Os ganhos do Irã, as perdas do Brasil
Fonte:
BLOG ORDEM LIVRE23 de Novembro de 2009 por Bruno Garschagen
Trecho da reportagem da Folha Online sobre a visita de Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil:
Desde 2005, quando assumiu o poder, Ahmadinejad tenta estabelecer vínculos com líderes sul-americanos de esquerda e mantém relação próxima com Hugo Chávez. Depois do Brasil, o presidente iraniano completará sua viagem latino-americana de cinco dias com visitas a Bolívia e Venezuela, para depois retornar a Teerã com escalas no Senegal e em Gâmbia.
O autoritário governo iraniano quer estreitar seus vínculos com governos de esquerda da América Latina porque ambos têm um entendimento parecido sobre o indivíduo e sobre a relação do poder central com a sociedade. Para além das categorias esquerda e direita, têm em comum a certeza de que a política é capaz de aperfeiçoar o ser humano ou de redimir a condição humana. E que o poder centralizado pode utilizar todos os meios e instrumentos para construir uma sociedade perfeita, aquilo que Olavo de Carvalho chama de mente e mentalidade revolucionária.
Em outro plano de análise, o governo brasileiro deseja se colocar como um importante articulador da diplomacia internacional. Foi por isso que recebeu, antes, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e, há duas semanas, o presidente de Israel, Shimon Peres. Assim, a visita do presidente do Irã faz parte dessa estratégia falível e ingênua de pretender promover a paz no Oriente Médio.
Para Ahmadinejad, o apoio do Brasil, assim como o da Bolívia e o da Venezuela, legitima o governo de Teerã e a manutenção do programa nuclear no Irã. Também é uma forma de cultivar mercados e driblar as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos.
Nessa relação com o Brasil, o Irã acumula ganhos e o Brasil fica com o ônus de defender, legitimar e negociar comercialmente com um governo que não só expressou o desejo de que Israel fosse riscado do mapa, mas que tenta desenvolver a tecnologia capaz de promover a extinção do país.
A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame.
Olavo de Carvalho, íntegra
aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
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Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".
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