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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Velha novidade

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Thomas Sowell em 07 de maio de 2008

Resumo: A proteção a criminosos, o ataque a empresários, o aumento de despesas governamentais, a promoção da inveja e descontentamento, o aumentar impostos para os que são produtivos e o subsídio para os que não são – tudo isso é uma reprise dos anos 1960, representada por Barack Obama.

© 2008 MidiaSemMascara.org

Muitos anos atrás, o grande rebatedor Paul Waner estava se aproximando do fim de sua longa carreira. Ele começou uma partida com 2999 rebatidas – há uma rebatida da marca histórica de 3000 que muitos rebatedores gostariam de atingir, mas que muito poucos realmente conseguem.

Waner atingiu uma bola que o fielder[1] não conseguiu interceptar inteiramente, e o juiz considerou isso uma rebatida, perfazendo a sua 3000ª. Paul Waner então mandou dizer ao juiz que ele não queria que aquela rebatida questionável fosse a que o colocaria numa posição de destaque.

O juiz reverteu a decisão e assumiu o erro. Mais tarde, Paul Waner conseguiu uma rebatida limpa para ser a 3000ª.

Isso me vem à mente quando vejo o grande fervor que muitos parecem sentir a respeito da possibilidade de ter o primeiro negro como presidente dos EUA.

Sem dúvida, é uma questão de tempo para que haja um presidente negro, tal qual era apenas uma questão de tempo para que Paul Waner atingisse a marca de 3000 rebatidas. A questão é se queremos atingir tanto essa marca histórica que estamos dispostos a desconsiderar o quão questionável são os meios de atingi-la.

Paul Waner teve muito orgulho de aceitar a rebatida suada e inquestionável. Escolher um presidente dos EUA é muito mais momentoso que bater um recorde do beisebol. Precisamos como eleitores ter muito mais preocupação sobre quem colocamos para decidir o destino de uma nação e de gerações ainda por vir.

Não há razão para que alguém tão arrogante, idiotamente inteligente e em última análise perigoso quanto Barack Obama se torne presidente – especialmente não em um momento em que a ameaça de terroristas internacionais com armas nucleares espreita os mais de 300 milhões de americanos.

Muitos parecem considerar eleições como ocasiões para descarregar emoções, tal como torcer para seu time ou escolher a Rainha da Escola.[2]

Os três candidatos estão sendo discutidos em termos demográficos – raça, sexo e idade – como se isso fosse o mais importante para o cargo.

Um dos mais dolorosos aspectos do estudo de grandes catástrofes do passado é descobrir como muitas pessoas estavam preocupadas com trivialidades quando se encontravam à beira do abismo. A demografia da presidência é muito menos importante do que o momentoso peso da responsabilidade inerente ao cargo.

Apenas o poder de nomear juízes federais para as cortes de julgamento e apelação em todo o país, incluindo a Suprema Corte, pode ter um enorme impacto por décadas no futuro. Não há sentido em se sentir indignado por coisas decididas por juízes federais se você vota, na base da emoção, naquele que os nomeia.

Barack Obama já deu indicações de que quer juízes que façam política social em vez de simplesmente aplicarem a lei. Ele já tentou evitar que jovens criminosos fossem julgados como adultos.

Apesar de o senador Obama se apresentar como um candidato das coisas novas – usando o mantra “mudança” indefinidamente – a verdade pura e simples é que virtualmente tudo o que ele diz sobre política doméstica vem diretamente dos anos 1960 e virtualmente tudo o que ele diz sobre política externa vem diretamente dos anos 1930.

A proteção a criminosos, o ataque a empresários, o aumento de despesas governamentais, a promoção do sentimento de inveja e descontentamento, o aumento de impostos para aqueles que são produtivos e o subsídio para os que não são – tudo isso é uma reprise dos anos 1960.

Pagamos um preço altíssimo por tais noções daquela década nos anos que se seguiram, na forma de taxas de criminalidade rapidamente ascendentes, inflação e desemprego de dois dígitos. Durante os anos 1960, os guetos em todo o país foram sacudidos por distúrbios dos quais muitos ainda não se recobraram.[3]

A violência e destruição foram concentradas não onde havia a maior pobreza ou injustiça, mas onde havia os políticos mais esquerdistas, que promoviam o descontentamento e paralisavam a polícia. (C.T. - sentiram a semelhança com o Brasil de já algumas décadas?)

Internacionalmente, o que o senador Obama propõe – inclusive os encontros midiáticos de chefes de estado – foi tentado durante os anos 1930. Isso, em nome da paz, foi o que levou à mais catastrófica guerra da história humana.[4]

Tudo parece novo àqueles muito jovens para lembrar o passado e muito ignorantes em história para ter ouvido falar a seu respeito.

Thomas Sowell é doutor em Economia pela Universidade de Chicago e autor de mais de uma dezena de livros e inúmeros artigos, abordando tópicos como teoria econômica clássica e ativismo judicial. Atualmente é colaborador do Hoover Institute.

Publicado por Townhall.com

Tradução de Antônio Emílio Angueth de Araújo

[1] O fielder é uma espécie de defensor no jogo de beisebol, que no caso tenta agarrar a bola com a luva antes que ela toque o chão ou saia do campo.

[2] Tradição americana de escolher uma estudante para ser coroada a rainha da escola ao final do curso secundário ou universitário. (N. do T.)

[3] Ver, de Sowell, Conseqüências dos anos 1960. (N. do T.)

[4] Ver, de Sowell, Moralmente paralisado. (N. do T.)

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".