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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Basta de vassalagem ideológica

Fonte: MONITOR MERCANTIL
29/07/2009 - 16:07

O recente episódio do “acordo” feito entre Lula e o bispo Lugo, famoso pelo seu apetite material, em especial no que concerne ao abuso cometido contra ex-paroquianas, algumas até menores de idade, configura mais uma atrocidade cometida contra o Brasil e seu povo.

Segundo o jurista Paulo Brossard, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF): “Ao oferecer o que ofereceu a D. Lugo, o presidente Luiz Inácio pretendeu doar o que não lhe pertence, mas ao Brasil, e pretendeu dispor de cláusulas de um tratado que, ratificado e promulgado, passou a fazer parte do direito positivo nacional, o que o presidente não pode revogar a seu arbítrio; configura o que se chama crime de responsabilidade”.

O fato em sua seca objetividade estampa que o presidente da República se permitiu, para mimosear o país vizinho, alterar unilateralmente o Tratado de Itaipu, em pontos maiores ou menores, pouco importa; o valor pago pela cessão de energia aumentará de US$ 120,3 milhões para US$ 360 milhões, e o Estado se obriga a criar um fundo binacional e ao financiamento de uma linha de transmissão de Itaipu a Assunção, orçada em US$ 450 milhões.

Além disto, a estatal paraguaia Ande poderá, gradualmente, vender a energia excedente no mercado livre brasileiro e o “governo” brasileiro ainda se comprometeu a financiar obras, até em turismo, e conceder créditos do BNDES e do Banco do Brasil para outros projetos de infra-estrutura.

De fato, é a submissão total a um governo estrangeiro que foi eleito com uma plataforma eleitoral apoiada principalmente na bandeira de que, se eleito, o perigoso bispo obrigaria o Brasil a rever suas posturas imperialistas, recuperando plenamente sua soberania sobre Itaipu. Lula ainda procurou justificar sua postura afirmando: “Países maiores têm obrigação de ajudar países menores a dar um salto de qualidade”.

É evidente que o indecente “acordo” terá que ser apreciado pelo Congresso Nacional. Infelizmente, o histórico mostra que o mesmo limita-se a ratificar qualquer absurdo cometido contra os Objetivos Nacionais Permanentes (ONP): Progresso, Soberania, Democracia, Paz Social, Integração Nacional e Integridade do Patrimônio Nacional. Peca por omissão ou por cumplicidade.

Pouco a pouco, o rico patrimônio legado por nossos ascendentes vai sendo dilapidado, passo a passo, principalmente desde a Era Collor. E o pior. Isto foi feito para impedir a derrubada de Lugo, pois o mesmo encontra-se em posição bastante débil, não só em função de sua fraca e conflitante base de apoio, como pela sua medíocre administração e desmoralização crescente, após a divulgação dos escândalos sexuais divulgados.

O fulcro da questão reside no fato de que Lugo é um aliado ideológico de Lula, pois ambos pertencem à mesma corrente com matriz no Foro de São Paulo. Não é por acaso que os interesses nacionais têm sido duramente prejudicados em eventos anteriores envolvendo outros parceiros ideológicos, como Chávez da Venezuela, Morales da Bolívia e Corrêa do Equador, principalmente.

Até refinarias da nossa Petrobras foram ocupadas por tropas bolivianas. Suportamos uma situação bastante desfavorável em relação à Argentina, passando de uma posição altamente superavitária na balança comercial para a atual, amplamente deficitária, em função de medidas protecionistas adotadas pelos nossos “hermanos”.

Só agora a administração petista começa a reagir graças à pressão do nosso setor exportador. E a administração de Lula vai cedendo, concedendo benesses aos alienígenas em evidente desfavorecimento do nosso povo. O argumento de que os preços da energia não vão subir é ridículo. Se não subirem, os impostos aumentarão. Não há conta sem que alguém pague. E o pobre do contribuinte brasileiro será mais uma vez penalizado.

Fomos, somos e seremos explorados pelas nações mais ricas, até que o povo brasileiro se conscientize e reaja, sem nunca termos sido objeto de benesses semelhantes. Somos generosos sim, mas, em nosso entendimento, só poderemos ajudar aos outros povos quando a situação do nosso povo estiver satisfatória, com pleno atendimento das nossas necessidades coletivas, o que não ocorre.

Nossos irmãos brasileiros padecem de péssimas condições de vida, qualquer que sejam os indicadores escolhidos. Pagamos uma das maiores cargas tributárias do mundo, sem a devida contrapartida.

O contribuinte comum não possui direitos e sim deveres. As condições de saúde, educação, previdência, segurança pública, energia, transportes, comunicações, etc. são caóticas.

A administração Lula enfraquece deliberadamente nossas Forças Armadas, cumprindo orientações externas e prosseguindo na trilha iniciada por Collor e agravada por FHC, enquanto, em uma reivindicação esquizofrênica, continua a pleitear um assento no Conselho de Segurança Nacional da ONU. Com qual objetivo?

Até a Índia acaba de lançar no mar seu submarino nuclear feito com recursos próprios, enquanto o nosso tem seu planejamento de execução adiado a cada dia. Resta-nos pressionar o Congresso Nacional de modo incisivo, através de uma grande mobilização nacional, para tentar impedir mais uma traição à Pátria.



Marcos Coimbra

Conselheiro diretor do Cebres, professor de Economia e autor do livro Brasil Soberano.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".