Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sonho de uma noite de verão?

SHRUGGED
16 de março de 2011


Uma amiga e grande jornalista, Luciene Miranda, fez sua estreia no site do jornal-digital Brasil 247. À parte o seu trabalho, sempre muito bem realizado – e todos os votos de boa sorte a ela e ao jornal -, não resisto à tentação de fazer alguns comentários em relação à entrevista com o diretor de Relações com Investidores da Petrobrás, Almir Barbassa.
Comentários assaz impertinentes, a considerar a sempre falta de tempo e disposição dos entrevistados quando têm de responder uma ou outra pergunta sem ranger os dentes e sair acusando aos outros de derrotista, conspirador ou o que mais possa criar as mais sagazes personalidades do mundo político-corporativo-estatal.
Há tempos o mercado financeiro usa todo o engenho propagandístico para incutir ao público – e também a investidores incautos – a lenda da estabilidade econômica, da confiança dos mercados. Claro, nunca se explica a quem recairá a bem-aventurança de saldar os débitos das aventuras empreendedoras, tampouco o que será sacrificado para que seja possível viver o sonho da prosperidade econômica, da inserção do Brasil ao seleto grupo dos países desenvolvidos, sem quem o Brasil seja um país desenvolvido ou ao menos civilizado.
Mas não nego que é, de fato, reconfortante saber, da boca do senhor Barbassa, que tudo vai muitíssimo bem com a Petrobrás, ainda que a empresa esteja em débito com os bancos estatais em 46 bilhões (ou seja, nosso rico dinheirinho tungado via impostos para sustentar toda essa aventura).
Tudo vai mesmo às mil maravilhas, ainda que o governo e a estatal, há tempos, venham aumentando suas dívidas por conta dessa pantomina que é o Pré-Sal.
Nada poderia ser melhor, ainda que a Exxon e a OGX tenham enterrado quase 1 bilhão de dólares para encontrar apenas hidrocarbonetos não-comerciais – e todo esse dinheiro contabilizado como perda, tornando-se o primeiro grande fracasso na exploração do pré-sal brasileiro – sem contar as constantes manobras contábeis para iludir o público.
Mas não percamos a esperança: o futuro será brilhante, ainda que não expliquem à população que, se com a graça de Deus for encontrado bom petróleo nas costas brasileiras, será preciso, no mínimo, uns 10 ou 15 anos para estabelecer plataformas que possam gerar uma produção que traga lucros para dar lastro a todo esse entusiasmo fomentado com mera propaganda.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".