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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CONFECOM - A sovietização do Brasil. A luta pela liberdade precisa se tornar uma mobilização de massa imediatamente!

Fonte: MÍDIA SEM MÁSCARA
NIVALDO CORDEIRO | 17 NOVEMBRO 2009

Lamento não ter ouvido uma palavra da grande imprensa contra essa violência às instituições. As empresas do setor são vítimas coniventes. Nem um discurso no Congresso Nacional contra a usurpação do seu poder. Os representantes eleitos são coniventes. Certamente que essa omissão custará caro aos brasileiros.


A luta pela liberdade precisa se tornar uma mobilização de massa imediatamente.


No próximo dia 14 de dezembro acontecerá em Brasília um grande evento político, a
CONFECOM - Conferência Nacional de Comunicações. Quem olha o assunto pela primeira vez pode não se dar conta da importância do mesmo. Aqui não se trata meramente de um evento para tratar do setor de comunicações e nem mesmo se trata de preservar a liberdade de imprensa. O que está em jogo é um ensaio inovador de formulação de políticas públicas, a partir de um modelo basista - aos moldes dos sovietes leninistas - devidamente controlados por maioria do partido governante.


O que ganha o governo com isso? O que ganha o PT? Praticamente, se este ensaio der certo, ficará criada uma forma de decisão política paralela ao Congresso Nacional, cabendo a este apenas a figura homologatória de fazer a norma positiva. É uma ousadia sem precedentes do governo Lula, ensaiar essa sovietização do Brasil, passando por cima da Constituição e do Poder Legislativo. Mesmo que as tais recomendações do relatório final da CONFECOM sejam devidamente recusadas pelos legisladores, haverá a vitória política de Lula e do PT por ter levado a cabo a gigantesca mobilização, que está mexendo com gente de todos os recantos do Brasil. Um processo que certamente será repetido com outros temas no futuro. É uma tentativa de acabar com a democracia representativa como a conhecemos, mesmo sem alterações na Constituição.


Lamento não ter ouvido uma palavra da grande imprensa contra essa violência às instituições. As empresas do setor são vítimas coniventes. Nem um discurso no Congresso Nacional contra a usurpação do seu poder. Os representantes eleitos são coniventes. Certamente que essa omissão custará caro aos brasileiros. Tenho visto, há anos, aqueles que têm dinheiro e poder para enfrentar os revolucionários comunistas irem recuando a cada passo de avanço dos inimigos da sociedade aberta. Sempre preservando interesses particularistas e recebendo, em troca, concessões econômicas, nem sempre legítimas. O episódio do "Mensalão" revelou o grau de corrupção de que o sistema é capaz. Este método de cooptação, todavia, parece que foi esgotado e o partido de Lula resolveu agora implantar o modelo consagrado nos manuais de Lênin.
Todo o poder aos sovietes!


E bem sabemos o que são os sovietes: uma caricatura de democracia direta, em que os delegados "
livremente eleitos" são marionetes do partido e cumprem disciplinadamente as decisões tomadas dentro do chamado "centralismo democrático". Calar diante do que está acontecendo é mais do que omissão e covardia: é entregar o país aos celerados revolucionários. Não podemos subestimar o que estão fazendo. É hora dos que têm responsabilidade agir, em nome da liberdade da gente brasileira, em nome das gerações futuras.


O fato é tão importante que o a Executiva Nacional do PT baixou uma
resolução específica para o evento, para a qual convido você, meu caro leitor, fazer uma leitura atenta. Já no Preâmbulo do documento estão contidas todas as más intenções políticas do PT:


"
A Conferência Nacional de Comunicação convocada pelo governo Lula é uma importante conquista dos movimentos que lutam pela democratização do setor no Brasil. O PT apóia o conjunto de reivindicações desses movimentos, conforme resolução aprovada em conferência partidária realizada em abril de 2008. Na 1ª Confecom, a intervenção petista se dará de duas maneiras: uma, ao lado das lutas especificas de cada área; outra, mais ampla, na construção de um novo modelo legal para todo o setor das comunicações - sem o que dificilmente haverá avanços nas questões pontuais. A definição de um marco regulatório democrático estará no centro de nossa estratégia, tratando a comunicação como área de interesse público, criando instrumentos de controle público e social e considerando a mudança de cenário provocada pelas tecnologias digitais. O PT também lutará para que as demais ações estatais nessa área promovam a pluralidade e a diversidade, o controle público e social dos meios e o fortalecimento da comunicação púbica, estatal, comunitária e sem finalidade lucrativa. Mais do que combater os monopólios e todos os desvios do sistema atual, é preciso intervir para que eles não se repitam ou se acentuem nesse novo cenário tecnológico - que dentro de poucos anos superará completamente o antigo modelo".


A Conferência não é tida como um ato de rotina administrativa do governo, mas como "
conquista" dos movimentos, que todos sabemos são aparelhados pelo PT. No Capítulo Segundo, declara que o marco regulatório deve estabelecer, entre outras coisas: "Atribuições e limites para cada elo da indústria de comunicação (criação, produção, processamento, armazenamento, montagem, distribuição e entrega), impedindo que uma mesma empresa possa atuar nos mercados de conteúdo e infra-estrutura". No seu Capítulo Terceiro está escrito que o PT defenderá a criação do Conselho de Comunicação Social, a própria institucionalização da censura prévia, já rejeitada anteriormente pela sociedade. No Quarto, que a Internet deve ser regulada, ou seja, controlada politicamente. Não há dúvida de que os documentos que vão emergir desse conclave sovietizado estarão em sintonia com a vontade política expressa nessa resolução.


É a instância partidária se sobrepondo ao Estado, não apenas ao Poder Legislativo, como também ao Poder Executivo. Quem manda é o partido.


Há um
site pró-conferência, composto por entidades vinculadas aos militantes esquerdistas, que está à frente das mobilizações. O panfleto que sugere ser distribuído na mobilização é uma peça antimercado, anticapitalista e anti-sociedade aberta. Um clone do Manifesto Comunista aplicado às comunicações. Lá está escrito que "É dever do Estado garantir que todo mundo possa acessar e produzir conteúdos para se informar e se comunicar". Bem sabemos o que significa isso: o fim da liberdade de produzir e veicular notícias sem a censura prévia dos comissários do partido.


Fique atento, caro leitor: os sovietes já chegaram e estão agindo para tomar o poder total no Brasil. A luta pela liberdade precisa se tornar uma mobilização de massa imediatamente.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".