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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Bestialização do ser humano e cumpanhêros produtô de cóca muito feliz com "o retorno do investimento" feito em 1990

Fonte: ESTADÃO
Terça-Feira, 17 de Novembro de 2009



O título deste artigo do ESTADÃO é este abaixo e o vídeo acima explica muito bem o porque desta situação:


40% dos viciados começam a se drogar antes dos 12



Estudo foi feito por centro do Estado que trata dependentes; defasagem escolar é uma das sequelas do uso de entorpecentes na infância



Fernanda Aranda

Levantamento recém-concluído pelo Centro Estadual de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) mostra que em São Paulo a dependência química começa ainda na infância. O acompanhamento de 112 jovens atendidos na unidade mostrou que, em média, quatro em cada dez deles começaram a usar entorpecentes, lícitos ou não, antes dos 12 anos de idade. Das crianças e adolescentes recebidos no local - uma das únicas referências públicas no atendimento -, 17 deles têm entre 7 e 9 anos de idade, fase em que ainda há troca de dentição.

A pouca idade que apareceu na amostra estudada pelo Cratod é ainda menor do que a faixa etária detectada em outros levantamentos. A Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), por exemplo, em seus dados estatísticos sobre o uso de drogas psicotrópicas, aponta que entre os estudantes dos Ensino Fundamental e Médio das 27 capitais brasileiras, a idade relatada para o primeiro uso de crack é de 13,8 anos. Entre as crianças estudadas no centro estadual de São Paulo, bebida alcoólica e cigarro são citados em índices semelhantes ao de maconha, inalantes e crack.

A defasagem escolar desponta como uma das sequelas do uso de drogas na infância, uma vez que 33% dos meninos com menos de 11 anos que participaram da pesquisa estão fora da escola. Mas a distância da sala de aula não é o único impacto social mapeado. "A maior parte deles, cerca de 70%, cumpre medidas socioeducativas na Fundação Casa", afirmou o autor do estudo e coordenador do Programa de Adolescente do Cratod, Wagner Abril Souto. "O restante está em algum abrigo, ou porque viviam em situação de rua ou sofriam algum tipo de violência doméstica", disse o pesquisador.

Essa geração de meninos dependentes de drogas pesadas faz parte da história dos 20 anos de crack na cidade de São Paulo - a primeira apreensão policial paulistana foi em 1989. O estudo também sugere a influência dos pais no comportamento destrutivo dos filhos. Das crianças e adolescentes que participaram do levantamento, que teve início no ano de 2007, 39% informaram que os pais têm problema com o uso de álcool. Além disso, 6% disseram conviver com mãe e pai que usam crack em casa.

Para Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad), ligada à Unifesp, apesar de o espelho hereditário ter influência no uso precoce de drogas, a explicação para os produtos ilícitos estarem mais próximos das crianças e adolescentes é outra. "A droga é um fenômeno urbano. Os preços têm ficado cada vez mais baratos, a distribuição mais eficiente e o tráfico mais profissionalizado", disse Laranjeira. "E a resposta do governo, em programas e projetos, não é eficaz. Isso facilita o acesso."

FUTURO AMEAÇADO

Enquanto as pesquisas evidenciam a iniciação cada vez mais cedo na rotina da dependência, outros estudos enfatizam o destino complicado dos usuários. Laranjeira acompanhou por 12 anos 124 dependentes de crack da capital paulista. A maioria foi vítima de morte violenta - os homicídios responderam por 17,6% dos casos ainda nos cinco primeiros anos de uso da substância ilícita. Os que conseguiram "driblar" os assassinatos esbarraram na aids, uma vez que o HIV matou um terço deles. Menos de 10% dos pacientes estudados morreram de overdose.

Não são apenas as drogas ilícitas que encurtam a sobrevida dos dependentes. Segundo dados do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo (Proaim), computados pelo Estado, entre 2003 e 2008, morreram 45 pessoas na cidade com menos de 29 anos vítimas de alcoolismo - o que também indica início precoce, pois os prejuízos físicos do álcool demoram até uma década para aparecer.

Além das pesquisas, os agentes que saem a campo também têm encontrado crianças e adolescentes. Na cracolândia - circuito de ruas na região central paulistana onde há a maior boca de fumo a céu aberto -, os agentes que participam da Operação Centro Legal estimam que 10% dos abordados têm menos de 18 anos. Desde julho, a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a polícia, está no local na tentativa de resgatar os usuários. No período, foram 27.865 abordagens de dependentes e 1.645 encaminhamentos ao tratamento médico.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".