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terça-feira, 10 de março de 2009

A democracia ameaçada

ÚLTIMO SEGUNDO
07/03/2009 - 18:36 - Nahum Sirotsky, correspondente iG em Israel

TEL AVIV - A alienação das maiorias com relação ao que acontece no mundo é fenômeno internacional. Os povos e nações não chegaram a assimilar os significados de globalização e interdependência antes de ingressarmos na crise. Na sua maioria, sentem-se desorientados pelo noticiário.


Num dia o mundo parecia o melhor dos mundos. No outro, o pior. O que aconteceu? Veio insegurança individual quanto à próxima fonte de seu pão. O medo cresce. Até minorias enriquecidas no bons tempos estão  assustadas.


Até onde e a quem chegará a crise? As mais gigantescas empresas, sinônimos de fortalezas inexpugnáveis, balançam em precário equilíbrio. Os mais poderosos bancos. A mais poderosa empresas de seguros. Empregadores de centenas de milhares de indivíduos espalhados pelo mundo podem falir! Ninguém, gênio algum, parece saber qual a profundeza do inferno criado.


A mídia escrita ainda não se conscientizou que seu papel de meio de informação não é mais suficiente. Não encontrou um caminho a seguir.  É simplório demais, esteja sendo ultrapassada na antiga missão de informar pela agilidade da internet e outros meios eletrônicos.


Ter perdido anunciantes e leitores. Falta de dinheiro? Ou ao não ter comprendido que tinha de adequar às mudanças? Houve   tempos que navegadores se orientava pelas estrelas. Mas hoje o GPS   indica o caminho certo. Os satélites enxergam lá de cima.


Quem tem GPS nem de mapa carece. Maravilha das maravilhas. Ninguém se perde. Mas o GPS ainda não lhe ajuda a navegar pelo abstrato. Muralha. Ele não explica nada. Só indica o caminho pedido.


A grande falha da mídia tradicional é a de não  contribuir para que se compreenda a época em que se vive. Ou a contribuição é mínima. O indivíduo de nossos dias sente-se sozinho num mar sem fim, sem ninguém por  perto para salva-lo. Nada que torne seus dias menos angustiantes sem sequer ter vaga ideia de onde está. Tentar alienar-se é como fechar os olhos para não ver o leão faminto nas proximidades. Ninguém escapa.


O que sabem da crise além de seus efeitos? Ou a humana esperança  de a vítima ser o outro. Não pensar. Basta atentar para o peso e seriedade com que o noticiário que ignora a crise é tratado pela mídia. O destaque, estilo,  paroquealismo, o convencionalismo das chamadas, lideranças que continuam brigando por cargos e poder. Para quê? Falar  de reformas que eram urgentes em outros tempos como se fossem atuais. Sustentam-se em velhas mentiras e promessas irrealizáveis. E tirando dos bolsos de sempre. Dos contribuintes.


A cada dia, acompanhando-se o chamado noticiário, verifica-se que  ondas subterrâneas de falta de confiança no Estado e governos surgem e se acentuam. E a qualquer momento virão à superfície ferozmente tormentosas.


Nada mais perigoso e explosivo do que explorar o mal-estar por  mesquinhos objetivos políticos. Tentar esconder a verdade com retórica demagógica não vai longe. Quando falta o pão é um Deus nos acuda. Mais perigoso ainda quando não se sabe a razão. Quando não ajudam  o indivíduo se encontra no meio da confusão pela qual não tem culpa alguma. Mesmo os que não sabem nadar têm o direito de tentar a salvação. A notícia importa menos do que o significado e as consequências.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".