sábado, 21 de novembro de 2009
Por Arlindo Monetenegro
Caranguejo é um bicho que anda de lado ou para trás. Temos 50 milhões de brasileiros em idade escolar: 45% acima da idade, andando de lado. 15 % fora ou abandonando a escola, andando prá trás. O restante, dependente dos currículos fornecidos pelo MEC e que obrigam os professores a ensinar o catecismo doutrinário Gramsci-marxista, em prejuízo da Língua Portuguesa, Matemática e Ciências.
Na comparação com o sistema educacional de outros países evidencia-se o crime que estas autoridades estão cometendo contra a nacionalidade: o país está se movimentando para a rabeira, distanciando-se dos que assumem os primeiros lugares no ranking da qualidade na educação. Destacam-se na propaganda oficial, as exceções de desempenho das escolas, omitindo a pavorosa realidade da doutrinação pelo catecismo socialista.
A moçada chega às Universidades sem saber interpretar um texto, sem saber escrever corretamente, sem o hábito de leitura, sem a consciência dos deveres que antecedem o mérito. Os formandos superiores ganham um diploma, que garante competir na busca de um sub-emprego. O mercado competitivo trabalha com os melhores, os que se destacam da mesmice acadêmica. A maioria acaba empregada para atuar em áreas que nada têm a ver com a formação escolhida.
Quando acessamos os índices oficiais, as incongruências saltam à vista. Em 2007, a aprendizagem dos alunos do ensino médio e fundamental, em em Língua Portuguesa, não atingiu os 25% e em Matemática ficou abaixo dos 15%. Mesmo assim, em 2007, os alunos foram promovidos para os níveis superiores e 45% de jovens que concluíam o ensino médio, estavam acima da idade, com 19 anos!
Em resumo, os indicadores brasileiros ainda estão bem abaixo dos países que participam da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os EUA estão na média. Nos estamos na rabeira. Isto porque a corrupção desvia recursos, seja na compra da merenda escolar ou na construção, manutenção e custeio das escolas.
Os professores e diretores são sobrecarregados de atividades burocráticas impostas pelo MEC e Secretarias de Ensino. É um tempo excessivo que os desvia, afasta das atividades pedagógicas. Além disso reclamam da transparência da prestação de contas, maquiada pelos governantes em prejuízo das escolas. Em toda a extensão territorial, os partidos no governo concorrem com paternalismo incipiente.
Um governante cria um programa de doação de leite. O próximo fornece transporte ou material escolar, o outro amplia com a “doação” de uniformes e as famílias supervalorizam este assistencialismo que minimiza a importância do projeto pedagógico. Garante-se o voto e reduz-se a educação! É o direito sem o esforço, sem o trabalho, sem o dever, sem a responsabilidade de aprender.
Nos filmes americanos, vemos as escolas com biblioteca, refeitório, ginásio, auditório, vestiários, piscina. A administração parece empresarial. As famílias integradas às atividades. Um modelo que os CIACs e CÉUS pressupunham como possibilidade para a formação excelente, com oito horas de atividade dia para o desenvolvimento da “mens sana in corpore sano” (mente sadia em corpo sadio).
Na nossa escola básica, onde 36% dos alunos, em média, estão acima da idade adequada a frequência da meninada é de apenas 4 horas por dia. Os pais estão trabalhando. O mundo grande cheio de diversões que deseducam fica disponível durante o resto do dia, um mundo mais atraente que a escola, um mundo cheio de armadilhas, sem censura e com forte apelo ao consumismo.
Falam num orçamento de 41 bilhões para a educação de 50 milhões neste ano. Será que esta dinheirama é empregada mesmo na atividade fim, na educação? Por que o MEC com toda essa onda de “inclusão digital”, “inclusão social”, não aciona a “inclusão da transparência educacional”, disponibilizando num site, dia a dia, onde e como são investidas quantias tão elevadas. Licitações e obras, remuneração de professores e mesmo o aproveitamento escolar de cada criança.
Por falar em professores, deviam ter seus salários aumentados na mesma proporção que os senhores deputados engordam seus próprios salários e vantagens. Os recursos estariam melhor aplicados no interesse maior da nação. A profissão valorizada e disputada. Se hoje temos resultados tão chinfrins, isto se deve às políticas de viés Gramsci-marxistas implantadas na educação. Pior nos últimos anos, milhões de crianças vão à escola em busca da merenda e do leite. Este é o Brasil “um país de todos”...
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