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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A chegada da cavalaria

Do blog MÍDIA SEM MÁSCARA
por Percival Puggina em 19 de novembro de 2007

Resumo: Quando deveríamos estar cuidando do planeta sem aderir à burrice, todos os demais argumentos estão declarados inúteis porque o capitalismo acabará com a humanidade se a cavalaria esquerdista não vier nos salvar.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Imagine, leitor, se você tivesse dedicado sua vida a argumentar em favor do comunismo e do caráter científico e inevitável do socialismo. Como professor, político, jornalista, religioso, intelectual ou simples militante partidário, gastou seu latim e seu português em condenar e em apontar as insuperáveis contradições do capitalismo e da economia de mercado. Fez todas as apostas possíveis na superioridade ética e técnica das teses esquerdistas.

Imagine. Você viu o muro de Berlim ser construído e tinha certeza de que o lado de lá era tudo de bom. Torceu pela União Soviética, pela China maoísta, pelo Vietnã, pelo Khmer Vermelho, pelas Brigate Rosse. Vestiu camiseta do Che. Teve foto do Danny le Rouge no guarda-roupa. Sacudiu bandeirinha de Cuba. Passou uma temporada lá, em 1969, plantando cana para atender ao apelo de Fidel. Teve arrepios cívicos quando a cadelinha Laika subiu para aquela turnê da tecnologia comunista no seu canil espacial. Vociferou contra a Primavera de Praga. Aplaudiu as ações dos tanques chineses na Praça da Paz Celestial. Bebeu champanhe no September 11. Fez tudo direitinho. Votou no partidão e no partidinho.

Imaginou? Dá para ter noção do pesadelo em que se transformou a vida nos últimos anos? Seus atuais porta-vozes e líderes são tipos como Hugo Chávez, Daniel Ortega, Evo Morales, Ahmadinejad. Você procura uma democracia construída sobre suas idéias e não encontra. Um livro que junte os cacos e reorganize consistentemente sua visão de mundo sobre as bases daquela crença? Nada. Um estadista de boa estirpe para seguir? Ninguém aparece.

É dureza. Na contramão, as idéias que combateu retiram inúmeras nações da fome e do atraso. As economias abertas alcançam níveis cada vez mais consistentes de desenvolvimento social. Todos os modernos e bem sucedidos estados nacionais aderem à democracia, ao pluralismo e possibilitam as mais amplas liberdades públicas. A própria China Comunista, no momento em que adotou o regime de livre empresa e restabeleceu o direito à propriedade privada, pôs em curso um dos mais espetaculares saltos econômicos e sociais que a humanidade já observou.

Complicado, não é mesmo? Se você estivesse nessa situação, o que iria dizer lá em casa? Pois eis que a cartola dos achados, a surrada cartola dos achados da esquerda marxista, vem de dar à luz seu mais recente coelho. Na ausência de qualquer coisa boa para apresentar aquém ou além da tal utopia, pariu-se o coelho do aquecimento global. O comunismo pode ter criado seus infernos, sim, mas o capitalismo fará o mundo ferver. Confirmar-se-á a profecia de Antônio Conselheiro: “O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão”.

Pronto! Quando deveríamos estar cuidando do planeta sem aderir à burrice, todos os demais argumentos estão declarados inúteis porque o capitalismo acabará com a humanidade se a cavalaria esquerdista não nos vier nos salvar. Verdade que o ambiente natural no Leste Europeu havia atingido grau inexcedível de degradação. Verdade que vivemos entre duas eras glaciais. Verdade que mudanças polares são fenômenos cíclicos. Mas nada disso interessa. O que importa é a mensagem e sua eficácia: nada é mais saudável que um bom atraso. A cavalaria está tocando a corneta das mudanças climáticas.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".