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quarta-feira, 23 de abril de 2008

Política indigenista em discussão

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Cicero Harada em 23 de abril de 2008


Resumo: A visão estratégica de defesa da soberania não se restringe a uma pessoa, mas tem lastro nas Forças Armadas.

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A política indigenista do governo é “lamentável, para não dizer caótica”, “sou totalmente a favor do índio”, até porque não sou da esquerda escocesa, que, atrás de um copo de uísque 12 anos, aqui sentado na Avenida Atlântica, resolve os problemas do Brasil inteiro. Eu não estou na esquerda escocesa. Eu estou lá. Já visitei mais de 15 comunidades indígenas. Estou vendo o problema do índio. Ninguém está me contando como é que é o índio, não estou vendo índio no cinema, não estou vendo índio no Globo Repórter. Estou vendo índio lá, na ponta da linha, e sofrendo com o que está acontecendo”. “Essa política indigenista tem que ser modificada. O Exército quer ser parceiro desta modificação”. Com palavras contundentes, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, comandante militar da Amazônia, em palestra no Clube Militar, no Rio de Janeiro, mostrou que a demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, na fronteira brasileira, enfraquece a defesa territorial.

Enganam-se aqueles que pensam ser esse pensamento apenas do general Heleno; a visão estratégica de defesa da soberania não se restringe a uma pessoa, mas tem lastro nas Forças Armadas. É em função disto e de seu poderio, que em momentos graves e críticos das relações internacionais, realça o prestígio do Estado e de sua soberania. É isso que exsurge do artigo 142 da Constituição. As Forças Armadas, “instituições nacionais permanentes e regulares”, “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais (...) da lei e da ordem”. Em apoio ao general Heleno e defesa da soberania, sairam a público os Clubes Naval, Militar e da Aeronáutica.


O artigo 231 de nossa Lei Maior, permite a demarcação e reconhece “aos índios sua organização social, costumes, linguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las,(...)”. Com isso, consagra o indigenato, instituição jurídica luso-brasileira presente no Alvará de 1º/4/1680, reiterado pela Lei de 6/6/1755.

Tudo isto é verdade. Hermenêuticas românticas ou multiculturalistas, no entanto, que possam levar a conjunto de medidas concretas que descurem a defesa da soberania nacional, aguçando a cobiça estrangeira, de ONGs, do narco-tráfico, criando situação desfavorável na hipótese de instabilidade internacional na região, hão de ser avaliadas, tendo em mira horizonte mais amplo, para que boas intenções não lotem o inferno.

A interpretação das leis deve acomodar-se à realidade e ao bom senso sob pena de criar teratologias jurídicas cujas conseqüências, embora previsíveis, possam ser extremamente perversas à nação.

As denúncias do General Heleno são de extrema gravidade. Para combatê-las, não bastam chavões de natureza ideológica. É preciso aprofundar a discussão. É preciso trazer as Forças Armadas ao privilegiado palco dos debates.

O autor é ex-procurador do Estado de São Paulo, advogado, conselheiro da OAB-SP, Presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".