejam eventos que, depois, simplesmente, acontecem. Eles são os senhores das guerras, da fome, da pobreza, do controle de natalidade, da derrubada de governos e das abruptas e surpreendentes mudanças políticas, sociais e monetárias em todo o mundo globalizado.

Daniel Estulin assinala que o Clube Bilderberg pretende uma era de pós-nacionalismo, na qual não haverá países (Estados nacionais). Existirão apenas regiões e valores universais, uma economia universal, um governo universal (designado, não eleito) e até uma religião universal. O objetivo final da turma de Bilderberg é implantar um mercado globalizado único, controlado por um governo mundial único, vigiado por um exército mundial único, regulado economicamente por um banco mundial manipulado.

Tal mundo será habitado por uma população controlada pelos microchips e por sistemas informatizados. As necessidades vitais dos seres se resumirão ao materialismo e à sobrevivência imediata. O ser humano se limitará a trabalhar, comprar, procriar, dormir - tudo conectado a um supercomputador global que supervisionará cada um de nossos movimentos. Big Brother é isto aí. As pessoas viverão cada vez mais a serviço das coisas - como já acontece atualmente.

A banda do poder mundial toca afinadinha, há séculos. O Clube Bilderberg, a Comissão Trilateral, a Mesa Redonda, o Conselho de Relações Internacionais (CFR), a Comissão Európéia, as Nações Unidas, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e tantas outras entidades corporativo-financeiro-estatais formam a rede universal do Poder Real.

O primeiro escalão do poder real é a Oligarquia Bancos & Petróleo, que age a partir da base anglo-norte-americana, tem entre seus membros os Rothschild, a British Petroleum, a Shell, os Banco Barclay´s e o HSBC (do lado inglês e europeu) e os Rockfeller, a Exxon, a Móbile e a Texaco (do lado dos EUA). O segundo escalão, que segue as ordens do primeiro, é formado pelas Bolsas de Valores que comandam os negócios mundiais: a tradicional City de Londres e a recém fundada bolsa de valores transatlântica. Esta nova empresa financeira foi o resultado da fusão da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) com o grupo europeu Euronext, que administra as Bolsas de Paris, Bruxelas, Amsterdã e Lisboa, além de derivativos em Londres.

No terceiro escalão do poder mundial, vêm os bancos centrais do Reino Unido e dos Estados Unidos. O Bank of England e o Federal Reserve Board, que é um organismo privatizado, cuja a imagem é vendida como a de “um banco central independente”. No quarto escalão do poder, estão os ministros da Fazenda destes dois países, que implementam a política monetária definida pelos controladores, impondo-a ao resto do mundo. São eles os propagadores da “religião” do Monetarismo, uma aberração do pensamento único na política econômica.

Não é outro o papel histórico do Chancellor Exchequer inglês e do Secretário do Tesouro norte-americano. Curioso é notar que, apenas no quinto escalão do poder, aparecem os “políticos” dos EUA e do Reino Unido. O presidente dos EUA e o Primeiro Ministro inglês seguem as ordens dos controladores, executando-as e difundindo-as para o resto do mundo. Para isso entra na jogada o sexto escalão do poder mundial, formado pelas instituições financeiras multilaterais, como o Banco Mundial, FMI e Banco Interamericano de Desenvolvimento (no caso da América Latina).

Apenas a partir do sétimo escalão começam a aparecer os governos formais dos países em desenvolvimento. A sétima escala deste poder é formada pelo Banco Central do Brasil, cujos interesses e diretrizes controlam o oitavo escalão, formado pelo Ministério da Fazenda. O Presidente do Brasil, figura que nosso processo eleitoral reelegeu, aparece apenas no nono escalão da esfera do Poder Real. Enquanto não tivermos soberania e autodeterminação, qualquer ocupante do Palácio do Planalto será uma mera marionete que finge comandar nossas organizações político-administrativas - na verdade dirigidas pelos interesses dos controladores externos.

Os Governadores Reais do Brasil têm pelo menos dois objetivos bem definidos, para justificar seu controle. O primeiro é a exploração econômica da nação e dos recursos naturais do seu território. O segundo é a contenção das potencialidades sócio-econômicas, políticas e militares da Nação, na medida exata de seus interesses transnacionais. Os controladores manipulam agentes conscientes e inconscientes na esfera político, econômica e social.

Agindo sobre as organizações político-administrativas (OPAs), os controladores atuam em quatro frentes aparentemente distintas, porém intimamente ligadas em um organograma. A ação não segue diretamente tal ordem – aqui descrita apenas para efeito didático e expositivo. Na prática, a ação dos controladores é concomitante sobre as Organizações Político-Administrativas.

Na primeira frente atuam os agentes de influência, formados pela mídia, as ONGs e os Movimentos Populares. Sobre nossa mídia, concentradíssima em seu poder, cabe um longo parêntesis. No Brasil, apenas dez empresas, juntas, controlam virtualmente tudo o que se vê, se escuta e se lê no País. O mais grave é a dependência e subserviência dessas empresas às verbas oficiais dos diferentes governos do crime organizado. Mas isto ainda é um problema inferior.

Mais grave é que o Poder Real conta com a ajuda dos meios de comunicação mundiais, que fazem parte da elite globalista. A mídia é o veículo simbólico através do qual o jogo de oferta e procura de bens controla a população. Tudo em nome do consumismo. A manipulação é levada a cabo por meio de um fluxo permanente de notícias sobre as vantagens do admirável mundo informatizado e globalizado. Assim, simplificando em nome da unificação, os meios de informação desinformam. Limitam-se a comercializar a difusão da informação - um bem que circula na forma de mercadoria (com valores de uso e troca) no mercado capitalista global.

A arma mais letal do sistema é a televisão - meio através do qual a maioria esmagadora das pessoas se desinforma em todo o mundo. Programas de baixo nível só servem para entorpecer a população, afastando-a de situações estimulantes e construtivas. A mídia e sua propaganda ideológica "lutam em todos os campos de batalha do espírito, gerando, multiplicando, destruindo, exterminando, construindo e desfazendo" (como bem ensinou o publicitário-mor do nazismo, o baixinho Paul Joseph Goebbels).

Um estudo feito pelo Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação revelou que apenas seis redes nacionais de televisão, Globo, SBT, Record, Bandeirantes, Rede TV! e CNT (futura TV JB), controlam 667 veículos do País. São 309 canais de televisão, 308 canais de rádio e 50 jornais diários. As estas redes de televisão, somam-se outros quatro grandes grupos de mídia, os grupos Abril, Folha, RBS e Estado. E o estudo não previu que estaria se formando um “grupo dos onze”, com a ascensão da Companhia Brasileira de Mídia, do empresário Nelson Tanure, que comanda o JB, Gazeta Mercantil, a rede CNT e outros produtos.

O Estudo confirma que a rede Globo é provavelmente a empresa que mais concentra mídia no Brasil, controlando redes de TV por assinatura (Globosat, Sky e Net), rádios (CBN, rádio Globo), jornais (O Globo, Valor Econômico, Extra, Diário de São Paulo), revista (Época), internet (Globo.com), editora de livros (Editora Globo), gravadora (Som Livre) e uma produtora de filmes (Globo Filme). Mais de 40% dos brasileiros vêem a rede Globo de televisão todos os dias.

O Império criado pelo falecido Roberto Marinho tem um poderoso parceiro internacional. Rupert Murdoch. O magnata anglo-australiano das comunicações é parceiro dos controladores da City de Londres. Como se vê, o inimigo externo da soberania e do verdadeiro desenvolvimento do Brasil controla os meios de comunicação, para manipular a opinião pública e nos vender o conjunto de idéias e valores que nos mantém sob controle (deles).

Voltando à ação dos grupos de poder mundial sobre o Brasil, a segunda frente de ação dos controladores consiste no investimento ideológico e econômico aos partidos políticos no poder. Tais partidos, subvencionados pelos controladores, são a força motriz do mecanismo de poder. A terceira frente de ação dos controladores é a institucional. Seus componentes funcionam como forças de sustentação da ação dos controladores. Trata-se do governo formal, composto pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.Neste caso, como instrumentos de legitimação do controle institucional, merecem destaque o Ministério Público, as Forças Policiais e a Receita Federal.

Nesse caso, ocorre um sutil controle sobre o aparelho repressivo (policial e fiscal) do Estado. A partir deste ponto, ficam evidentes quais são os três instrumentos de dominação básicos empregados pelo controlador e seus agentes conscientes e inconscientes, nas instituições ou em torno dela, na esfera político e econômica de poder. Os instrumentos de dominação são: as ideologias; as diferenças regionais (sejam econômicas, sociais, religiosas e raciais); e, no caso extremo, a violência e sua evolução que é o terrorismo.

Neste último caso, entra em cena o chamado “quarto elemento” ou a quarta frente de ação do poder controlador. O quarto elemento é essencial na chamada “guerra assimétrica” (termo que é proibido de ser empregado nas redações da imprensa brasileira, sob o risco de demissão sumária do jornalista). Neste quarto elemento se juntam as Forças Subterrâneas ou atividades criminosas executadas pelas milícias (grupos de policiais que fazem segurança informal), ou pela narco-guerrilha (infiltrada no comércio ilegal de drogas e armas). O teatro de operações destes criminosos é urbano e rural. O caso dos entornos de favelas, nos grandes centros urbanos, é bem evidente aos olhos do público. No campo, o crime conta até com a conivência de entidades sem registro legal, que promovem ações ilegais, agindo sob a inocente fachada de “movimentos sociais”.

O quarto elemento é o promotor das ações terroristas. Para facilitar o entendimento, terrorismo é um ato político radical com objetivos claros ou dissimulados, visando à ampliação de espaços políticos ou à tomada do poder. No conceito do advogado Luciano Blandy, Terrorismo também pode ser definido como a ação ou omissão, típica e antijurídica, levada a efeito com o fim precípuo de causar medo, terror ou intimidação na população, como forma de compelir a administração pública direta, indireta, as autarquias ou organismos internacionais a fazer ou deixar de fazer alguma ação ou atender reivindicação, ainda que justa.

Em resumo, Terrorismo é medo, para produzir três tipos de vítimas. A Vítima Tática (o morto, o ferido ou o seqüestrado), a Vítima Estratégica (aquela que sobrevive ao atentado, e está sob risco) e a Vítima Política (que são o Estado e a Democracia, aqui entendida como a Segurança do Direito). O objetivo estratégico do “terrorismo marginal”, que tem facetas ideológicas, é gerar medo e tensão, no primeiro momento, para justificar, em etapas posteriores, ações autoritárias ou as medidas de força de uma nova ordem estatal (Capitalista de Estado) que se planeja implantar no Brasil e na América Latina. O conflito na região está cada vez mais próximo.

O terror é essencial para os controladores. A nova ordem mundial por eles pretendida alimenta-se de guerras e sofrimentos, de caos financeiros e crises políticas. Tudo para manter a expansão de seu movimento esmagador de controle. Os engenheiros sociais da nova ordem empregam as crises e o terror seus subordinados hegemonicamente em um desequilíbrio perpétuo. Em resumo, o Poder Real utiliza os novos e amplos poderes de coação e terror que a ditadura militar-industrial-global requer para acabar com a resistência e governar a parte do mundo que resiste às suas intenções.

Os controladores combatem os inimigos do Poder Real - que são aqueles que defendem nossa intimidade pessoal, nossa individualidade e nossos direitos individuais. Estes são os pressupostos da liberdade. Os controladores patrocinam o terror psicosocial, que mantém a maioria da população em um estádo contínuo de ansiedade interior. O sistema mantém as pessoas demasiadamente ocupadas, lutando pela própria sobrevivência. A sociedade é submetida a uma violenta situação de insegurança, angústia e terror.

Tal conjuntura do mal deixa as pessoas exaltadas e implorando por "soluções mágicas" e imediatas, quaisquer que sejam estes pretensos paliativos. Curiosamente, o Poder Real dita as "soluções". Desta forma, promove a submissão absoluta da população e da opinião pública. Tamanha guerra assimétrica serve para romper a fortaleza psicológica do indivíduo, a fim de deixá-lo sem defesas. O medo intimida e controla.

Assim, o Poder Real promove a maior ameaça à vida livre. E o próprio sistema ainda vende as soluções anti-terror, fingindo que está protegendo o cidadão, quando, na verdade, usa suas armas para vigiá-lo. Por este motivo, segundo Daniel Estulin, a "panacéia" do totalitarismo (o governo forte) é uma solução patológica para uma vida insegura e atomizada. O totalitarismo é sedutor, pois permite vender, à vontade, imagens demagógicas a povos desmoralizados. As ideologias populistas, desta forma, se configuram em mecanismos de controle social.

Os controladores querem “dividir” para controlar ainda mais. Quando os estrategistas dos controladores conseguem manter suas quatro frentes atuando coordenadamente, temos o pleno “Governo do Crime Organizado”. O conceito precisa ser repetido. Doutrinariamente, o Governo do Crime Organizado é a sinistra associação objetiva de criminosos formais de toda a espécie com membros dos poderes estatais, para a prática de ações delituosas. Os bandidos utilizam a corrupção sobre as instituições republicanas como o principal meio para atingir seus fins. O crime não se organiza sem a participação do Estado.

Por isso, principalmente no Brasil, mas também em outras nações, podemos ironizar que estamos vivendo em um “Estado Cleptocrático sem Direito”. Em sua origem grega, a palavra Cleptocracia, significa, literalmente, "Estado governado por ladrões". O crime organizado utiliza a corrupção, a violência e as sutilezas ideológicas como instrumentos de dominação da sociedade. Na Cleptocracia, não existe Democracia, que é definida como “a Segurança do Direito”.

No regime cleptocrático, impera a injustiça. Institui-se o legítimo “direito de roubar”, que é a negação de qualquer Direito. Na conjuntura cleptocrática, o poder Judiciário se transforma, na melhor hipótese, em agente inconsciente da legitimação do crime organizado, em parceria com os poderes Executivo e Legislativo. Mas a classe política, como força motriz no poder, é o principal agente consciente do crime organizado.

Os demais segmentos acompanham o “movimento” – apenas para usar outro termo da malandragem que acaba mofando nas cadeias ou morrendo nos conflitos diários com a Polícia ou quadrilhas rivais, simplesmente porque não têm poder e riqueza. Se tivessem, estariam numa boa. “No Brasil as leis criminais se fizeram para os pobres". Martim Pena, um teatrólogo brasileiro do século 19, acertou no milhar. Aqui, a falta de Justiça condena as vítimas.

Conceitualmente, o governo do crime organizado ocorre quando uma nação deixa de ser governada por um Estado de Direito imparcial, com segurança, e passa a ser governada pelo poder discricionário de pessoas que tomaram o poder político nos diversos níveis. Estes agentes conscientes do crime conseguem transformar seu poder político em valor econômico. Atinge-se o estágio cleptocrático do Estado, quando o sistema público governamental é dominado por sujeitos que praticam a corrupção política e econômica, nos apodrecidos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Na cleptocracia, o Estado funciona como uma máquina para a extração ilegal de renda da sociedade. A “classe ociosa” se locupleta. Os mecanismos jurídicos e institucionais – como a Lei de Licitações, por exemplo – cumprem este papel criminoso. A corrupção se legitima como uma tática de negócio na relação entre o Estado e as empresas prestadoras de serviço ou fornecedoras de bens. Os exemplos de atuação política da organização criminosa são variados, porém bem claros no Brasil. Vejam o caso do impune “mensalão” (tecnicamente definido como a propina periódica paga a políticos ou aliados de um governo, resultante de participações de empresas que prestam serviços ou vendem produtos para o poder Estatal).

No resumo da opereta, a regra é clara. O presidente do Brasil desfruta de um aparente poder, que é o poder apenas formal do Estado brasileiro. A máquina do Estado, comandada pela classe política amestrada, obedece a um Governo Real Mundial. Lembremos sempre, para não fazermos papel de idiotas. O presidente do Brasil aparece apenas, como um boneco do ventríloco, no nono escalão do poder. Não importa quem seja o presidente: Fulano, Beltrano ou Al Capone.

Feita a necropsia do Estado do Cadáver Brazilis é hora de acabar com ele, para ressuscitá-lo em um formato realmente democrático, conforme os rigorosos padrões de Segurança do Direito. O primeiro passo para a correção de tantos desvios é a conscientização da realidade.O segundo passo é a formulação objetiva de um projeto nacional, até hoje não formulado por qualquer grupo político tradicional para o Brasil.

É hora de um Brasil para os Brasileiros, em relação harmônica com outras nações, sem xenofobias. O Brasil tem potencial. Detém as principais riquezas (água, energia, minerais e produção de alimentos) demandadas pelos demais países do mundo. Precisamos transformar o “potencial” em potência efetiva. Necessitamos de autodeterminação e soberania. Nesta tarefa, a nação conta com seu maior capital (mantido oculto pela ação dos criminosos). Trata-se da Inteligência Social Brasileira, única no mundo.

O conceito é bem objetivo. Inteligência social é o somatório científico dos saberes, experiências e vivências culturais e tecnológicas dos indivíduos e suas coletividades, aplicáveis, equilibradamente, em forma de trabalho, para o pleno desenvolvimento das forças produtivas da sociedade. A Inteligência Social respeita os valores de cada um. Por isso, está acima das ideologias, que são meros mecanismos de dominação e satisfação narcísica ou egocêntrica de quem controla o poder real.

Com inteligência, damos o terceiro passo. Consistirá no investimento em Defesa Nacional, que é o conjunto de medidas e ações do Estado, com ênfase na expressão militar, para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças preponderantemente externas, potenciais ou manifestas. Baseado em tal conceito, serão criados dois organismos fundamentais para o renascimento do Brasil, claramente propostos pelo advogado Antônio José Ribas Paiva, na obra “O Fio da Meada”, elaborada pelo grupo de estudos União Nacionalista Democrática, de São Paulo.

O primeiro é o Conselho de Segurança Nacional que terá a missão de sugerir ao Governo Federal objetivos de curto, médio e longo prazos, de interesse da segurança nacional. O Conselho será composto por 21 membros, sendo três natos, de indicação do Exército, da Marinha, da Aeronáutica. Os demais serão escolhidos, por sorteio, nos quadros eleitorais, entre brasileiros natos, com educação superior completa, ilibados e maiores de 35 anos, que não façam parte de órgãos políticos ou da administração pública, como membros ou funcionários. Os Conselheiros natos serão substituídos à juízo dos representados. Os Conselheiros sorteados terão mandato de 4 anos.

O funcionamento será estabelecido por regimento interno, adequado aos objetivos do CSN. Competirá ao Conselho implementar todas as medidas correcionais na defesa do interesse público. Aquele que delinqüir ou cometer irregularidades no trato da coisa pública será julgado por júri popular, nos Tribunais de Segurança Nacional, cuja criação complementará o CSN. Tal Conselho estabilizará as instituições, ensejando o seu contínuo aprimoramento, independentemente da vontade de grupos políticos, econômicos ou ideológicos.

O segundo organismo é de controle social. Serão criadas as Corregedorias dos três Poderes e níveis. Elas estarão subordinadas ao Conselho de Segurança Nacional, e serão compostas por eleitores maiores de 35 anos, com curso superior, de reputação ilibada, estranhos aos quadros do governo. As corregedorias, que também funcionarão como ouvidorias, vão aprimorar as instituições. Elas darão à sociedade um acesso direto ao poder, para expor suas razões e reclamos. Será o fim da surdez e omissão do Poder Público no Brasil.

Tais propostas para o renascimento do Brasil se encontram em fase de aprimoramento e detalhamento. As idéias estão abertas ao debate dos segmentos esclarecidos da nação, que estão em processo de informação sobre a verdadeira realidade do Brasil e identificando os verdadeiros adversários de nosso pleno desenvolvimento e progresso como nação livre, soberana e autodeterminada. Ter amor, fé e esperança no renascimento brasileiro é fundamental. O foco é na solução – não no problema.

O resto é trabalhar pela verdadeira Democracia, sabendo que nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado. Mas sabendo que nada pode ser modificado até que seja enfrentado. Este é o espírito do lema “Brasil Acima de Tudo”, forjado pelos pára-quedistas brasileiros, que acreditam e lutam pela vitória e pelo sucesso, em cada salto. O desafio só depende de cada um de nós, cidadãos de bem. E vida que segue... Afinal, nossa rica mãezinha (na verdade trilionária) já não agüenta mais ser violentada pelos controladores que a exploram há 500 anos.

Jorge Serrão, jornalista radialista e publicitário, é Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".