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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A TOLERÂNCIA COM O INTOLERÁVEL - comentário e artigo

POR E-MAIL (sic)

Amigo
 
Puggina vem lutando há muitos anos por uma reestruturação em nosso estamento político.
Postula mudanças que invertam o quadro atual em que as instituições favorecem maximamente o êxito do canalha na ambiência estatal, ao tempo que praticamente condena o honesto.

Destes fatos - deliberadamente ampliados por esquerdistas na Constituição de '88 e viciosos desde a base - decorrem as feridas sociais que hoje nos aponta neste artigo, que em meu entender, peca apenas por não enfatizar a intencionalidade cuidadosamente planejada: destruir lentamente os valores morais que alicerçam a ordem, a paz e a produtividade e turbinar os anti-valores que conduzem ao caos social, entendido como passo necessário para a instalação da "ditadura do proletariado."

Neste esforço corruptor, em processo há décadas, comungam e empenham-se todos os partidos de esquerda. Todos, sem exceção, são - consciente e deliberadamente - agentes do caos.

Na apreciação destas nossas condições sócio-políticas, tão confusas para tantos brasileiros, pelo menos um fato deveria ser compreendido de forma contundentemente clara:
 
a intencionalidade.
 
Nem uma única das misérias apontadas pelo articulista se deve ao acaso, ou à banal incompetência e cupidez dos costumeiros politiquelhos; antes, é planejada e cuidadosamente criada pelos agentes do caos - o comunismo entronizado em Brasília -
apoiado e alimentado pelos demais partidos, pela mídia, pelas escolas e pelas igrejas contaminadas pela Teologia da Libertação.
 
Assuma como exemplo a crescente leniência institucional para com a criminalidade, esta facilitação progressiva que o estamento judicial oferece ao criminoso não só pelo sucateamento e escandalosa inoperância dos corpos policiais,  ou pela quantidade de brechas legais por onde o criminal escapa, mas ainda por penalizações tão ridiculamente suaves que se fazem um convite irrecusável à prática do crime.

Ou seja, exata e precisamente o oposto do que é comprovadamente eficaz - a certeza da punição.

A conhecida e inegável estupidez do esquerdista - exatamente similar à do canalha - atua em níveis existenciais profundos cegando-os para dados transcendentes e essenciais da realidade manifesta, sem afetar-lhes o Q.I. e, em especial, a astúcia.
 
Sabem beníssimo que estão incentivando a criminalidade.
 
E que isto promane desde instâncias mais altas das instituições é evidência do gravíssimo grau de dominância e corrupção já instaladas na estrutura governamental.
 
Nosso Brasil está sendo gerido por sociopatas criminais.
 
E não existe a mais mínima possibilidade de que esta situação seja mudada pelas urnas - estas eletrônicas em cujo programa uma facílima alteração de uma única frase leva aos resultados desejados por seus atuais donos - exatamente como vem ocorrendo na Venezuela e Bolívia.
 
E ainda que fossem honestas, a manipulação de mentes pelas instâncias formadoras de opinião, tal como as fontes dos recursos financeiros imprescindíveis em campanhas eleitorais - todas dominadas pelos sociopatas canhotos - irão produzir o desenlace favorável à situação.
 
Em relação a esta monumental armadilha, estamos, nós brasileiros, no-mato-e-sem-cachorro.
Nesta selva medonha ainda nos resta um único recurso benígno, um tigre, de braço forte e mão amiga, que em silêncio discreto, observa atentamente.

Rezemos por ele.
 
É toda a esperança que nos resta...
 
M.
 
 

Percival Puggina
14/02/2009

Há uma polêmica estabelecida em relação aos delitos e às penas. Bem organizadas correntes de opinião promovem a condenação das condenações. O quadro das penas tidas como reprováveis começou pela de morte, seguiu para a de prisão perpétua e alcança, agora, a pena de prisão seja pelo tempo que for. Dizem que é preciso buscar outros meios para enfrentar o crime. Denunciam que a privação de liberdade é coisa medieval. Argumentam que ela tem sido insuficiente para conter o avanço da criminalidade. Alegam que os presídios deseducam. Proclamam que manter um indivíduo atrás das grades agrava os desajustes que o levam à prática criminosa. Em outras palavras: os criminosos deveriam receber sanções mais criativas. Talvez algo assim como escrever cem vezes no quadro negro: “Não devo oferecer drogas na porta das escolas”.

A tolerância com o intolerável virou praga social. Os pais deixam de punir os filhos e a própria expressão castigo tornou-se malvista. O professor que segura o braço de um aluno enfrenta constrangimentos. Magistrados trocam a lei pela misericórdia e relutam em mandar para a cadeia. Presos do semi-aberto viram assaltantes em full time. Adotam-se decisões que podem resultar na soltura de mais de 200 mil presos em todo o país. E por aí despenca nossa segurança.

Diante de tal cenário, vale lembrar certas verdades: 

1º) a maior parte dos crimes é antecedida de uma avaliação de riscos, sendo o impulso à ação criminosa inversamente proporcional à expectativa de punição; 

2º) o trinômio polícia ágil, processo rápido e pena severa é altamente inibidor; 

3º) a pena pesada, aplicada a um réu, intimida outros indivíduos de fazerem a mesma coisa; 

4º) bandido preso sai do mercado do crime e deixa de causar dano à sociedade; 

5º) quem está na cadeia pode ser reeducado.

Em contrapartida, examinemos essa ojeriza às penas severas (aí incluída a de prisão). É verdade que somente elas não resolvem o problema da criminalidade, que precisa ser enfrentada por muitos meios. Aliás, nenhuma das outras condições, tomada de modo isolado, acaba com o problema. Tampouco o farão todas juntas – desenvolvimento econômico e social, educação de qualidade, melhor distribuição de renda, aumento dos contingentes policiais, celeridade nos processos criminais, planejamento familiar. Portanto, assim como a insuficiência específica de cada providência em seus efeitos sobre a criminalidade não nos leva a desistir delas, tampouco servirá para justificar a não aplicação de penas severas. Que aconteceria se adotássemos a regra de que a prisão não resolve coisa alguma e soltássemos todos os presos?

A experiência mostra que a pena rigorosa, aplicada com a devida rapidez, inibe a criminalidade. Países muçulmanos que adotam a lei da sharia cortam as mãos dos ladrões. Nasri Salhab, que foi embaixador do Líbano na Santa Sé, escreveu um livro não traduzido para o português, com o título “Islam as I came to know it”, de caráter apologético em relação ao Corão, e nele afirma que a aplicação desse preceito “tirou a Arábia Saudita da lei da selva e a transformou num paraíso de segurança na terra”.

Cerca de 64 países ainda mantêm a pena capital e a metade destes aplicam-na aos traficantes de drogas. Entre eles estão Indonésia, Malásia, Filipinas, China e Cingapura. As execuções de tais sentenças raramente alcançam algumas dezenas ao ano. Por quê? Porque lá, vender droga é fatal para a saúde! E aqui, no paraíso da pena branda? Não consegui descobrir quantos dos quase meio milhão de presos brasileiros são traficantes. Certamente não são dezenas, mas dezenas de milhares. E quantos mais, fora das prisões, infernizam o país com o maldito negócio do vício e da desgraça pessoal, familiar e social? Não, leitor, não estou advogando a mutilação de ladrões nem a execução de traficantes. Estou apenas provando que a aplicação de penas severas inibe o crime. Ponto.

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* Percival Puggina (64) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezena de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo e de Cuba, a tragédia da utopia. 

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".