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segunda-feira, 21 de março de 2011

19 de março de 1964: o dia que as mulheres do Brasil abalaram o Kremlin

VIVERDENOVO
SÁBADO, 19 DE MARÇO DE 2011



No dia 19 de Março de 1964, por iniciativa da neta de Rui Barbosa, as ruas de São Paulo foram tomadas por centenas de milhares de estudantes, donas de casa, operários... pedindo a queda do governo Goulart.


Por Orion Alencastro

Em um sinistro prédio de Moscou, o empoeirado depósito dos arquivos da ex-KGB guarda a pasta da informação levada ao conhecimento do primeiro-ministro e secretário do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), Nikita Sergeyvitch Khruchtchev: nas primeiras horas do dia 2O de março de l964, vindo do Brasil, era dado a conhecer o pedido da derrubada do governo do Brasil, por milhares de brasileiros.

Aquela informação fôra transmitida através dos telex criptográficos do escritório comercial da Rússia, em São Paulo, e do Consulado da República Democrática Alemã (RDA), pelos agentes secretos russos que, na tarde do dia 19 de março, assistiram impressionados a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, na capital de São Paulo.

A notícia do evento histórico que se espalhou pelo mundo afora dava conta de uma manifestação organizada e pacífica, com a participação de 600 mil pessoas, a maioria mulheres paulistas, além de trabalhadores, religiosos, estudantes, intelectuais, jornalistas, veteranos de guerra, empresários, funcionários públicos e entidades cívicas, maçônicas e de serviços. Vindas do interior e da zona metropolitana, se concentraram em praças centrais, se uniram e ,em coro, marcharam até a praça da Sé, diante da Catedral de São Paulo.

Nas escadarias do templo católico, líderes organizadores da marcha e populares protestaram contra o governo esquerdista da República, denunciando a corrupção, a desordem social dos movimentos grevistas, o desrespeito à propriedade privada e as idéias políticas de ameaça às liberdades e à destruição da democracia no Brasil.

Papa Paulo IV despertou com a boa nova

A Secretaria de Estado do Vaticano, devidamente informada pela nunciatura apostólica em Brasilia, comunicou o fato ao Papa Paulo IV, já bastante preocupado com a penetração ideológica comunista e os rumos incertos da América Latina.


Plano de ação combinado e financiado pela URSS converte-se em trampolim exportador da revolução comunista cubana para toda a América Latina, com apoio de partidos comunistas de todos os países. Projetava-se a URSAL, hoje objeto da ação em leque dos sustentadores do Foro de São Paulo e de presidentes caudilhescos.
A rádio Voz da América em Washington emitiu vários comentários sobre a inusitada multidão em defesa da democracia. As rádios de Havana, Pequim e Moscou, como era de se esperar, minimizaram o inédito acontecimento, confundindo os ouvintes de ondas curtas e o seu público, ao tratar o fato como uma manifestação popular que pedia reformas políticas no Brasil. 


A avaliação dos Serviços Secretos

Serviços de inteligência dos EUA e da Europa estimaram que a manifestação do povo em São Paulo era um sinal de que as pretensões de conduzir o Brasil para a órbita da URSS, seguindo Cuba, seria muito dificil. O clima de resistência ao governo João Goulart, em evolução nos principais centros metropolitanos - Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo - era o prenúncio de que as forças armadas deveriam surpreender e se posicionar em favor do sentimento nacional de repúdio ao governo, pois a imprensa alertava a sociedade e alardeava os riscos políticos contra a democracia.


Luiz Carlos Prestes , o cavaleiro solitário, comunista autêntico, com as convicções de dispor de todas condições objetivas para a tomada do poder no Brasil. Na expectativa de uma reforma constitucional para transformar o país em Republica Sindical Socialista, iludiu Nikita e impressionou a direção do PCUS. Mas, subestimou o carater nacional e a inequívoca fidelidade do Exército e forças armadas à sua Nação.
Mulheres em Marcha 


As imprensas brasileira e internacional da época registraram em suas páginas os inquietantes fatos conjunturais da política, dando destaque à impressionante manifestação da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, idealizada por uma simples religiosa, irmã Ana de Lurdes, neta do paladino de todas as liberdades, Ruy Barbosa, e que contagiou as mulheres de São Paulo e do país.

"A marcha foi uma reação à baderna que estava tomando conta do país. Não podiamos deixar as coisas continuarem do jeito que estavam, sob o risco de os comunistas tomarem o poder", conforme declaração de Maria Paula Caetano da Silva, fundadora da União Cívica Feminina.

A mulher brasileira derrotou o Kremlin e o PCB

Quando o Kremlin recebeu a informação, o secretário do PCB soviético pôde avaliar com seus colaboradores a dificuldade em conquistar o Brasil, principalmente pela força de mobilização de suas mulheres, da cultura católica e religiosidade do povo brasileiro e das forças armadas eminentemente cristãs.

No dia 10 de janeiro daquele ano, Luiz Carlos Prestes, secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi a Moscou atualizar Nikita sobre o desenvolvimento dos planos que conduziriam o seu país para a órbita soviética. Nikita foi informado de que "os comunistas brasileiros estavam conduzindo os setores estratégicos do governo federal e se preparavam para a tomada do poder".

A bem da verdade, Prestes subestimou as possibilidades de reação da sociedade brasileira e avaliou mal o mosaico de poder estruturado com o PCB dentro do Governo João Goulart, inclusive com os generais do povo e a estratégia aliada de Leonel Brizola, Governador do Rio Grande do Sul, cunhado do presidente, tudo com apoio financeiro de Fidel Castro para a sovietização do Brasil.

Projetava-se a República Sindical Socialista do Brasil, fato bastante conotativo com o que se passa no país hoje, sob os ensaios tirânicos do seu presidente, Luiz Inácio da Silva. Em 31 de março de l964, iniciou-se a sucessão de fatos que livraria o país do comunismo e que contribuiu para ruir as pretensões soviéticas na América Latina.

A poderosa URSS se fragmentou na comprovação do tempo de que o comunismo escravagista foi um imperdoável engano contra a liberdade do homem sobre o planeta Terra.

Em decorrência da Marcha da Família com Deus pela Liberdade e para desmistificar a zombaria da esquerda e a sua ação subterrânea inconformada com a vitória da contra-revolução que garantiu a vitória da democracia no Brasil, é saudável avivar o coração e a alma dos brasileiros para se conscientizarem das ameaças da hora presente.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".