por Ipojuca Pontes em 31 de março de 2008
Resumo: O que se esconde por trás do João Pedro Stédile? Por que diante de tantos atos de terrorismo explícito do MST a justiça não consegue colocá-lo por trás das grades?
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“O MST é o braço armado do PT no campo”
(de uma faixa vermelha exposta num acampamento da organização comunista, em São Paulo)
Eis a cronologia da violência organizada: no dia 4 de março cerca de 900 militantes profissionalizados do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e Via Campesina destruíram a Fazenda Tarumã, em Rosário do Sul, ocasião em que a reincidente “campesina” Irma Maria Ostrosky, de foice na mão, tentou degolar o coronel Lauro Binsfield, da Brigada do Rio Grande do Sul. O coronel, para não morrer, defendeu o pescoço com um dos braços que, rasgado em suas carnes, levou sutura de 20 pontos.
Dia 7, na sua vasta ofensiva contra a expansão do pleno desenvolvimento socioeconômico do campo, centenas de integrantes do “movimento” invadiram unidade agrícola da Monsanto, em Santa Cruz das Palmeiras (SP), e destroçaram fazenda experimental de milho transgênico. Um pouco mais tarde, em Pernambuco, antes de ocupar a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S. Francisco, em Petrolina, os integrantes do MST atearam fogo na casa grande do engenho Cachoeira Dantas, em Água Preta. Na mesma hora e estado, um bando enfurecido ocupou as terras do engenho Pereira Grande, no município de Gameleira, ameaçando os proprietários e trabalhadores rurais. De quebra, em São Paulo, ocuparam boa parte da Usina Cevasa, da Cargill, em Patrocínio Paulista.
No dia 9, no Maranhão, hordas de invasores do MST ocuparam e depredaram as instalações da fazenda Monte Líbano, da Ferro Gusa Carajás, em Açailândia. Com igual propósito, ocuparam a carvoaria da Vale no mesmo município.
No dia 10, em Resplendor, Minas Gerais, o MST bloqueou os trilhos da ferrovia da Vale do Rio Doce e impediu o transporte de 300 mil toneladas de minérios de ferro e o embarque de dois mil passageiros. Em Salvador, Bahia, o grupo predador ocupou a Secretaria da Agricultura, “cobrando” mais recursos públicos. No Maranhão, arma em punho, o bando obstruiu as atividades de construção da Hidrelétrica de Estreito, localizada na BR-010, ocasionando uma morte. Em Xanxerê, Santa Catarina, a horda invadiu e paralisou os trabalhos da empresa Agroeste, voltada para a distribuição de sementes de milho, acarretando prejuízos financeiros e vultosos danos materiais.
No dia 11, mascarados e portando foices, facões, machadinhas, machados e escudos de lata e madeira, milhares de integrantes do MST iniciaram dezenas de manifestações predatórias nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rondônia, Ceará, Pará, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, todas objetivando impedir as atividades das empresas do agronegócio e a construção de hidrelétricas planejadas para entrar em funcionamento nos próximos anos.
No dia 12, o MST paralisou as atividades da Tractebel, no Paraná, empresa responsável pelo funcionamento da usina hidrelétrica de Salto Santiago, em Saudade de Iguaçu. Na capital de São Paulo, por sua vez, o bando invadiu a sede do desmoralizado Ibama, em protesto contra o parecer favorável do órgão ambiental para a construção da hidrelétrica do Tijuco Alto, da Cia. Brasileira de Alumínio (Grupo Votorantim), no rio Ribeira.
Afinal, no dia 19, depois de seguidas invasões das instalações da Cia. Vale do Rio Doce, a juíza Patrícia Rodriguez Whathely, da 41ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, concedeu liminar proibindo o MST e o seu dirigente João Pedro Stédile de “incitarem e promoverem atos de violência” contra a empresa, penalizando com multa de R$ 5 mil as ações de invasão, força e destruição. No exame da questão, a juíza entendeu que o fato do MST não possuir personalidade jurídica e ser um movimento clandestino não impede sua participação em processo judicial, “devendo seu dirigente nacional representá-lo”.
Senhor de si, alheio à medida judicial imposta pela juíza, Stédile, tido entre os pares como o “poderoso chefão”, disse o seguinte (ao participar de “aula magna” no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro): “A multa é uma idiotice. Tenho multas muito mais altas, mas nada vai parar o trem. Pelo contrário, nós ficamos mais bravos ainda e não vamos mudar de jeito nenhum”. E finalizou sua fala arrogante provocando o presidente da Vale do Rio Doce: “O seu (Roger) Agnelli é um preposto do Bradesco (...) Ele tem todo direito de espernear. E nós temos o direito de continuar a luta para reestatizar a Vale”.
O que se esconde por trás do João Pedro Stédile, o Lampião da vida rural brasileira? Por que ele se transformou no indivíduo mais poderoso da vida pública, privada e clandestina nacional? Por que diante de tantos atos de terrorismo explícito a justiça não consegue colocá-lo por trás das grades? Por que a ação predatória do MST ganha apoio do governo na medida em que a organização criminosa faz recrudescer a violência?
Sim, é verdade: Stédile e o seu movimento bandoleiro contam com o patronato da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), uma agência do establishment britânico. Além do mais, têm também o farto respaldo financeiro de organizações privadas e oficiais estrangeiras dispostas a transformar o Brasil numa “pátria livre, operária e camponesa”, conforme reza a cartilha do movimento (desde já associado à “revolução bolivariana”, de Chávez). Mas tais vinculações seriam suficientes para colocar o facinoroso chefão e sua massa de manobra revolucionaria acima da ordem e da lei?
Diante do panorama avassalador, em que pouco se faz e tudo se protela, a pergunta que a muitos se impõe é a seguinte: por que os interessados não organizam o Movimento dos Trabalhadores Com Terra (MCT) para, usando os mesmos métodos e prerrogativas do MST, recuperarem suas propriedades e, recuperando-as, restabelecerem a paz e a produtividade no campo?
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