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sexta-feira, 11 de março de 2011

Brasil condena intolerância religiosa em sessão na ONU

VEJA
10/03/2011 - 20:42


Entre os pontos citados, está a discriminação contra a fé Bahai, cujos membros são perseguidos no Irã. É o segundo movimento da semana que mostra um distanciamento do Itamaraty em relação ao regime dos aiatolás




Mariana Pereira de Almeida
Mulheres participam de protesto contra o regime iraniano, na praça das Nações Unidas, perto da sede da ONU em Genebra
Mulheres participam de protesto contra o regime iraniano, na praça das Nações Unidas, perto da sede da ONU em Genebra (Fabrice Coffrini/AFP)
“O Brasil deplora veementemente todas as ações de discriminação e incitação ao ódio religioso que vêm ocorrendo em várias partes do mundo. Muitas vidas inocentes foram perdidas por causa da intolerância e da ignorância”. 
Declaração oficial da missão brasileira no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra
A missão brasileira na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra fez nesta quinta-feira uma declaração enfática, condenando a intolerância religiosa no mundo. O posicionamento foi manifestado durante a sessão sobre "liberdade de religião e crenças” do Conselho de Direitos Humanos, cuja 16ª reunião ocorre desde o final de fevereiro. A condenação foi trazida a publico três dias após o Brasil prestar uma homenagemà iraniana e ferrenha opositora do regime dos aiatolás Shrin Ebadi. Ambos os atos demonstram que o Itamaraty está mudando a política externa adotada pelo governo anterior, que se aproximava de regimes islâmicos ou ditatoriais - e do Irã em particular - ignorando suas violações aos direitos humanos. 

A declaração oficial, lida na sessão principal do dia no Conselho de Direitos Humanos e obtida pelo site de VEJA, diz: “O Brasil deplora veementemente todas as ações de discriminação e incitação ao ódio religioso que vêm ocorrendo em várias partes do mundo. Muitas vidas inocentes foram perdidas por causa da intolerância e da ignorância”. 

O documento afirma que o Brasil está preocupado com a situação dos seguidores de certas religiões que são alvos de discriminação em diversas partes do mundo, como as crenças de origem africana e a fé Bahai, um dos maiores grupos não muçulmanos, perseguido no Irã.  “O Brasil reitera seu compromisso de assegurar uma sociedade plural, tolerante e livre. A liberdade de religião e de crenças é um direito fundamental garantido pela Constituição do país”.
O texto é uma das ações mais representativas do Brasil em um importante fórum internacional nos últimos anos. Além de pontuar aspectos claros – o que cria dentro da ONU a necessidade de se obter respostas -, o documento mostra que o Brasil está dando mais importância aos direitos humanos. A ação é, portanto, um novo sinal de que o país vai condenar violações a estes direitos em países como o Irã.
O outro sinal veio na última segunda-feira, quando a missão brasileira na ONU prestou uma homenagem a Shirin Ebadi, oferecendo-lhe um almoço junto com embaixadores de diversos países da entidade. As organizações que defendem os direitos humanos pedem o apoio do Brasil na votação de uma resolução no próximo dia 21, nas Naçõe Unidas, condenando as violações na República Islâmica e estabelecendo o envio de um relator especial ao país. 
Histórico - Mesmo antes de sua posse, a presidente Dilma Rousseff já vinha dando sinais de que mudaria a política externa do Brasil. Em uma entrevista concedida ao jornal americano The Washington Post, em dezembro do ano passado, ela condenou o apedrejamento no Irã e qualquer outro tipo de "prática ‘medieval’ contra mulheres”. Ela se referia à sentença decretada contra a iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani por adultério pela arbitrária Justiça da Repúlica Islâmica. 
A declaração de Dilma marcou um contraste com a política externa que o Itamaraty vinha adotando nos últimos oito anos. Um mês antes da entrevista da presidente, o Brasil - sob a batuta de Luiz Inácio Lula da Silva - se recusou a apoiar uma resolução na ONU que pedia o fim do apedrejamento no Irã. A medida, que acabou sendo aprovada mesmo sem o voto do Brasil, também condenava Teerã por "graves violações de direitos humanos" e por silenciar jornalistas, blogueiros e opositores.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".