Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O Hospital da Mulher não tem problema algum, está no prazo e tudo é divino e maravilhoso. Tá na propaganda!

Fonte: BLOG DO WANFIL
18/11/2009

A Prefeitura de Fortaleza tem veiculado uma propaganda sobre o Hospital da Mulher no melhor estilo “duplipensar”, celebrado por George Orwell na clássica distopia 1984. O truque consiste em tomar a mentira por verdade de forma calculada e mais doentio ainda, sincera (ver nota abaixo). Vejam o vídeo da peça que também pode ser conferida na página da PMF.



Reparem no trecho inicial, narrado não por acaso por uma voz feminina: “Para tratar exclusivamente da saúde feminina a Prefeitura de Fortaleza está investindo 66 milhões de reais na construção do Hospital da Mulher. As obras seguem o ritmo previsto. No primeiro de quatro blocos, onde vão funcionar os consultórios, as construções estão bem avançadas”.

A verdade
O valor citado de 66 milhões de reais não é um investimento integral da Prefeitura de Fortaleza. O texto omite que cerca de 11 milhões são do Governo Federal, e que sobre esse valor o TCU já relatou suspeitas de sobrepreço na obra, na ordem de 4 milhões.


De resto, não bastasse a evidência constrangedora de que o Hospital da Mulher foi uma promessa para o primeiro mandato de Luizianne Lins, fato que prova o atraso na construção, resta concluir que após sucessivas prorrogações de prazo, as obras sempre estarão “no ritmo previsto”, dado o rigor e a firmeza de quem o estipula. Dizer que não existe atraso é mais do que uma simples mentira, é apostar que as pessoas são idiotas. (Ver post
Luizianne e o Hospital da Mulher na hora de pedir voto).


Duplipensar
No início deste post citei o escritor George Orwell, que magistralmente registrou a capacidade de algumas pessoas de viver em contradição sem nunca reconhecer um erro. Orwell a chamou de “duplipensar”: uma técnica totalitária que consiste em enganar a memória. Abaixo transcrevo uma breve passagem do livro, para definir digo:


“Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da democracia e que o Partido era o guardião da democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra “duplipensar” era necessário usar o duplipensar”.

Um comentário:

Eduardo Araújo disse...

Caro Cavaleiro,

Sou de Fortaleza, cidade infelizmente sob administração petista e mais infeliz, ainda, da Luiziane Lins.

Confirmo o post inteiramente e acrescento: não é apenas o Hospital da Mulher, mas inúmeras outras obras prometidas pela prefeitura e alardeadas em seu marketing, sem obedecerem aos cronogramas.

Em alguns casos, a gestão esquerdista é um primor de desastre, como aconteceu há dois anos no carnaval de rua. Um setor de arquibancadas ruiu, com pessoas, inclusive idosas, sentadas, que por sorte sairam apenas com ferimentos.

A prefeita, num ápice de imbecilidade esquerdista, pôs-se a acusar os seus adversários (leia-se: os tucanos do PSDB, que para os idiotas petistas são "a direita" brasileira) de terem feito sabotagem! (acredite se quiser). Quando saiu o laudo, ela caiu bonitinho do cavalo, pois a conclusão apontou erros grosseiros na montagem, indicando a falta de preocupação com a qualidade em favor da contratação de uma empresa digamos ... Amiguinha da gestão petista. Quanta hipocrisia dessa gente.

Abraços
Eduardo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".