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segunda-feira, 21 de março de 2011

Debuquisondeteibol. Ou O caso dos ministros revistados confirma que um policial bem treinado reconhece de longe quem tem culpa no cartório.

AUGUSTO NUNES
20/03/2011 às 14:35 \ Direto ao Ponto


“Ministro meu não vai tirar sapato para revista”, gabou-se durante oito anos o ex-presidente Lula, tentando transformar em agressão à honra nacional um episódio sem maior relevância protagonizado em 2002 por Celso Lafer, então ministro das Relações Exteriores. Mas pode ser humilhado com sapatos, soube o país em julho do ano passado, quando o chanceler Celso Amorim foi impedido pelo governo israelense de entrar na Faixa de Gaza e sumariamente despachado de volta para casa.
Desmoralizada por Amorim, a bravata do palanqueiro acaba de ser pulverizada pela rigorosa revista a que foram submetidos por policiais americanos ─ em território brasileiro ─ quatro ministros de Estado. Edison Lobão e Guido Mantega foram ministros de Lula e continuam titulares no time de Dilma Rousseff. Aloízio Mercadante ganhou o emprego por ter perdido a eleição de que participou por ordem de Lula e Dilma. Fernando Pimentel é um pupilo de Dilma que Lula topou engolir.
Ao chegarem para o encontro da Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos, foram todos apalpados com minúcia e vagar pelas mãos de agentes do esquema de segurança de Barack Obama.  Os quatro deixaram o local do evento antes do discurso do presidente americano. “Eles não pensaram duas vezes para retirar-se”, equivocou-se o site doEstadão. Pensaram muito mais que duas vezes em pedir para sair.
Pensaram nisso a cada apalpadela mais forte, como atestaram a cara amuada de Mercadante, os muxoxos de Mantega e os rosnados em surdina de Edison Lobão. E voltaram a pensar quando descobriram que os organizadores do evento não haviam providenciado um sistema de tradução simultânea. Só então decidiram bater em retirada. Abandonaram o recinto não por sobra de altivez, mas por falta de fones de ouvido.
No momento da revista, os pais-da-pátria já tinham oferecido aos fotógrafos a expressão do aristocrata pilhado com as calças puídas nos fundilhos. Preferiram poupar-se de posar para a posteridade com o olhar idiotizado do monoglota que simula com movimentos de cabeça estar entendendo o que lhe parece tão inteligível quanto um poema em grego antigo.  O quarteto caiu fora porque o vocabulário em inglês não vai muito além do debuquisondeteibol.
Edison Lobão diz que os organizadores da visita haviam prometido dispensar ministros de revistas e quer explicações do chanceler Antonio Patriota. O acerto certamente foi transmitido à turma da segurança, mas acabaram prevalecendo o instinto e a experiência de profissionais treinados para reconhecer de longe quem tem culpa no cartório. Diante da aproximação de um Edison Lobão, por exemplo, qualquer policial americano do primeiro time precisa de muito sangue-frio para não levar a mão ao coldre.
Lobão até que tem sorte. Se os agentes de Obama soubessem português e conhecessem o prontuário disfarçado de ministro, “Magro Velho” não escaparia de um “Teje preso!” com sotaque americano.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".