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quarta-feira, 5 de março de 2008

Itamaraty e Forças Armadas são omissas sobre denúncias de invasão de áreas do Brasil pela Venezuela

D0 blog ALERTA TOTAL
Por Jorge Serrão, terça-feira, 04 de março de 2008

"A violação do território de outro país deve ser condenada". Este princípio aplicado pelo ministro das Relações Exteriores Celso Amorim ao conflito (Equador-Colômbia) só não vale quando o Brasil é a vítima de uma invasão sistemática de seu território pela Venezuela. Os índios Yanomami denunciaram oficialmente – e ninguém tomou providência no Itamaraty ou nas Forças Armadas – que, no dia 8 de agosto do ano passado, tropas venezuelanas, em um helicóptero, invadiram a região do Xitei, extremo oeste da Terra Indígena Yanomami (TIY) em Roraima. A invasão aconteceu próxima à região do Surucucu, onde o exército brasileiro tem tropas aquarteladas.

A Hutukara Associação Yanomami (HAY) elaborou e enviou um documento às autoridades competentes denunciando a invasão. A HAY assinala que uma expedição de investigação organizada pelo Exército Brasileiro e assessorada pela CCPY confirmou posteriormente as preocupações dos Yanomami quanto à freqüência das incursões intempestivas dos militares venezuelanos em território brasileiro. Os yanomami denunciam que a recente invasão não é acontecimento isolado. Em 2003 foram denunciadas várias entradas não-autorizadas de militares venezuelanos na TIY. O documento foi assinado por Dário Vitório Kopenawa Yanomami, Tesoureiro da Hutukara Associação Yanomami

“Em determinado momento, soldados venezuelanos chegaram a pernoitar na comunidade yanomami do Poimopë, no alto rio Mucajaí, onde intimidaram uma funcionária da organização Urihi Saúde Yanomami (ex-conveniada da Funasa) que atuava então no atendimento de saúde na região. No mesmo período, outro grupo ocupou uma pista de pouso de garimpo clandestino no alto rio Catrimani, igualmente em território brasileiro, onde torturou garimpeiros e saqueou seus pertences. Uma expedição de investigação organizada pelo Exército Brasileiro e assessorada pela CCPY confirmou posteriormente as preocupações dos Yanomami quanto à freqüência das incursões intempestivas dos militares venezuelanos em território brasileiro”. (ver Boletim 41).

A retórica do Itamaraty só se aplica ao problemas dos outros – mas não ao nosso, brasileiro. “O Brasil condena qualquer violação territorial, a situação é grave”. O ministro das Relações exteriores brasileiros fez este comentário ontem. Acontece que a reclamação de Celso Amorim não foi para condenar o sistemático caso de invasão do território brasileiro por tropas da Venezuela (como no caso da entrada ilegal na área Yanomani, em setembro de 2007). Ontem, o desgoverno brasileiro condenou publicamente a Colômbia pelo ataque às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território equatoriano.

Crime contra o Brasil

Pela atual diplomacia de resultados do Itamaraty, órgão hoje aparelhado pela ideologia do Foro de São Paulo e pelas conveniências do desgoverno petista, o Brasil pode ser invadido pela Venezuela, pelas tropas das Farc e etc que nada será feito para reprimir os abusos contra a integridade do território nacional.

Mais grave que a posição do Itamaraty é a omissão pública das Forças Armadas brasileiras em relação a incidentes como o Yanomami.

Tal omissão só demonstra o descumprimento dos artigos 142: da Constituição e do Código Penal Militar.

Entenda por que relendo: Os artigos 142 contra os “171”, publicado no distante 17 de setembro de 2006 neste Alerta Total.

Carta em português

Confira a carta de Dário Vitório Kopenawa Yanomami, Tesoureiro da Hutukara Associação Yanomami, traduzida do Yanomani para o português por Bruce Albert e Luis Fernando Pereira:

Sim, é dirigido a vocês, grandes homens, que nós Yanomami, membros da Hutukara Associação Yanomami, fizemos este documento. No dia 08/08/2007 durante nossa reunião na região do Xitei vimos um helicóptero do exército venezuelano (sobrevoando), havia também não-indígenas (vendo isso conosco). Ao pousarmos na pista do Xitei, na floresta brasileira, lá estava o helicóptero da Venezuela vindo em nossa direção, todos nós o vimos. Havia representantes da Diocese, Ministério Público Federal, o chefe do Distrito Sanitário Especial Yanomami e Ye´kuana, o membro da Hutukara Associação Yanomami. Foi assim que nós vimos o helicóptero da Venezuela. Nós Yanomami ficamos muito preocupados, por isso fizemos este documento. Na região do Surucucu se encontra o Exército Brasileiro mas ele não falou ainda, o que é não é bom. Em Auaris há também o Exército Brasileiro mas ele não ficou realmente com os olhos atentos a isso. Os venezuelanos tal vez estão procurando por ouro no Brasil, é o que nós Yanomami pensamos. O pessoal (Yanomami) de Xitei vive na terra do Brasil. Como o Exército Brasileiro realmente pensa sobre este assunto? Quando os habitantes da Venezuela entram no Brasil vocês do Exército Brasileiro não falam nada? Vocês estão presente na terra-floresta yanomami, mas por que não mostram sua valentia? Por esses motivos, nós Yanomami estamos muito preocupados, pelo fato do Exército não falar nada.

Assim foram nossas palavras.

Atenciosamente.
Dário Vitório Kopenawa Yanomami,Tesoureiro da Hutukara Associação Yanomami- HAY

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".