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terça-feira, 6 de maio de 2008

Esquerda e criminalidade: Final

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Thomas Sowell em 13 de setembro de 2006

Resumo: Nos EUA e em outros países a esquerda tem sustentado persistentemente suas suposições e crenças sobre a criminalidade, e milhões de vítimas pagam o preço dessas ilusões sobre o crime.

© 2006 MidiaSemMascara.org

Um alto índice de prisões de criminosos reduz a criminalidade? O crime é resultado da pobreza, desemprego e coisas similares? Alternativas à prisão são mais efetivas na prevenção da reincidência no crime?

Alguns hesitariam em responder tais questões antes de consultar muitos dados reais e de pensar muito a respeito.

Mas, muitos esquerdistas são capazes de responder imediatamente, pois eles sabem quais as respostas estão em voga na esquerda – afirmam, ademais, que a razão de outros não aceitarem essas respostas é que eles estão atrasados no tempo ou são desumanos e gostam de punir.

Uma coisa é acreditar que uma política A é melhor que uma política B. Outra muito diferente é acreditar que aqueles que acreditam em A são mais sábios, mais compassivos e, geralmente, seres humanos mais valorosos do que quem acredita em B.

A transformação da questão empírica dos resultados da política A versus os resultados da política B numa questão pessoal de um maravilhoso Nós versus um terrível Eles, torna mais difícil uma eventual retratação, se os fatos não apoiarem a crença.

Se a escolha entre a política A e a política B for considerada como um símbolo de mérito pessoal, moral ou intelectual, então haverá um risco devastador à auto-estima de alguém o fazer das evidências empíricas o teste fundamental.

Não somente nos EUA, mas também em outros países, a esquerda tem sustentado persistentemente suas suposições e crenças sobre a criminalidade por, pelo menos, dois séculos, não apenas a despeito da ausência de evidências reais, mas também em oposição a evidências contrárias, acumuladas por dois séculos, em diversos países ao redor do mundo.

Onde a dominância da esquerda é maior – na mídia e na academia, por exemplo – fatos contrários são raramente considerados.

A futilidade do encarceramento, por exemplo, é um dogma da esquerda. Não adianta lembrar que o índice de criminalidade tanto nos EUA, quanto na Inglaterra, elevou-se enormemente na década de 1960, quando a pobreza estava em declínio – e o índice de prisões estava também diminuindo.

Não adianta observar que o índice de criminalidade elevado nos EUA começou a diminuir somente depois que o declínio do índice de prisões foi revertido, levando a um aumento da população carcerária, o que foi deplorado pelos esquerdistas.

Não adianta mostrar que o índice de prisões de Singapura é mais que o dobro daquele do Canadá – e seu índice de criminalidade é menor que um décimo daquele do Canadá. Muitos no Ocidente ficaram horrorizados em descobrir, alguns anos atrás, que um americano, sem antecedentes criminais, foi sentenciado, em Singapura, a uma punição corporal.

Poucos críticos indignados se preocuparam em considerar a possibilidade de que isso poderia ter sido uma forma de prevenir que o jovem pudesse se tornar um criminoso contumaz – e, talvez, pudesse salvá-lo de um destino pior se ele continuasse a desrespeitar as leis.

A autodefesa contra criminosos é um anátema para a esquerda, tanto na Inglaterra, quanto nos EUA, mas lá a esquerda tem uma maior predominância. Britânicos que pegam ladrões em suas casas e os mantêm lá, na mira de uma arma, até a polícia chegar, são, depois, processados por crime – mesmo quando a arma é de brinquedo.

Dada a visão prevalecente no sistema de justiça criminal da Inglaterra de que roubo é uma ofensa “leve” e a feroz hostilidade a armas, mesmo de brinquedo, a vítima de roubo tem maior probabilidade de acabar atrás das grades do que o próprio ladrão.

A jihad esquerdista contra cidadãos de bem que possuem armas tem produzido uma inundação de informações distorcidas. Comparações internacionais são invariavelmente feitas entre os EUA e países que têm um controle de armas mais rígido e um menor índice de crimes.

Mas, se os fatos fossem realmente importantes, você poderia, com a mesma facilidade, comparar os EUA com países que possuem leis mais rígidas de controle de armas e maiores índices criminais – Brasil e Rússia, por exemplo.

Você poderia comparar os EUA com países que tivessem um maior número de cidadãos possuidores de armas – Suíça e Israel, por exemplo – e menor índice de criminalidade. Mas isso, somente se os fatos fossem considerados mais importantes que os dogmas da esquerda.

Milhões de vítimas pagam o preço das ilusões da esquerda sobre o crime – e sobre ela mesma.

Leia também Esquerda e criminalidade: Parte 1

Publicado por Townhall.com


Traduzido por Antônio Emílio Angueth de Araújo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".