Oficiais aplaudem discursos contra terras indígenas e ONGs - Por Evandro Éboli – O Globo
Em um plenário repleto de oficiais de alta patente, foi instalada ontem, na Câmara, a Frente Parlamentar de Apoio às Forças Armadas na Amazônia, que tem o apoio oficial de Exército, Marinha e Aeronáutica. A frente é formada, na sua maioria, por parlamentares da Região Norte, que têm discursos contrários à demarcação de terras indígenas e à presença de ONGs na Amazônia. Os três comandantes militares não compareceram, mas enviaram representantes graduados à solenidade. Em vários momentos, os oficiais aplaudiram discursos dos deputados.
O deputado Ernandes Amorim (PTB-RO) chegou a criticar a presença de um civil - Nelson Jobim - no comando do Ministério da Defesa, sem ser contestado:
- Sou contra a presença de um civil à frente do Ministério da Defesa. Tem que ser um militar seja da reserva ou da ativa, que entende o que é caserna e que seja um nacionalista.
O coordenador da frente é o deputado Édio Lopes (PMDB-RR), contrário à demarcação contínua de Raposa Serra do Sol. Lopes afirmou que o comandante Militar da Amazônia, general Augusto Heleno, foi convidado para o evento. O ministério recomendou ao general que evite comparecer a audiências públicas no Congresso.
- Como diz o general Heleno, a política indigenista no Brasil é um equívoco - disse Lopes.
Ministro da Defesa diz que não se sente atacado
Na mesa principal do evento estavam o chefe do Estado-Maior do Exército, general Luiz Edmundo Carvalho; o brigadeiro Paulo Roberto Britto, chefe do Estado-Maior da Aeronáutica; e o almirante Aurélio Ribeiro, chefe de Operações Navais. Carvalho disse que espera bastante da frente parlamentar em defesa da presença militar na Amazônia. - A criação da frente pode trazer enormes benefícios para o país e a segurança nacional.
O general disse não desconhecer a posição dos deputados sobre Raposa. Ele preferiu não emitir opinião sobre a reserva porque o assunto será julgado pelo Supremo.
O deputado Moreira Mendes (PPS-RO) disse que, sem a presença dos militares na Amazônia, a região será totalmente entregue às ONGs. O ministro Nelson Jobim disse que não se sentiu atacado. Afirmou que apóia e ajudou a articular a criação da frente para tornar mais ampla a atuação da bancada da Amazônia no Congresso. - Os órgãos de defesa estão prioritariamente voltados para a Amazônia. Inclusive o plano estratégico de defesa privilegia o aumento do efetivo militar na Amazônia - disse Jobim, do Haiti. Colaborou Chico de Góis
O deputado Ernandes Amorim (PTB-RO) chegou a criticar a presença de um civil - Nelson Jobim - no comando do Ministério da Defesa, sem ser contestado:
- Sou contra a presença de um civil à frente do Ministério da Defesa. Tem que ser um militar seja da reserva ou da ativa, que entende o que é caserna e que seja um nacionalista.
O coordenador da frente é o deputado Édio Lopes (PMDB-RR), contrário à demarcação contínua de Raposa Serra do Sol. Lopes afirmou que o comandante Militar da Amazônia, general Augusto Heleno, foi convidado para o evento. O ministério recomendou ao general que evite comparecer a audiências públicas no Congresso.
- Como diz o general Heleno, a política indigenista no Brasil é um equívoco - disse Lopes.
Ministro da Defesa diz que não se sente atacado
Na mesa principal do evento estavam o chefe do Estado-Maior do Exército, general Luiz Edmundo Carvalho; o brigadeiro Paulo Roberto Britto, chefe do Estado-Maior da Aeronáutica; e o almirante Aurélio Ribeiro, chefe de Operações Navais. Carvalho disse que espera bastante da frente parlamentar em defesa da presença militar na Amazônia. - A criação da frente pode trazer enormes benefícios para o país e a segurança nacional.
O general disse não desconhecer a posição dos deputados sobre Raposa. Ele preferiu não emitir opinião sobre a reserva porque o assunto será julgado pelo Supremo.
O deputado Moreira Mendes (PPS-RO) disse que, sem a presença dos militares na Amazônia, a região será totalmente entregue às ONGs. O ministro Nelson Jobim disse que não se sentiu atacado. Afirmou que apóia e ajudou a articular a criação da frente para tornar mais ampla a atuação da bancada da Amazônia no Congresso. - Os órgãos de defesa estão prioritariamente voltados para a Amazônia. Inclusive o plano estratégico de defesa privilegia o aumento do efetivo militar na Amazônia - disse Jobim, do Haiti. Colaborou Chico de Góis
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